Ações em prol da bioeconomia e do desenvolvimento sustentável marcam Painel Governamental

Na última terça-feira, 8, o 1º Painel Governamental e Empresarial da Bioeconomia Sustentável em Mato Grosso do Sul reuniu a comunidade universitária, com palestras sobre políticas públicas estaduais para bioeconomia, a contribuição da indústria no alcance do carbono neutro, a indústria de base florestal como parceira na mitigação das mudanças climáticas, além de oportunidades de negócios com produtos alimentícios da sociobiodiversidade. O evento foi realizado no auditório da Escola de Administração e Negócios (Esan).

A reitora Camila Ítavo destacou o papel estratégico da UFMS em pensar ações voltadas para o desenvolvimento sustentável, como a capacitação e formação de lideranças atentas aos desafios estaduais e nacionais. “A gente tem uma nova Diretoria de Sustentabilidade, então a gente vê a importância do tema, o quanto isso é estratégico para o desenvolvimento, não é só uma retórica, mas sim algo que se traduz. Primeiro, é um compromisso de todo cidadão e cidadã, mas também é um compromisso para o desenvolvimento, porque isso é vantagem competitiva, isso é exigência de mercado, mas se tornou muito importante para a humanidade”, disse.

“A Esan tem o papel de gerar conhecimento científico, levar esse conhecimento para a sociedade, para que traga melhores condições de vida e um mundo mais sustentável. […] Para os nossos estudantes é importante que convivam com o mercado, pensando nesse prisma da sustentabilidade, na inovação com soluções novas e, ao mesmo tempo, com a visão humana”, destacou o diretor da Esan, Claudio Silva. 

Segundo o professor da Esan e coordenador do projeto, José Carlos de Jesus Lopes, a pesquisa que fundamentou o evento buscou a união de forças, entre a Universidade, o setor produtivo, o governo e a sociedade. “O objetivo do evento foi dar um retorno de todo o trabalho investigativo e científico desenvolvido. […] Trata-se de um projeto que fornece diretrizes para a mitigação das mudanças climáticas e elevar o estado a condição de carbono neutro”, explicou. “Essa pesquisa se iniciou a partir de um edital da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect-MS), que resultou em 40 comunicações científicas, com publicações em revistas qualificadas e participações em eventos internacionais”, pontuou.

O evento contou com a presença do secretário-Adjunto de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Ricardo Senna, que destacou a relevância das pesquisas para a sociedade. “A pesquisa é extremamente importante. A pesquisa aplicada é mais importante ainda. A transferência de conhecimento é mais importante. A produção de artigos é sensacional, mas esse artigo tem que chegar na população. Esse artigo tem que chegar no mercado. Esse artigo tem que fazer sentido para a vida das pessoas. Eu não posso escrever um artigo para ficar na prateleira. Eu não posso escrever um artigo que ninguém vai ler. Eu preciso apoiar a pesquisa, mas eu preciso apoiar que ela chegue nas pessoas, em qualquer situação, seja num assentamento, na periferia, em um coletivo, seja na indústria, não importa. É importante que chegue, que faça o seu papel”.

O diretor-presidente da Fundect-MS, Márcio Pereira, também participou da programação. “Mato Grosso do Sul hoje se situa como um dos principais estados de investimento em ciência, tecnologia e inovação graças a esse olhar de um Estado que sabe que isso é desenvolvimento. Então, aproveitem esse momento, aproveitem essa oportunidade que vocês estão tendo de ter bolsas, de ter projetos, de poder ter profissões de qualidade. […] Esse Estado já é o motor de desenvolvimento do Brasil. Vocês estão no estado certo, com os professores certos, com as pessoas certas, com as lideranças certas”, ressaltou.

O egresso da Universidade e membro da Diretoria de Sustentabilidade da Fiems João Gabriel Simões falou sobre a importância de unir esforços com o setor produtivo. “Eu já trabalhei na indústria, já participei de editais de inovação, fui estudante da UFMS, hoje eu consigo ver de uma forma bem ampla tanto a questão da indústria, a questão da inovação, a questão do fortalecimento, do quanto a Universidade ajuda a fomentar cada vez mais a inovação do Estado”, disse.

Texto e fotos: Bianka Macário