Legado de Armênio Arakelian é tema de seminário técnico com foco na memória oral

Com foco na preservação da memória por meio da oralidade, nesta segunda, 12, será realizada a terceira edição do Seminário Técnico do Laboratório de Pesquisa e Documentação em Arquitetura e Urbanismo (AU.doc), às 18h, no auditório Arquiteto Jurandir S. Nogueira. A partir do tema Relatos: a narrativa oral como documento, o evento busca resgatar a história e a memória institucional da UFMS por meio da oralidade, com destaque para o trabalho do arquiteto Armênio Arakelian.

O seminário integra os projetos de extensão e de pesquisa Patrimônio, Memória e Cultura para Todos, coordenados pela professora da Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia (Faeng) Eliane Guaraldo, que se debruça sobre a obra de Arakelian e seu valor histórico e cultural. Ele foi responsável pelas principais construções da Cidade Universitária, como o Teatro Glauce Rocha, o Restaurante Universitário e o Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS/Ebserh). Após a classificação e digitalização de seu acervo terem sido apresentadas nos dois primeiros seminários técnicos, esta terceira edição dá um passo adiante ao explorar os relatos, entrevistas e narrativas orais sobre o arquiteto e seu legado.

Segundo Eliane, o objetivo do evento é evidenciar a importância da narrativa oral como fonte de conhecimento sobre o patrimônio cultural. “A narrativa oral permite a construção de sentidos que nem sempre estão presentes nos documentos técnicos ou visuais. Ela confere ‘espessura cronológica’ e valor social aos registros sobre uma obra”, explica.

O encontro contará com a presença de especialistas de diferentes áreas, como a historiadora Priscila Perazzo, que há mais de 30 anos trabalha com acervos de história oral no ABC Paulista; a socióloga mexicana Karla Covarrubias, que atua com projetos em interculturalidade; e a arquiteta Franceli Guaraldo, idealizadora do projeto Caçadores de Histórias do ABC, que também utiliza a narrativa oral como instrumento de valorização patrimonial.

“A história oral é uma tecnologia social que permite a reconstituição do passado por meio das experiências vividas. É um instrumento de extrema relevância para entender não apenas o que foi construído, mas como esses espaços foram vivenciados, interpretados e valorizados pelas pessoas”, destaca a professora da Faeng.

O seminário é gratuito e as inscrições podem ser realizadas nesta página. Podem participar estudantes de graduação e pós-graduação, professores, técnicos-administrativos, pesquisadores e a comunidade externa. Os participantes receberão certificado de participação, mediante assinatura na lista de presença.

Mais informações podem ser conferidas no perfil do Instagram do laboratório.

Texto: Lúcia Santos