Atividade desenvolvida no mês de julho a partir da disciplina de “Sociologia e Antropologia” levou acadêmicos à cidade paranaense de Foz do Iguaçu para compreender as relações entre o trabalho, sociedade e meio ambiente.
Entre os dias 5 e 8 de julho o curso de graduação em Administração do Câmpus de Naviraí (CPNV) realizou sua primeira Aula de Campo, contemplada pelo Edital PROGRAD Nº 85, de 29 de maio de 2017, da UFMS. A proposta foi feita pela professora Sibelly Resch vinculada à disciplina de “Sociologia e Antropologia”, por ela ministrada, e visou conhecer espaços na cidade de Foz do Iguaçu-PR possibilitando a reflexão sobre diferentes aspectos no âmbito da disciplina e do curso.
O grupo de 26 alunos foi supervisionado pela proponente da ação, professora Sibelly, pelo professor Marcelo Dockhorn e pelo Técnico de Laboratório de Ensino Felipe Vedovoto. Conforme cronograma, o grupo visitou na quinta-feira (6) a Usina Hidrelétrica Itaipu Binacional, o Templo Budista, o Ecomuseu e o Refúgio Biológico ‘Bela Vista’. Na sexta-feira (7), as atividades foram desenvolvidas no Marco das Três Fronteiras, no Parque Nacional das Cataratas do Iguaçu e no Parque das Aves.
A intensa programação proporcionou a discussão e sistematização de conhecimentos, além de debates sobre cada ponto visitado. A interação entre os acadêmicos é ponto importante a ser destacado e a hospedagem no Hostel Poesia trouxe nova experiência para muitos acadêmicos e acadêmicas.
Segundo Maurício Kubo, que participou do processo de organização da Aula de Campo, “essa viagem para Foz do Iguaçu, com professores e colegas, um grupo de 29 pessoas, foi algo novo e com muita aprendizagem não só na área da administração, mas também na relação social, na questão ambiental, nos fatos históricos e a realidade enfrentada para a construção e transformação da área ocupada pela Itaipu”.
Isso mostra que os objetivos propostos com a viagem foram alcançados, pois permitiu aos participantes observar aspectos sociais, culturais e a dinâmica que envolve o mundo do trabalho, em especial na região impactada pela construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu. “É possível perceber a construção da sociedade quando esses trabalhadores vieram para a região [de Foz do Iguaçu]. Aqueles que tinham família começaram a se relacionar com o espaço ao redor da usina”, afirma a acadêmica Letícia Maria Santos.
A Itaipu Binacional está intrinsecamente ligada à população da região. Para Osmar Alves de Oliveira, “a partir de 2007 [ano da abertura do Complexo Turístico Itaipu (CTI)] quando foi aberto ao turismo, essa atividade fomentou ainda mais o comércio local e creio que a cidade de Foz do Iguaçu vive também disso. É uma forma legal, pois através da Itaipu a região também se desenvolve”.
A visita ao Ecomuseu deixou Helena Maia intrigada: “o espaço do museu reflete a valorização dos primeiros funcionários, mostrar como a história é importante e ouvida da boca de quem estava ali e vivenciou tudo aquilo. (…) em contrapartida pensar também que foram contratadas mais de 40 mil pessoas para construir tudo aquilo e que hoje em dia 3 mil pessoas trabalham lá, precisamos pensar, para onde essas pessoas foram?”.
O ensino em sala de aula foi levado efetivamente para fora da Universidade, uma experiência que será levada para a vida acadêmica, profissional e pessoal de cada participante. Vanessa Gomes destacou isso: “fiquei muito impressionada com tudo, e agradeço à faculdade e aos professores/colaboradores que se esforçaram para que isso acontecesse de uma forma organizada, espero ter outras oportunidades em que possamos conhecer mais nossa cultura e ampliar nosso conhecimento”.
Fonte: Câmpus de Naviraí (CPNV)
