Três laboratórios ganham nova estrutura no Instituto Integrado de Saúde

Nesta quinta-feira, 8, a reitora Camila Ítavo entregou novas instalações para o Instituto Integrado de Saúde (Inisa), na Cidade Universitária. A estrutura contempla os laboratórios de Estudo do Músculo Estriado; de Tecnologias em Saúde; e de Estudos em Neuropediatria.

“Esse momento é marcado por três palavras: inovação, trabalho e respeito. Inovar requer ter coragem, assumir riscos, críticas e elogios quando temos um grande sucesso. Todos nós estamos unidos em benefício dessa Universidade que tanto amamos e com muito trabalho, por mais desafiador, que seja o momento, conseguimos caminhar. Finalmente, precisamos respeitar a história, cada um de nós soma aos projetos e precisamos valorizar a contribuição de todos que lutaram por isso. O Inisa tem muito ainda para crescer e temos muitos sonhos para o Instituto, esse é apenas um deles”, disse a reitora.

O vice-reitor Albert Schiaveto agradeceu a presença de professores, técnicos-administrativos, estudantes, pró-reitores e diretores na inauguração. “Preciso lembrar que a reorganização e criação de unidades, como o Inisa, fez a diferença para o crescimento dessas unidades da Administração Setorial. Os grupos de pesquisa também cresceram e isso favoreceu a criação do Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento. Esses três laboratórios vêm contribuir para o fortalecimento da pesquisa e da pós-graduação que ganham um local mais apropriado”.

“Esse foi um projeto-piloto concluído, hoje, com a entrega da nova estrutura. Era uma demanda que já tínhamos por novos espaços para laboratórios de pesquisa. Agradeço à gestão por pensar no Instituto, em nossas necessidades. Nossa ideia é que, futuramente, essa estrutura seja ampliada, atendendo a mais projetos de pesquisa”, ressaltou o diretor do Inisa, Marcos Antônio Ferreira Júnior.

O reitor da UFMS entre 2016 e 2024, Marcelo Turine, prestigiou a cerimônia e lembrou da quebra de paradigmas na Instituição ao implementar a estrutura modular para abrigar laboratórios e salas de aula. “A estrutura modular dá mais agilidade ao processo, também contribui para a sustentabilidade. Estamos em um local próximo à Clínica Escola Integrada e uma obra de alvenaria traria riscos por ser feita em uma área com circulação de muitas pessoas, inclusive crianças”, destacou.

Laboratórios

O Laboratório de Estudo do Músculo Estriado, coordenado pelos professores Silvio Assis de Oliveira Júnior e Paula Felippe Martinez, é voltado para o desenvolvimento de estudos experimentais relacionados a alterações do tecido muscular estriado cardíaco e esquelético em resposta a doenças crônicas, como obesidade e insuficiência cardíaca, além de investigações referentes aos efeitos de diferentes intervenções, como exercícios físicos, agentes farmacológicos, antioxidantes, sobre o músculo estriado. Atualmente, são desenvolvidos seis projetos de pesquisa específicos sobre musculo estriado, com participação de 15 estudantes de graduação e pós-graduação.

“Aqui são desenvolvidos diversos projetos de pesquisa, com a participação de estudantes de iniciação científica e também de dois programas de pós-graduação Ciências do Movimento e Saúde e Desenvolvimento do Centro-Oeste. Nosso parque de equipamentos foi construído há alguns anos e foi crescendo, por isso precisávamos de um novo espaço que pudesse abarcar os estudos que vimos fazendo”, explicou o coordenador.

Novas tecnologias na área da saúde são testadas no laboratório coordenado pelo professor Tomaz Nogueira Bork. Ao todo, nove estudantes de graduação e pós-graduação estão envolvidos em projetos de pesquisa, além de estudos desenvolvidos sobre dor lombar em parceria com a Universidade de Brasília.

“Nosso foco de trabalho hoje é o escaneamento 3D na área de saúde. Um dos projetos é avaliação e acompanhamento da órtese craniana para bebês com assimetria de crânio. Desenvolvemos a tecnologia e testamos para validá-la. O segundo estudo é o escaneamento do corpo inteiro para descobrir composição corporal, como porcentagem de gordura e massa magra, risco cardiovascular e, assim, fazer o acompanhamento de processos de emagrecimento ou ganho de massa muscular ao longo do tempo”, contou o docente. “Outro projeto é o back spine, no qual, a partir do escaneamento do tronco da pessoa, conseguimos descobrir a posição das vértebras em 3D e fazer uma série de medidas, como cifose, lordose, ou algum outro desequilíbrio. Os resultados indicam que é tão preciso como o exame de imagem, sem os danos, por exemplo, causados pelo aparelho de raios-X, em pacientes que precisam fazer um acompanhamento mais frequente”, detalhou.

Coordenado pela professora Daniela de Almeida Soares, o Laboratório de Estudos em Neuropediatria abriga estudos e pesquisas acerca de processos de avaliação do desenvolvimento neuromotor infantil, com foco em recém-nascidos e lactentes com desenvolvimento típico e com risco para alterações neurológicas. O espaço também abriga ensaios clínicos randomizados controlados que investigam intervenções sensório-motoras e seus efeitos sobre a fisiologia e o desenvolvimento neuromotor.

Os laboratórios contam com investimentos de instituições financiadoras, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul, que proporcionaram a compra de equipamentos.

Texto: Vanessa Amin

Fotos: Bianka Macário e Alíria Aristides