Estão abertas as inscrições até 30 de novembro para os programas institucionais de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação Voluntária (Piviti) e de Iniciação Científica Voluntária (Pivic). Servidores com títulos de mestres e doutores e integrantes de projetos de pesquisa aprovados e em andamento na Universidade devem submeter as propostas por meio do Sistema de Informação e Gestão de Projetos.
Os programas buscam estimular o envolvimento de estudantes do ensino superior em atividades, metodologias, conhecimentos e práticas próprias ao desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação. “Esse primeiro contato proporciona o aprendizado de técnicas e métodos científicos, fomenta o pensamento crítico e criativo, e contribui para o desenvolvimento de competências acadêmicas e profissionais essenciais. Além disso, os programas têm como objetivo despertar a vocação científico-tecnológica dos estudantes, incentivando a continuidade da formação acadêmica, especialmente nos programas de pós-graduação”, destaca o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Fabrício Frazílio.
A principal diferença entre os dois programas está na natureza da pesquisa desenvolvida. “O Pivic tem foco na iniciação científica, voltando-se para projetos com ênfase na produção de conhecimento acadêmico, na formação para a ciência e na compreensão metodológica de temas investigativos. Já o Piviti destina-se a propostas com caráter aplicado, voltadas ao desenvolvimento tecnológico, inovação e possíveis impactos econômicos, sociais, ambientais ou produtivos”, explica Frazílio.
Entre 2020 e 2024, 754 estudantes participaram das atividades dos programas. “Esse número demonstra o engajamento crescente da comunidade acadêmica com as ações de iniciação científica e tecnológica, reforçando o compromisso da UFMS com a formação de estudantes por meio da pesquisa e inovação desde a graduação”, acrescenta o pró-reitor.
A submissão das propostas deve ser feita pelos orientadores, obedecendo os prazos e os requisitos estabelecidos em edital disponível abaixo. Para o Piviti, o plano de trabalho deve conter uma pesquisa com potencial de inovação, além da indicação de possível produtos, resultados esperados e possíveis impactos gerados. Já para o Pivic, as propostas devem apresentar relevância científica, bem como gerar aprendizagem de técnicas e métodos de pesquisa. Após a aprovação da proposta, os coordenadores poderão selecionar os estudantes com perfil e desempenho acadêmico compatível com as atividades previstas no plano de trabalho inscrito.
A participação no Pivic foi o primeiro contato com a pesquisa científica para o estudante do curso de Medicina do Câmpus da UFMS de Três Lagoas Bruno Estigarribia. Ele atuou no projeto Abordagem epidemiológica da dengue: estudo de prevalência e fatores de risco, com orientação da professora Julie Massayo. “Conhecer um pouco sobre a epidemiologia de uma doença relevante dos últimos anos faz o estudante, pessoalmente, entender um pouco mais sobre possíveis condutas dentro da política de saúde do Brasil e especialmente do nosso Estado, Mato Grosso do Sul. […] Além disso, pude entender como a condição social do ser humano impacta diretamente no seu bem-estar físico, mental e como a dengue pode estar presente entre aqueles que infelizmente não tem a percepção necessária de meios básicos de prevenção”, explica.
Para o estudante, a experiência foi positiva. “Não pretendo parar só na graduação. Acredito que todo e qualquer bom profissional precisa sempre de atualização. Aliás, uma das minhas metas é continuar […] com um possível mestrado dentro da própria UFMS”, acrescentou Estigarribia.
EDITAL (PROPP_RTR) n 140, de 13-05-2025.
Texto: Thalia Zortéa