Roda de conversa on-line debate impactos do retorno presencial à saúde mental

O retorno às atividades presenciais deixou muitos estudantes animados, mas a mudança requer adaptação. A nova rotina pode gerar preocupações, que serão debatidas em uma roda de conversa nesta quinta-feira, 7, quando é celebrado o Dia Mundial da Saúde. 

A roda de conversa é uma atividade on-line voltada à comunidade acadêmica e busca refletir sobre os temas referentes à modificação de rotina com o retorno das atividades presenciais, com a contribuição de dois profissionais da saúde. 

A professora Thaize de Souza Reis da Faculdade de Ciências Humanas (Fach) é uma das convidadas e explica que os acadêmicos podem enfrentar dificuldades ao passar por uma nova adaptação. “Hoje, voltando às aulas, os estudantes precisam se organizar para chegar no horário, por exemplo. Precisam acordar em um certo horário, o que implica um horário para ir dormir. É toda uma reorganização da rotina que precisa ser feita”.

O medo de ser infectado pelo coronavírus também é uma questão. Apesar da queda nos indicativos da pandemia e da alta taxa de imunizados, o medo da doença ainda está presente entre alguns acadêmicos. “É fundamental discutir como eles estão se sentindo com este retorno, afinal, ainda estamos vivenciando uma pandemia. Os riscos de contágio são bem menores, mas ainda tem gente temerosa”, ressalta.

O professor Fernando Pierette Ferrari do Instituto Integrado de Saúde (Inisa) também está entre os convidados para o debate e comenta que a conversa é importante para que os estudantes possam identificar gatilhos de pressão que afetam a saúde mental. Ele lista alguns dos possíveis transtornos, como ansiedade, depressão e alterações no sono. 

“A gente tenta identificar com eles as possibilidades de manejo dos sintomas quando ainda são leves, para atenuá-los e para não comprometer o desempenho acadêmico. É um cuidado multiprofissional, antes que se torne algo mais grave, que precise de acompanhamento. Adesão ao autocuidado, técnicas de prevenção, exercícios físicos, atividades de relaxamento, a participação em grupos sociais, como as atléticas, todas essas questões podem tornar a experiência acadêmica mais prazerosa”, destaca.

Apesar das dificuldades que alguns acadêmicos possam enfrentar na adaptação, o retorno presencial também traz benefícios. Para a professora Thaize, a vivência acadêmica é importante e pode servir como um fator de proteção. “Vamos conversar sobre esses aspectos, positivos e negativos, mas principalmente sobre o que dá para fazer”.

A roda de conversa será realizada no formato on-line na quinta-feira, 7, às 17h30. Os interessados devem fazer a inscrição mediante preenchimento do formulário. Em seguida, os inscritos receberão o link para participação via e-mail.

Texto: Mylena Rocha