Participantes do Seminário Internacional conheceram ações na pesquisa e pós-graduação

A palestra desta manhã, 21, do Seminário Internacional On-line da UFMS teve como tema “Ações de Internacionalização na Pesquisa e Pós-graduação da UFMS”. O ministrante foi o pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação, Nalvo Franco de Almeida Junior. A apresentação foi transmitida ao vivo pelo canal da TV UFMS.

O pró-reitor iniciou dizendo que a internacionalização, antes realizada de forma isolada na UFMS, passou a ser mais fortemente institucionalizada a partir de 2017, com a criação da Agência de Desenvolvimento, Inovação e Relações Internacionais (Aginova) e da Divisão de Relações Internacionais (Dirin), e do Comitê de Gestão de Inclusão, Internacionalização e Ações Afirmativas. “A Universidade fez então o desenho da sua internacionalização e a criação dessas estruturas culminou, em 2018, na aprovação do plano da UFMS no edital Capes-Print”, informou.

O professor citou diversas estratégias iniciadas a partir de 2017 para a internacionalização, como: a consolidação do comitê; a promoção de ações nos grupos de pesquisa e programas de pós-graduação, bem como nos cursos de graduação; a consolidação da política linguística institucional; a construção de parcerias institucionais; o desenvolvimento de uma política de acolhimento e recepção de estrangeiros; de uma política de capacitação e qualificação dos docentes e técnicos administrativos; e de uma política de empreendedorismo e inovação com vistas a parcerias com universidades e empresas estrangeiras. “Tudo isso tem como objetivo criarmos e fortalecermos um ambiente internacional na UFMS, como encontramos em outras universidades do Brasil e de outros países. Para isso precisamos de todo esse arcabouço jurídico, institucional de operacionalização da internacionalização, e isso já é feito por vários setores da Universidade”, apontou.

Na apresentação, o pró-reitor também indicou ações que já foram ou estão sendo implementadas para o cumprimento dessas estratégias. Entre elas estão: a realização de cursos de EMI; a regulamentação da mobilidade; a oferta de disciplinas estrangeiras nos cursos; o projeto de tradução para a internacionalização; o atendimento telefônico em inglês e espanhol; o catálogo e o guia para estudantes estrangeiros, que devem ser apresentados no Seminário na tarde de hoje; e uma comunicação intensiva de todo o aspecto da internacionalização da UFMS. “São ações pontuais, mas que estão todas fundamentadas e sedimentadas a partir de políticas e de estratégias muito bem definidas pela UFMS”, comentou.

Para o professor, para que uma pós-graduação seja internacionalizada, é preciso ter: redes internacionais de pesquisa, o que propicia a melhora da qualidade da produção científica; interação com grupos de pesquisa no exterior, e para isso são importantes as parcerias de cooperação; é preciso ter mobilidade em funcionamento, de professores e estudantes indo ao exterior e vindo de lá; é necessário atrair estudantes estrangeiros para cursarem os programas daqui; ter acordos de cooperação para co-tutela; ter capacidade de atrair também pesquisadores com experiência internacional; e a preparação dos estudantes e professores para irem ao exterior. “Nessa área temos um desafio, principalmente por conta do idioma. E por fim, é preciso que nos apropriemos mais de todo esse conhecimento e experiência adquiridos pelos professores e estudantes no exterior, para o desenvolvimento dos próprios programas de pós-graduação”, falou.

Mapa mostra universidades com as quais pesquisadores da UFMS realizaram cooperações científicas entre 2015 e 2020

Foram apresentadas ainda ações pontuais iniciadas junto aos programas de pós-graduação e o pró-reitor indicou que até o final de 2020 a Propp deve lançar um edital com vagas específicas para estudantes estrangeiros nos cursos de pós-graduação da Universidade. Sobre a cooperação científica, Nalvo destacou: “Não se faz internacionalização sem a cooperação, sem ela não há motivação para acordos, para mobilidade, isso tudo é incentivado pela parceria na produção científica entre os pesquisadores. A cooperação é que conduz toda a internacionalização do programa. Criando esse ambiente de internacionalização para que tudo fique institucionalizado, vamos melhorar os fluxos e ações que ajudam nessas cooperações”.

Gráfico traz andamento do índice de impacto por área de 5 universidades de 2017 a 2020, UFMS é a linha ascendente

O pró-reitor também mostrou dados sobre as publicações aparentes na base Scopus de autoria de pesquisadores da UFMS, de 2015 a 2020, e também dados sobre o impacto dessas publicações. Das 4.253 publicações, apenas 2,9% foram feitas com cooperação internacional, e estas alcançaram impacto muito maior do que as outras. O professor mostrou ainda comparações com outras universidades nacionais e internacionais e indicou que a UFMS está crescendo em termos de visibilidade internacional. “Em resumo, colaboração internacional é imprescindível, e se temos um bom ambiente para a cooperação, fortalecido e com fomento, a produção científica melhora e a internacionalização se fortalece. Demos um passo bastante importante nesse sentido quando recebemos a aprovação no programa Capes/Print”, indicou.

Sobre o programa, o professor informou que atualmente a Universidade tem políticas e estratégias institucionais que foram desenvolvidas a partir do observado com as respostas ao questionário apresentado pela Capes às universidades em 2017, para diagnóstico da situação e lançamento do Capes/Print. “Desenvolvemos e obtivemos a aprovação do nosso Plano de Institucionalização e por meio do programa receberemos ao todo R$8 milhões entre 2019 e 2022. O recurso é para que professores e estudantes realizem visitas ao exterior, para apoio a missões internacionais, para o recebimento de professores do exterior, para brasileiros ou estrangeiros que estão no exterior que queiram visitar a UFMS e também para a vinda de professor pós-doutor com experiência internacional para a Universidade”, disse, e indicou o site print.ufms.br para mais informações sobre o programa.

Ao final da palestra o pró-reitor apresentou também oportunidades para os pós-graduandos da UFMS realizarem mobilidade e outras atividades internacionais e respondeu a perguntas dos participantes.

O Seminário Internacional On-line da UFMS continua na tarde de hoje, 21. A programação pode ser conferida aqui.

 

 

Texto e imagens: Ariane Comineti