Projeto de extensão cria aplicativo de rotas acessíveis na Cidade Universitária

Todas as rotas possíveis na Cidade Universitária, em Campo Grande, estarão disponíveis a partir de novembro em aplicativo que está sendo desenvolvido no projeto de extensão “Tecnologias de Acessibilidade no Câmpus da UFMS”.

O aplicativo quer facilitar a acessibilidade de todos na Universidade e em especial irá oferecer as melhores rotas para quem possui algum tipo de deficiência.

“Ele irá localizar para qualquer usuário todos os pontos da Universidade e, além disso, vai escolher rotas adequadas para aquele tipo de usuário. Quando o usuário declarar que tem algum tipo de dificuldade ou deficiência, seja visual, auditiva, de locomoção, ou outra, o aplicativo irá definir a melhor rota, reunindo equipamentos acessíveis, como rampa, piso tátil, letreiro em braile, por exemplo”, explica a professora do curso de Arquitetura e Urbanismo, Eliane Guaraldo.

Para melhor desenvolver o aplicativo, o grupo do projeto de extensão está aplicando até final de outubro questionário que deve demonstrar um primeiro diagnóstico dos usuários da Universidade. Podem responder às perguntas acadêmicos, professores, técnicos e visitantes.

Podendo ser acessado no endereço https://goo.gl/forms/pNY6I8wksQSGxgHV2, o questionário aborda questões como frequência na Universidade, portão de entrada que mais utiliza, local de destino, meio de locomoção, dificuldades de locomoção, nos casos de dúvida como se localiza dentro do câmpus, nível de dificuldade para usar aplicativos de localização, como Google maps, entre outras questões.

“A acessibilidade é o direito de ir e vir de qualquer pessoa. Sabemos que a localização dentro do Câmpus não é fácil, ainda há muito para se fazer. Além dos usuários internos, queremos ajudar os externos, pessoas que vem ao Câmpus para fazer concursos, participar de eventos, usar as quadras, por exemplo”, diz a acadêmica de Arquitetura e Urbanismo Laisla Almeida.

Também participam do projeto os professores Cesar Cáceres Encina (Faeng), Antônio Conceição Paranhos Filho (Faeng), os acadêmicos Adauto Ferreira (Facom), Isabela Sampaio (Engenharia Ambiental), Agno Eduardo Cruz de Oliveira (Arquitetura e Urbanismo) e Elaine Nogueira (UCDB).

O aplicativo vem suprir as falhas de outros aplicativos de localização que, em geral, não contemplam todas as rotas dentro da Universidade, além de não atenderem por completo quem tem deficiências visual ou auditiva.

“O aplicativo vai ter todas as ferramentas para que qualquer deficiente possa usar, com bom áudio, texto, imagem. O usuário só terá de sinalizar o tipo de deficiência, se tiver alguma, para obter a rota mais específica e adequada”, expõe Laisla.

Os deficientes, aliás, foram previamente ouvidos para que fossem definidas quais eram as suas necessidades.

Para a professora Eliane, o projeto irá dar melhor subsidio para a Divisão de Acessibilidade estabelecer as prioridades nas reformas e adequações. “Há dezenas de lugares que precisam ser adaptados e o recurso é pouco, por isso é preciso dar prioridades ao que será mais acessado, utilizado”, diz.