Quinta-feira é marcada por inauguração da Micoteca e entrega de livros à Biblioteca

Durante a tarde desta quinta-feira, 24, foi realizada a inauguração da  Micoteca, unidade de apoio técnico do Instituto de Biociências (Inbio) com característica multiusuária, onde centenas de morfoespécies estão depositadas e preservadas, e a entrega de livros do Grupo Acaba à Biblioteca Central.

A Coleção de Fungos de Mato Grosso do Sul foi inicialmente proposta pela professora Maria Rita Marques em 1992. Com o apoio da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da aprovação do projeto intitulado Implantação de coleções de culturas de microrganismos presentes no solo ou associados a espécies vegetais nativas do Pantanal foi dado o primeiro passo para a implantação da Micoteca, em 2007.

O reitor Marcelo Turine agradeceu a toda a equipe pelo apoio durante seus oito anos de gestão e celebrou a inauguração do novo espaço. “Queria parabenizar e agradecer por esse diálogo com o Inbio desde 2016, quando nós iniciamos esse novo modelo, esse sonho que nós tínhamos para a Universidade”, disse. “Eu convivi mais proximamente com a Maria Rita durante esses anos falando da importância da Micoteca para o fortalecimento da graduação e, o mais legal, da Educação Básica. A gente fala da pesquisa, mas temos que abrir isso aqui para as nossas crianças, para saber o que é uma Micoteca, os nossos museus. Eu falo que nós só vamos conseguir mudar uma Universidade, quando nós mudarmos a Educação Básica, e a cada dia eu fico mais feliz que a Universidade Federal está à disposição de ajudar”, enfatizou.

“A gente tem muitos frutos desse laboratório. A gente tem certeza que a cada dia vamos ter um Inbio e uma UFMS mais fortalecida”, complementou a vice-reitora Camila Ítavo.

O pró-reitor de Administração e Infraestrutura, Augusto Malheiros, explicou que as edificações próximas ao Corredor Central possuem mais de 50 anos de existência, fazendo com que o novo espaço necessitasse de investimentos maiores para a realização de adequações hidráulicas e elétricas. “Com mais de 50 anos de vida, significa dizer que essas edificações, com exceção da Biblioteca Central, precisavam de adequações para o ensino e para a acessibilidade”, destacou. “Que o pessoal do Inbio, estudantes, professores e os técnicos, façam um bom uso desse espaço readequado, moderno e que isso sirva para alavancar a nossa sociedade. Nós estamos aqui exatamente para poder melhorar a vida das pessoas, levando conhecimento e justamente para poder melhorar o mundo em que vivemos”, concluiu.

O pró-reitor de Assuntos Estudantis, Albert Schiaveto, relembrou emocionado que a inauguração desse espaço era um sonho antigo de quando ainda era diretor do antigo Centro de Ciências Biológicas e da Saúde. “Teremos outros desafios ainda de colocar tudo para funcionar, mas é uma alegria muito grande essa inauguração. Agradeço imensamente a visão do professor Turine e da professora Camila em ajudar nessa reorganização [administrativa]. Hoje nós temos três unidades administrativas fantásticas que se desenvolveram muito mais depois dessa reorganização”, recordou.

A curadora da Micoteca e professora do Inbio, Fabiana Fonseca Zanoelo, reforçou que o espaço está aberto para as pessoas que queiram utilizá-lo e para receber os estudantes da Universidade. “A gente conseguiu que a Micoteca se tornasse uma unidade técnica e, assim, pudesse galgar um espaço como esse. Realmente, é um ganho para todo mundo, para os nossos alunos que vão poder usar e para o Curso de Ciências Biológicas, que eu acho que só tem a ganhar. É um momento de muita felicidade e eu agradeço imensamente a todos que ajudaram”, celebrou.

Entrega de livros

Durante a tarde, a vice-reitora Camila Ítavo esteve na Biblioteca Central para a receber a doação de livros sobre a história do Grupo Acaba, composto por artistas e egressos da Instituição. “A Universidade tem sempre esse olhar para cultura, faz parte do nosso valor. Eu acho que a gente também tem uma missão muito grande de ser curador, enquanto Universidade, da nossa cultura sul-mato-grossense”, pontuou.

Para o pró-reitor de Extensão, Cultura e Esporte, Marcelo Fernandes, a entrega representou um tributo ao legado do grupo musical. “O Grupo Acaba é um grupo genuinamente campo-grandense. Nasceu no bairro Amambaí e trouxe o Cantadores do Pantanal. Trouxe essa melancolia que tem no Pantanal e algumas harmonias que evocam os povos indígenas, especialmente fazendo uma relação com a fronteira. […] Jovens, eles já tinham reconhecimento nacional como uma música étnica aqui do Estado de Mato Grosso do Sul e a Universidade sempre foi a casa deles”, explicou.

Para o artista Rodrigo Teixeira, a entrega é uma forma de agradecer à Universidade pela contribuição para a cultura do Estado. “A Universidade Federal foi muito importante em vários momentos da constituição identitária do nosso Estado, com vários projetos culturais de grande importância e essa parceria aqui é uma maneira de devolver para a Universidade tudo que ela trouxe também para a classe artística”, afirmou.

“Nossas composições de pesquisa nasceram dentro da Universidade e todas elas buscavam a nossa história regional. Hoje, como membro do Instituto Histórico e Geográfico, continuo compondo e publicando também, em CDs, óperas relacionadas com a cultura regional. A Universidade é o berço. Então, voltar aqui para mim é uma grande alegria. Me sinto em casa”, finalizou o integrante do Grupo Acaba, Moacir Lacerda.

 

 

Texto: Thalia Zortéa e Alíria Aristides

Fotos: Alíria Aristides