Ação une atividade física e coleta de resíduos em diferentes câmpus da Universidade

Em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, está sendo promovido o Mutirão do Bem – Plogging nos Câmpus da UFMS de Paranaíba (CPar), Três Lagoas (CPTL), do Pantanal (CPan), de Nova Andradina (CPNA) e na Cidade Universitária. O objetivo é promover mais conscientização em relação à importância do descarte correto do lixo e, também, à prática de atividade física. A iniciativa das pró-reitorias de Cidadania e Sustentabilidade (Procids) e de Extensão, Cultura e Esporte (Proece) integra a campanha Eu Respeito de junho.

O plogging, que combina caminhada e a coleta de resíduos, foi realizado no Câmpus da UFMS de Paranaíba nesta segunda-feira, 26, e será no dia 1º de junho, no CPNA, com ponto de encontro no Jardim Universitário. No dia 3, no CPTL, com saída a partir da Trilha de Educação Ambiental e Saúde. Já no dia 5, a atividade será realizada no CPan, com ponto de encontro no Eco Parque Cacimba da Saúde, em Corumbá, e na Cidade Universitária, com concentração no Corredor Central.

“Todos os anos, no mês de junho, em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente, realizamos o Mutirão do Bem na região do Lago do Amor. Em 2025, decidimos integrar essa atividade à programação da Semana Lixo Zero. Como o projeto de plogging, coordenado pela professora Edineia Ribeiro, foi aprovado no edital de fomento da Itaipu, fizemos o convite para incorporá-lo às ações previstas, convite que ela prontamente aceitou. A partir daí, estendemos o convite aos representantes dos câmpus da UFMS, que também se engajaram, e conseguimos consolidar uma ação integrada e colaborativa entre diversas unidades da Universidade”, explica o diretor de Sustentabilidade da Procids, Leonardo Chaves.

“O termo é uma combinação da palavra sueca plogga (pegar) e da palavra inglesa jogging (correr) e significa correr e pegar lixo. Apesar do plogging ter iniciado com a corrida como esporte, não é preciso ser, necessariamente, um corredor. É possível praticar o plogging realizando qualquer outra atividade física, por exemplo, caminhada, andar de bicicleta, remo. O objetivo é estimular as pessoas a praticarem essa atividade, que contribui com a natureza por meio da coleta de lixo e fomenta a prática de atividade física e do esporte, buscando promover a saúde”, explica diretora de Esporte e Lazer da Proece, Edineia Ribeiro.

Cada unidade ficou responsável por traçar seu percurso, que poderia ser no próprio câmpus ou em locais estratégicos dos municípios. “O tempo vai depender do percurso determinado por cada unidade setorial. Considerando que a maioria fará a caminhada, sugere-se que atividade tenha duração de no mínimo 30 minutos. Com relação à queima de calorias, a quantidade durante a prática de plogging depende de vários fatores, como o peso corporal, intensidade da atividade e a duração do exercício. Em geral, uma pessoa de peso médio (cerca de 70 kg) pode queimar aproximadamente entre 250 a 400 calorias por hora praticando plogging. Recomendamos sempre que mantenha a hidratação antes, durante e após a atividade”, esclarece a diretora.

“Recomendamos o uso de roupa confortável, como calça legging ou tactel, camiseta manga longa, tênis, meias, boné ou viseira, uso de protetor solar e repelentes, luvas e saco de lixo para a coleta de resíduos”, orienta. “Esperamos que a comunidade acadêmica abrace essa ideia, participe ativamente e que essa ação se torne parte da cultura institucional da UFMS. A escolha da Semana Mundial do Meio Ambiente visa justamente ampliar a visibilidade da iniciativa e mobilizar mais pessoas”, diz o diretor de Sustentabilidade.

“Já é o segundo ano que promovemos a ação. Tivemos adesão de servidores e conseguimos recolher 25 kg de resíduos em um percurso no próprio Câmpus. A quantidade maior foi de plásticos”, explica o servidor Raphael de Oliveira. Ele está na coordenação da Semana Lixo Zero no CPar e contou com a ajuda de integrantes da Comissão de Sustentabilidade para organizar a atividade, que integra também um projeto de extensão CPar Sustentável.

O servidor já conhecia o plogging. Ele explica que quando fazia sua graduação, a instituição já realizava a atividade, porém não com esse nome. “Também já havia lido sobre o plogging e vi que é realizado em vários países”, comenta. Segundo Oliveira, a ação havia sido proposta na edição de 2024 da Semana Lixo Zero. “Fizemos plogging no CPar no fim do ano passado e tivemos bastante adesão de estudantes”, diz.

Apoio da Itaipu

De acordo com o diretor de Sustentabilidade, já foram realizadas atividades de plogging na UFMS. “Nos anos anteriores, realizamos atividades de plogging com foco na região do Lago do Amor, no setor 3 da Cidade Universitária. Em 2024, conseguimos recolher aproximadamente 170 kg de resíduos. Os materiais mais encontrados foram garrafas plásticas, embalagens de marmitas, pneus e até mesmo sapatos. Essa diversidade de resíduos reflete a importância de ações educativas e de sensibilização ambiental contínuas”, ressalta.

“Na Cidade Universitária, vivemos a experiência em junho de 2024, por meio de uma atividade que foi vinculada à disciplina de Práticas Educativas em Saúde no curso de Bacharelado em Educação Física. Tivemos a participação de estudantes da disciplina, do curso de Ciências Biológicas e de idosos da Universidade Aberta à Pessoa Idosa. A atividade foi inovadora e observamos que, mesmo diante da limpeza que é realizada na Universidade, é preciso trabalharmos mais por uma educação ambiental e pelo incentivo ao estilo de vida fisicamente ativo entre a comunidade universitária e o público geral”, lembra a diretora de Esporte e Lazer da Proece.

Edineia explica que, após essa ação, foi criada a proposta do projeto Atividade física e sustentabilidade: vivências e experiências nos biomas sul-mato-grossenses. “Submetemos a proposta no edital de extensão da Itaipu Parquetec, sendo aprovada no segundo semestre de 2024. Desde então estamos trabalhando para que o plogging chegue e permaneça em todos os câmpus da UFMS”, fala.

“Esse programa de extensão da Itaipu contribui com o protagonismo das universidades no alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 das Nações Unidas. O apoio de empresas como a Itaipu é importante para impulsionar projetos alinhados aos ODS, promovendo o desenvolvimento sustentável em diversos âmbitos e temas, como é o caso do projeto aprovado, que relaciona atividade física e sustentabilidade”, finaliza Chaves.

Texto: Vanessa Amin

Fotos: Comissão de Sustentabilidade do CPar