A última edição da Sexta na Concha, realizada no dia 5, trouxe algumas novidades, entre elas palco aberto para professores, técnicos-administrativos, estudantes e colaboradores, além de transmissão ao vivo pelo canal da TV UFMS. Ao som de Guga Borba e talentos da Universidade, os presentes puderam aproveitar, de maneira gratuita e descontraída, canções regionais e músicas internacionais.
Para a pró-reitora de Extensão, Cultura e Esporte, Lia Brambilla, as atualizações implementadas à programação da Sexta na Concha demonstram que originalidade e compartilhamento de artes fazem parte da entrega do evento musical à comunidade. “Criamos um espaço democrático e de fácil adesão, com inscrições simples, tanto on-line quanto na hora do show, além de entradas curtas e uma régua técnica enxuta. A ideia era ‘costurar’ a programação principal com a vida do câmpus e dar palco às vozes da UFMS, isto é, música, poesia, dança, stand-up, o que a comunidade trouxesse”, afirmou.
“O público virou protagonista. Com isso, tivemos participação espontânea, torcida dos colegas, encontros entre cursos e muitas colaborações que nasceram ali mesmo. Nossa equipe ficou no chão do evento, acolhendo, organizando e mediando, trocando contato, convidando para editais e ações de extensão. O resultado foi um canal direto, a confiança renovada e a promoção de novas parcerias para os próximos semestres”, acrescentou Lia.
Quem abriu o palco da Sexta na Concha foi o músico Guga Borba, como atração principal. Durante sua apresentação, o artista resgatou clássicos do cancioneiro regional, fazendo uma homenagem a Almir Sater, Renato Teixeira e Geraldo Roca, além de transmitir sua aptidão musical voltada ao folk e ao rock. Em seus mais de 30 anos de carreira, essa foi a primeira vez que performou na Concha Acústica da UFMS.
“Essa sensação de estar perto do público é muito boa. A gente teve uma temporada muito longa fazendo grandes shows, com gradil, com segurança, e aquilo nos deixa um pouco distantes das pessoas. Então, voltar a ficar com as pessoas frente a frente, desenvolvendo essa parte humana, é muito importante. E a Sexta na Concha definitivamente proporcionou isso”, descreveu.
De acordo com o artista, essa oportunidade de aproximação se estendeu ao palco aberto. “É uma forma de a gente descobrir nossos talentos, aproximar a comunidade com a sua própria cultura. Eu não só concordo com isso, mas também acho essa abertura de extrema importância. Torço para que a ideia também seja expandida para os outros câmpus da UFMS”, complementou.
O estudante de Artes Visuais da Faculdade de Artes, Letras e Comunicação (Faalc) Guilherme Palacio iniciou as apresentações do palco aberto cantando dois hits de rock alternativo em versão adaptada para o português. “Eu sempre pego qualquer oportunidade que tenho para mostrar o que faço, e aqui na Universidade não é diferente. Eu não lanço música como artista, não tenho nenhum álbum lançado. Por isso, foi perfeita essa chance de mostrar um pouquinho do meu trabalho”, agradeceu.
O som dedilhado tocado no violão do estudante de Sistemas de Informação da Faculdade de Computação Kaê Budke também marcou presença no palco aberto, fazendo par com a voz do estudante de Psicologia da Faculdade de Ciências Humanas Dudi Lima, o Dudi Fruity. Juntos, os dois evocaram o pop internacional. “Eu sempre uso o violão para extravasar o que eu estou sentindo, expressar o que eu não consigo falar. Mesmo eu sendo muito tímido para tocar, me apresentar em público e tal, essa experiência foi bem interessante. Quem sabe, já nos próximos eventos que tiver, eu possa ficar cada vez mais confortável de subir ao palco”, disse Kaê.
Já Dudi revelou que, antes mesmo de ingressar na Universidade, já participou do Projeto Coral Infantojuvenil da UFMS, o que o ajudou a aprimorar suas técnicas vocais. No palco aberto da Sexta na Concha, ele também performou uma canção à capela. “Quando eu entrei na faculdade, isso foi me motivando a voltar a cantar em público e a focar em algo artístico, musical, que eu gosto bastante. São nesses espaços que eu tento me incluir, para eu conseguir ir me aperfeiçoando, tirar o medo de me apresentar em público e ir desenvolvendo novas técnicas”, relatou.
Também animaram a Sexta na Concha o estudante de Letras da Faalc Geremias Bignardi, que subiu ao palco como The Cat para uma performance de músicas regionais e autorais, e os estudantes de Música da Faalc Heider Oliveira e Gustavo Villarinho, que trouxeram toda a sonoridade do grunge dos anos 1990, com voz, violão e percussão. O evento também contou com a comercialização de artigos artesanais confeccionados pela própria comunidade universitária em uma feira localizada ao lado da Concha Acústica.
A próxima Sexta na Concha ocorrerá no dia 26, a partir das 17h, como parte da programação do Festival Mais Cultura.
Texto: Raul Delvizio
Fotos: Heloísa Garcia





