Durante a 22ª Semana Nacional de Museus, entre os dias 13 e 18 de maio, o Laboratório de Estudos Interdisciplinares da Antiguidade (ATRIVM) se une às instituições de memória, espaços e centros culturais, como Museu de Arqueologia da UFMS e a Casa da Ciência e Cultura de Campo Grande, para celebrar a história e a diversidade cultural brasileira. A programação do Laboratório aborda o estudo, a pesquisa e o tratamento de reserva técnica e acervo museal, com atividades gratuitas e sem a necessidade de inscrição prévia.
Uma das atrações do ATRIVM será a exposição e oficina Um Dia no Museu – Uma viagem pelo acervo da Numismática do Museu Histórico Nacional, realizada no dia 15, às 19h, no Complexo Multiuso 2, na Cidade Universitária. A atividade apresenta uma seleção especial do museu brasileiro, localizado no Rio de Janeiro, que abriga um dos maiores acervos da América Latina de moedas da antiguidade e contemporâneas e narram a história política e cultural das nações, por meio de sua impressão monetária, seja em cédulas, medalhas ou moedas.
No dia 18, às 9h30, será retomado o projeto Conversas Museológicas, com o tema Acervos de Numismática Sul-Americana em perspectiva – Diálogos entre Brasil, Bolívia e Peru, de forma on-line aqui.
Segundo o professor da Faculdade de Ciências Humanas e coordenador do Laboratório, Carlos Eduardo da Costa Campos, este projeto é um esforço colaborativo entre a UFMS; a Universidade do Minho, de Portugal; o Museu Histórico Nacional; e as Universidades Federais de Alfenas, do Rio Grande do Norte e do Rio de Janeiro, com intuito de analisar, sistematizar, catalogar e disponibilizar a coleção de acervos de valor histórico dos museus nacionais.
“[O projeto] tem um papel de democratização do acervo do Museu Histórico Nacional para o Mato Grosso do Sul, tendo em vista que muitas pessoas não têm o acesso ao Rio de Janeiro e ele é um museu nacional, então esse acervo também está ligado com a nossa sociedade, com a nossa cultura aqui. Esse acervo, além de ser divulgado para a nossa comunidade escolar e para a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, ele é, em parte, da pesquisa desenvolvida pela própria Universidade, uma pesquisa reconhecida pelo CNPq”, explica.
Além do contato com a comunidade externa, o projeto busca gerar impactos no processo de formação pedagógica, já que os estudantes são levados a trabalhar com materiais arqueológicos, produzir dados e alimentar a Base de Dados em Arquivística Tainacan.
Segundo a diretora de Popularização da Ciência, da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Esporte, Lia Raquel Toledo Brambilla Gasques, a participação da Universidade na programação nacional apresenta ao público as atividades realizadas nos museus brasileiros, como a documentação museológica e a catalogação e registro do acervo. “É muito importante a popularização dos acervos museológicos nacionais em Mato Grosso do Sul e serve como exemplo para valorizar o que temos de acervo aqui em nosso Estado. Isso democratiza o acesso da comunidade e impacta na formação de professores e nas escolas de MS”, enfatiza. “O Laboratório ATRIVM vem sendo pioneiro nesta divulgação, que além de disponibilizar acesso a parte do acervo do museu nacional, coisa que muitos alunos nunca teriam acesso, cria materiais de divulgação para auxiliar os professores nas escolas. O laboratório também faz catalogação do acervo do Museu de arqueologia da UFMS, análise de peças e fotogrametria, que poderão ser acessadas em 3D por qualquer usuário da internet”.
A abertura da Semana será no dia 13 de maio, das 10h às 11h30, com a mesa-redonda Museus, Educação e Pesquisa: altas habilidades e arte educação, promovida pelo Sistema Estadual de Museus, no Museu da Imagem e do Som, em Campo Grande. O ATRIVM ainda participa do encontro da Rede de Educadores, marcado para o dia 17 de maio, das 14h às 17h30, com o tema Museus: educação e pesquisa – uma conversa sobre a Política Nacional de Educação Museal e outras Experiências da Educação Museal em MS, no Museu das Culturas Dom Bosco, e do sarau em celebração ao Dia Internacional dos Museus, realizado no dia 18, às 16h, no Museu de Arte Urbana de Campo Grande.
Texto: Elton Ricci