UFMS aprova 18 projetos de pesquisa para o SUS

 

Pesquisadores da UFMS devem receber quase R$ 500 mil reais em recursos provenientes da chamada 08/2020 do Programa Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde PPSUS.

O Edital é uma iniciativa do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul por meio da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia (Fundect), Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Secretaria Estadual de Saúde (SES), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Ministério da Saúde.

“Ficamos felizes com a participação e sucesso dos pesquisadores da UFMS na aprovação dos projetos, contribuindo com o desenvolvimento do estado e do país e à sociedade como um todo. É um edital importantíssimo do CNPq e Ministério da Saúde em parceria com as Fundações Estaduais de Amparo a Pesquisa que reforça o papel da Ciência e fortalece o SUS, num momento de extrema necessidade de pandemia que o mundo demanda soluções científicas e tecnológicas”, comenta o reitor Marcelo Turine.

O PPSUS é estruturado pelo Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde (DECIT/SCTIE) com o CNPq e parceiros para apoiar e fortalecer o desenvolvimento de projetos de pesquisa que busquem soluções para as prioridades de saúde e atendam as peculiaridades e especificidades de cada Unidade Federativa. A aproximação entre os sistemas estaduais de saúde e de ciência e tecnologia e a comunidade científica, promovida pelo PPSUS, permite maior interação entre os atores locais para o fortalecimento da Política Nacional de Saúde.

Dos 27 projetos aprovados, 18 são de pesquisadores da UFMS de várias unidades da Cidade Universitária, como Faculdade de Medicina, Instituto Integrado de Saúde, Instituto de Biociências, Instituto de Química, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Alimentos e Nutrição; e dos Campus de Coxim e Três Lagoas.

Entre os cinco projetos mais bem pontuados estão três da Universidade. “A aprovação do projeto representa mais do que a perspectiva de apoio financeiro, é o reconhecimento da importância deste problema de saúde e um estímulo para seguirmos lutando para melhorar o atendimento a pessoas com doenças fúngicas invasivas”, diz a professora Anamaria Paniago que teve o seu projeto aprovado com a segunda maior nota. A professora da Famed coordena o projeto “Implantação de uma rede de apoio ao diagnóstico de infecções fúngicas em Mato Grosso do Sul”.

A professora Alda Ferreira, pesquisadora do Laboratório de Imunologia, Biologia Molecular e Bioensaios, do Inbio, desenvolverá projeto sobre Mecanismo de ação de 3B-O-Tigloilmelianol e Isoobtusilactona A em formas replicativas de T. cruzi e sua associação a neomateriais nanoestruturados de liberação modificada na busca de alternativas para o tratamento da Doença de Chagas. “A aprovação desta proposta representa um avanço para o grupo de pesquisa em Ensaios Biológicos com Trypanosoma cruzi, pois viabilizará diversos trabalhos de mestrado, doutorado e iniciação científica, além de possibilitar nossa contribuição para o desenvolvimento de alternativas no enfrentamento de uma das mais relevantes Doenças Tropicais Negligenciadas, a doença de Chagas”, explica a professora do Inbio.

“A captação de recursos pelo edital do PPSUS representa uma possibilidade de contribuir efetivamente com o desenvolvimento e fortalecimento do SUS, com o desenvolvimento de pesquisas que atendam à demanda dos gestores e da sociedade. Neste projeto o objetivo é desenvolver um painel de monitoramento para acompanhar os indicadores dos 79 municípios do estado de MS e tentar apontar cenários futuros de piora dos indicadores às secretarias, para melhor aporte de recursos”, fala o professor Nathan Aratani do Inisa, que coordena o projeto “Painel de monitoramento para a gestão do SUS”.

Os valores recebidos pelos projetos da UFMS variam de R$ 16 mil a R$ 30 mil, desenvolvidos a partir de duas linhas de pesquisa: redes de atenção à saúde e vigilância em saúde.

O diretor-presidente da Fundect, Marcio de Araújo Pereira, ressaltou a importância do edital para os pesquisadores da área da saúde em Mato Grosso do Sul. “Com a pandemia do novo coronavírus ficou mais claro que devemos incentivar e valorizar o nosso SUS. Os projetos contemplados contribuirão de sobremaneira para o aperfeiçoamento da saúde pública em nosso Estado”, reforça. “ Mato Grosso do Sul, por meio da Fundect, foi o terceiro estado do país a publicar o edital do PPSUS. Isso demonstra compromisso e seriedade nos trabalhos de fomento à ciência e pesquisa, ainda mais neste momento onde está cada vez mais clara a necessidade de se investir em ciência”, finaliza o secretário da Semagro, Jaime Verruck.

Para conferir a relação completa dos projetos aprovados, clique aqui.

Texto: Vanessa Amin, com informações da Fundect