Palestra apresenta produção arquitetônica de Lina Bo Bardi

Como parte das ações do projeto Mais Cultura da CCT/PREAE, acontece no próximo dia 23 de março, às 18h, no auditório do Bloco de Arquitetura e Urbanismo, apresentação sobre a produção arquitetônica de Lina Bo Bardi.

A apresentação, intitulada “As várias ideias sobre o patrimônio na obra de Lina Bo Bardi: uma revisão essencial”, será feita pelo mestrando do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional Vinicius Martins de Oliveira.

A palestra será ilustrada também por uma apresentação do professor Marcelo Fernandes com uma obra Modernista de estética análoga a de Lina Bo Bardi.

Texto informativo do IPHAN:

“Endossando as comemorações pontuais que ocorrem desde 2014 sobre o centenário de nascimento de Lina Bo, e aproveitando o novo lançamento editorial do IPHAN, a coleção Lina Bo Bardi, organizada por Marcelo Carvalho Ferraz, arquiteto e professor do centro de estudos Escola da Cidade, que atuou ao lado de Lina Bo entre 1977 e 1992, O IPHAN/MS pretende apresentar uma breve exposição sobre a vida profissional e algumas das principais obras e atuações de Lina Bo Bardi ao longo dos 46 anos em que a arquiteta atuou no Brasil. Lina Bo projetou mais do que edifícios Brasil a fora, sua atuação foi através de uma produção cultural intensa, vívida e sagaz, sendo capaz de disseminar sentimentos livres, informais e coloridos em meio ao modernismo categórico e pragmático. Sempre atuou em prol da arte popular e ações coletivas e sociais, na realização ou ocupação dos espaços que pensou e ajudou a realizar. As suas obras sempre foram fundamentadas por uma escrita coerente a relatos mnemônicos que deixam claras suas predileções quanto à apropriação do espaço construído, assim como um pensamento que busca adequar a sua arquitetura de forma despretensiosa perante remanescentes de pré-existência nas urbes; uma leitura sensível sobre o saber-fazer arquitetura, aliando respeito pelo patrimônio histórico, conciliando políticas de intervenção e restauro e, ainda, dialogando com o usuário mantendo sempre o olhar no presente. A palestra pretende debater de forma concisa parte do seu pensamento de trabalho no campo da arquitetura, além de suscitarem importantes discursos a respeito de suas visões sobre o significado da atuação dos arquitetos mediante o patrimônio cultural e a sociedade. Assim, a escolha dos projetos selecionados para os livros que compõem esta coleção se mostra pertinente ao representar algumas narrativas possíveis para o estudo do patrimônio a partir da obra de Lina Bo, retratando a ideia de memória do espaço e a sua paisagem (Casa de Vidro/1951 e MASP/1968), relações entre intervenção e pré-existência histórica, a arquitetura como documento (Solar do Unhão/1959 e SESC fábrica da Pompeia/1986), e a vertente que alia a memória de um saber-fazer aos usos que compõem uma ideia de edifício que transcende o elemento material da arquitetura (Igreja Espirito Santo do Cerrado/1982 e Teatro Oficina/1984). A estrutura da apresentação proposta consistirá em: 1939 1945: Lina Bo Bardi: formação italiana, o contato com a cidade clássica de Roma e as experiências editoriais em Milão. 1946 1963: Os primeiros contatos com a arquitetura modernista brasileira, a experiência com o Nordeste e os estudos sobre artesanato e a cultura popular. + O processo de formação do SPHAN/IPHAN e o ideário de patrimônio nacional. 1951 1968: Leitura de caso: A casa de vidro e o Museu de artes de São Paulo: Patrimônio, espaço e paisagem. 1959 1986: Leitura de caso: Solar do Unhão e SESC Fábrica da Pompeia: Patrimônio e pré-existência, documentação e restauro. 1982 1984: Leitura de caso: Igreja Espírito Santo do Cerrado e Teatro Oficina: Patrimônio intangível e cultura popular como elemento ‘fazedor’ de arquitetura de memória.”