Treze programas de pós-graduação acadêmicos e profissionais da UFMS subiram de conceito, segundo a última Avaliação Quadrienal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Vinte mantiveram a pontuação, cinco receberam a sua primeira nota desde a aprovação dos cursos e apenas um desceu uma classificação. O resultado da Capes é um dos mais esperados pelos coordenadores dos cursos porque implica em recursos, evolução e referência para pesquisadores.
O Programa de Pós-graduação em Doenças Infecciosas e Parasitárias (PPGDIP), da Cidade Universitária, alcançou a nota 6, conceito que representa excelência. Os programas de Pós-graduação em Letras (PPGLetras), do Câmpus de Três Lagoas (CPTL), e em Tecnologias Ambientais (PPGTA), em Campo Grande, obtiveram nota 5.
O número de programas com o conceito 4 na Universidade praticamente dobrou, passando de doze para vinte um. Conquistaram essa nota os programas de Agronomia, no Câmpus de Chapadão do Sul, o de Educação e de Estudos Fronteiriços, no Câmpus do Pantanal, e, em Campo Grande, os programas de Biologia Animal, Biologia Vegetal, Comunicação, Direito, Eficiência Energética e Sustentabilidade, Recursos Naturais e Saúde da Família. A nova pontuação permite a proposta para abertura de cursos de doutorado.
Entre os programas que foram avaliados pela primeira vez, o Programa Pós-Graduação em Biotecnologia, da Cidade Universitária, também recebeu nota 4. Os programas de pós-graduação em Ciências do Movimento, em Educação e em Enfermagem do CPTL, e em Estudos Culturais, no Câmpus de Aquidauana, foram classificados com a nota 3.
Para o coordenador do PPGDIP, James Venturini, foi um alegria receber a notícia do conceito 6. “Nossas atividades foram reconhecidas como de excelência pela comunidade nacional. Isto é, o caminho foi traçado e alcançado com sucesso. A importância está no selo de excelência e muito orgulho para nossa universidade e estado de Mato Grosso do Sul. Com isso, aumentamos nossa competitividade e visibilidade nos cenários local, nacional e internacional”, afirma.
Sentimento compartilhado pela coordenadora do PPGLetras, Kelcilene Grácia Rodrigues. “Somos o único PPG em Letras do Mato Grosso do Sul que obteve o conceito 5. Na atual avaliação, no Brasil, de modo geral, alguns programas da área de Letras subiram, alguns caíram, a maior parte se manteve. Subir significa maior reconhecimento da comunidade acadêmica, maior investimento por parte da Capes, do CNPq, da Fundect e de outras fontes, e maior responsabilidade na busca de realizar pesquisas de maior relevância e impacto, de melhor capacitar nossos estudantes para o trabalho pedagógico, para a pesquisa e para a aplicação prática de nossos estudos”. Ela acrescenta que o resultado é trabalho de todos os setores da Universidade e do Câmpus, dos acadêmicos e servidores.
Após quatro anos a frente da coordenação do PPGTA, a professora da Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografias Isabel Kaufmann de Almeida destaca que o programa é o único com curso de doutorado na área de Engenharias em Mato Grosso do Sul e é pioneiro na região Centro-Oeste. “Ao longo dos relatórios anuais submetidos à Capes por meio da Plataforma Sucupira, sempre houve a preocupação em destacar a importância do Programa para a nossa região e a capacidade do mesmo em absorver profissionais de diversas áreas, promovendo uma multidisciplinaridade no corpo discente e docente. Quando recebemos a avaliação preliminar com o conceito 5, foi a sensação de dever cumprido ao demonstrar a força das nossas pesquisas e o potencial do nosso corpo discente e docente”.
Entenda a avaliação
Os resultados da avaliação preliminar compreendem o período de 2017 a 2020. Eles são dispostos em notas de 1 a 7, que são atribuídas aos programas após análise dos indicadores referentes ao período avaliado.
De acordo com informações da Capes, os resultados do processo de Avaliação Quadrienal dos Programas de Pós-Graduação stricto sensu tem o objetivo de contribuir para a garantia da qualidade da pós-graduação brasileira e para o desenvolvimento de cada programa e área em particular; retratar a situação da pós-graduação no Brasil; e fornecer subsídios para a definição de planos e programas de desenvolvimento e a realização de investimentos no Sistema Nacional de Pós-Graduação.
“O aumento das notas obtidas pelos nossos programas influem diretamente no orçamento recebido pela Capes. É através desses conceitos que são definidos os valores de investimento para os programas. Um desses aumentos, é o acréscimo de bolsas para os alunos de pós-graduação. A quantidade de bolsa é aumentada exponencialmente, de acordo com o aumento da avaliação. Outro recurso seria o aumento do investimento direto aos programas, disponibilizados pelo Programa de Apoio à Pós-Graduação”, destaca o diretor de pós-graduação em exercício, Antonio Koodi Kato.
Investimento na pesquisa
No ano passado, a Universidade investiu mais de R$ 500 mil em ações de pesquisa, de extensão tecnológica e de inovação relevantes para a sociedade, com impactos na formação dos estudantes de pós-graduação da Universidade e para gerar novos conhecimentos na consolidação da pesquisa, por meio do Programa de Apoio aos Programas de Pós-Graduação stricto sensu da UFMS.
Em 2022, o número de estudantes na pós-graduação, na Instituição, subiu mais de 40%. O número de diplomados aumentou 45% entre os anos de 2016 e 2021, além do crescimento expressivo no total de artigos publicados e do destaque da Universidade entre os principais depositantes de pedidos de Propriedade Intelectual.
Atualmente, a UFMS possui 48 Programas de Pós-Graduação, sendo 16 cursos de doutorado e 35 de mestrado acadêmicos, quatro mestrados profissionais, e três cursos de doutorado e sete de mestrado em rede.
Texto: Thayná Oliveira