HUMAP assina convênio para implantação de Banco de Sangue de Cordão Umbilical

O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (HUMAP-UFMS) assinou, nesta terça-feira, convênio com a Fundação do Câncer para implantação de um Banco de Cordão Umbilical e Placentário no HUMAP.

Com a assinatura do convênio, Mato Grosso do Sul passa a ter o seu primeiro Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário, integrando não apenas o Estado, mas o HUMAP à Rede BrasilCord, que reúne os Bancos Públicos de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário (BSCUP). Este será o 13º Centro de Processamento Celular do Brasil.

A Gerente de Ensino e Pesquisa, Débora Thomaz, abriu a cerimônia de assinatura lembrando que há muito tempo o HUMAP tinha a intenção de implantar o Banco de Cordão Umbilical e Placentário. “Foram cinco anos de luta para trazer o Banco para o HUMAP, já que havia a possibilidade de ser implantado no Hemosul”, disse.

O objetivo do banco é armazenar amostras doadas de sangue de cordão umbilical, rico em células-tronco (capazes de reproduzir os elementos fundamentais do sangue), materiais essenciais para o transplante de medula óssea.

O recurso para implantação do Banco no HUMAP, aproximadamente R$ 7 milhões, vem do BNDES.
Inicialmente, a capacidade de armazenamento do Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário do HUMAP será de 3.600 bolsas de sangue, que ficarão guardadas em um bioarquivo.

Os materiais armazenados poderão ser utilizados em Mato Grosso do Sul, mas também em todo o Brasil e até enviados para outros países, por meio de parcerias da Rede BrasilCord.

Centro de referência

O Secretário Municipal de Saúde, Marcelo Vilela, afirmou que a implantação do Banco de Cordão Umbilical e Placentário faz com que Campo Grande não fique atrás dos grandes centros formadores do país.

Opinião compartilhada pelo Reitor da UFMS, Marcelo Turine. “Temos que ser um centro de referência em média e alta complexidade, e o Banco de Cordão Umbilical contribuirá para as pesquisas científicas não apenas em Campo Grande ou no Mato Grosso do Sul, mas no Brasil e no mundo”, ressaltou.

Após a assinatura do convênio, o HUMAP fará a contratação do projeto de engenharia e dará início às obras. A previsão é de que o Banco esteja em funcionamento até o fim de 2018.
Os principais beneficiários serão pacientes com leucemia.

“Campo Grande e o Estado de Mato Grosso do Sul têm uma diversidade genética enorme, de indígenas, povos andinos, negros, entre outros, e essa diversidade enriquece muito o Banco de Cordão Umbilical e Placentário”, destacou o gerente de projetos da Fundação do Câncer, Marson Rebuzzi.

Colaboração: Assessoria de Imprensa Humap