Reitoria avança no planejamento do Museu da Ciência e da Tecnologia

A vice-reitora Camila Ítavo recebeu especialistas na área para debater ideias sobre a implantação do Museu da Ciência e da Tecnologia. Um dos principais objetivos do museu é a integração com a sociedade. A vice-reitora reforça que a cultura é importante para retomar a conexão das pessoas com a Universidade. “Queremos ser referência, não só regional, mas nacional. Também trabalhamos para sermos referência internacional. É um plano de longo prazo”.

A UFMS já tem o Museu de Arqueologia (MuArq), que fica localizado no centro de Campo Grande, mas o objetivo é trazer a sociedade para dentro da Cidade Universitária. “A gente sempre sonhou com isso. Temos o MuArq, que é muito bem cuidado e é muito bacana. Queremos trabalhar a integração. Temos um e, agora, nasce outro. Queremos fortalecer o nosso espaço”, pontua Camila Ítavo.

O Museu da Ciência e da Tecnologia deve ocupar uma área de mais mil metros quadrados, localizada embaixo das arquibancadas do Morenão. O pró-reitor de Extensão, Cultura e Esporte, Marcelo Fernandes Pereira, afirma que um ponto importante é que o público tenha uma experiência transformadora após a visitação. “A gente vai ter de concerto até exposição de arte e de ciência. Para obter conhecimento de forma rápida hoje em dia, basta acessar o Google. O museu é diferente: vai oferecer uma experiência e, por isso, ele precisa ser dinâmico”, ressalta Marcelo Fernandes. 

A museóloga Diná Jobst declara que o projeto ainda está em fase inicial. Ela atua há mais de 25 anos na área e relata que a equipe ouviu professores de diversos departamentos, com o objetivo de implantar um museu com foco regional. “Vamos mesclar informações de diversas áreas. A ideia não é ter salas ou departamentos, é ter tudo globalizado”. 

O museógrafo Gilson Alcântara diz que o trabalho da equipe é planejar o que e de que maneira as peças serão expostas. Como o próprio nome diz, o museu deve ser tecnológico e utilizar todos os recursos possíveis com o objetivo de divulgar, entreter e fornecer interação com o público. “A gente vai estruturar um discurso sobre a cultura sul-mato-grossense, em todos os aspectos, amarrando com a tecnologia. Estamos no momento de criação, quando ainda estamos começando a esboçar, a tangenciar a ideia”, conta o especialista. 

Antônio Sarasá é conservador e restaurador da Estúdio Sarasá, empresa contratada para o projeto expositivo. Com uma equipe multidisciplinar, os profissionais trabalham a relação entre o passado e o futuro no projeto, utilizando a tecnologia como linguagem. “O museu, para nós, é vivo. A gente vai buscar saberes e fazeres dos nossos antepassados e trazer para a nossa atualidade. [A ideia é] ter uma relação de pertencimento e transformação”.

Museu de Arqueologia

O Museu de Arqueologia da UFMS retomou as visitas presenciais e os interessados têm a oportunidade de conhecer o acervo de milhares de peças pré-históricas, coletadas nos sítios arqueológicos de Mato Grosso do Sul. 

Visitas individuais ou em grupos de até 10 pessoas podem ser feitas sem aviso prévio. Para grupos com mais pessoas, o agendamento deve ser realizado no site do MuArq. O museu fica na Avenida Fernando Corrêa da Costa, 559, primeiro andar. O horário de funcionamento é das 8h às 11h e das 13h às 17h.

Texto e fotos: Mylena Rocha