Sala Verde da UFMS representa o Centro-Oeste em congresso de educação ambiental

A Sala Verde da UFMS foi selecionada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima para representar o Centro-Oeste no seminário Encontro de Salas Verdes para compartilhamento de boas práticas, durante o 8º Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa. O evento será realizado entre os dias 21 e 25 de julho, em Manaus, com o tema Educação ambiental e ação local: respostas à emergência climática, justiça ambiental, democracia e bem viver.

Além da Universidade, também integram o seminário as salas verdes da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Sustentabilidade e Ações Climáticas de Sergipe, representando a região Nordeste; do Centro Cultural Araçá, representando a região Sudeste; da Prefeitura de Abaetetuba, no Pará, representando a região Norte; e da Universidade Federal de Santa Catarina, representando a região Sul.

O diretor de Sustentabilidade da Pró-Reitoria de Cidadania e Sustentabilidade, Leonardo Chaves, revelou que a escolha da Universidade ocorreu entre as 95 salas verdes cadastradas em todo o Brasil. “A seleção da Sala Verde da UFMS pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima para um evento internacional de tamanha importância é um reconhecimento do nosso compromisso com a educação ambiental e a sustentabilidade”, ressalta.

Inaugurada em maio de 2024 e instalada inicialmente no Museu de Arqueologia (Muarq), a Sala Verde da UFMS foi um dos oito espaços educacionais aprovados em Mato Grosso do Sul em 2023. “A UFMS foi escolhida como representante da região Centro-Oeste devido à sua boa prática de integração do espaço no Museu de Arqueologia, unindo visitas museológicas com ações de educação ambiental”, complementa o diretor.

Para a responsável técnica do Muarq, Laura Pael, a integração entre a educação ambiental e patrimonial reforça o papel educativo do museu. “Essa ideia surgiu ao perceber que o patrimônio arqueológico e ambiental estão profundamente relacionados e podem, juntos, estimular reflexões sobre tempo, território, cultura e responsabilidade socioambiental. Para desenvolver essa programação de forma interdisciplinar, foi preciso envolver diferentes áreas do conhecimento e estabelecer parcerias com os setores da UFMS, escolas públicas e privadas, além de projetos de extensão, pesquisa e a própria comunidade”, conta.

Durante o primeiro ano de atividades, foram promovidas oficinas de compostagem e frutos do Cerrado, atividades de catalogação arqueológica, exposições de arte indígena, capacitações para professores e ações educativas com famílias, crianças e pessoas idosas, além de eventos em datas especiais, como o Dia Mundial do Meio Ambiente.

“Essa união entre educação ambiental e patrimonial tem ajudado os visitantes a ampliar sua visão: ao reconhecermos nossa história e memória coletiva, também somos convidados a refletir sobre o presente e o futuro do nosso planeta. Essas ações educativas fazem com que temas como mudanças climáticas, preservação da biodiversidade, consumo consciente e justiça social sejam abordados de maneira sensível e contextualizada”, afirma Laura. “A Sala Verde é fruto de um diálogo entre diferentes setores da UFMS, como o Muarq, a Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Esporte e a Pró-Reitoria de Cidadania e Sustentabilidade. Quero também destacar o protagonismo de povos indígenas, jovens, mulheres, crianças e pessoas idosas nas atividades realizadas. Isso mostra como a educação ambiental pode e deve ser inclusiva e plural”, acrescenta.

Com a mudança do Museu de Arqueologia para o Museu de Ciência e Tecnologia da UFMS, a nova Sala Verde foi instalada na Pró-Reitoria de Cidadania e Sustentabilidade. “Este novo espaço está aberto a toda a comunidade acadêmica, mediante agendamento prévio, para a realização de ações de educação ambiental”, reforça Chaves.

Congresso internacional

A oitava edição do evento é organizada pela Rede Lusófona de Educação Ambiental, em parceria com os ministérios da Educação e do Meio Ambiente e Mudança do Clima, além das secretarias de Educação e Desporto Escolar e do Meio Ambiente do Amazonas. Atualmente, essa rede é formada por educadores de Angola, Cabo Verde, Galícia, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, Timor Leste e São Tomé e Príncipe, com o apoio da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Texto: Thalia Zortéa