Professores e estudantes do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia (Faeng) participaram do Seminário em comemoração aos 50 anos de tombamento do Forte de Coimbra, promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), na cidade de Corumbá. A programação do evento contou com palestras, apresentação de documentários e visitas guiadas ao Museu da História do Pantanal, Instituto Homem Pantaneiro e ao Forte Junqueira, localizado na área urbana do município.
“Acho que as experiências práticas podem contribuir na formação dos estudantes em todos os aspectos. Essa experiência é muito relevante, porque o ambiente de sala de aula está muito vinculado a uma questão teórica e não prática. A gente viu isso no olhar desses estudantes, porque em sala de aula eles são muito envolvidos com o elemento do celular, da internet, e o que a gente percebeu é que esses estudantes participaram de todas as visitas, claro, com imagens de selfie e tudo mais, mas muito envolvido com a questão prática mesmo, de vivenciar a questão do patrimônio sul-mato-grossense”, enfatizou a professora da Faeng Maria Margareth Escobar Ribas Lima.
O Forte de Coimbra, edificação representante da arquitetura militar portuguesa do século 18, fica localizado no distrito de Coimbra, em Corumbá, e foi tombado pelo Iphan em 1974, sendo inscrito nos Livros do Tombo Histórico e no Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico. “Eu sou professora das disciplinas teóricas como História, Patrimônio, História do Urbanismo, da Arte e, de uma forma geral, todo o aspecto do que a gente entende da história, seja de que disciplina for, é importante a gente contextualizar que cada experiência arquitetônica, cada experiência nas artes, nas cidades, tem a ver com o contexto. Então, quando eles analisam toda essa formação das cidades, da cultura de cada região, a nossa arquitetura é diferenciada do litoral brasileiro, assim como é diferenciada de outras regiões do mundo”, pontuou a professora.
Para o estudante do oitavo semestre do Curso de Arquitetura e Urbanismo Thiago Oliveira Cardoso Silva, a viagem com professores e colegas de curso à Corumbá o apresentou para a comunidade próxima ao Forte e para outros elementos culturais sobre a cidade que ele até então desconhecia. “Eu acho que essa viagem vai ser inesquecível para mim e para minha formação acadêmica e profissional. O que eu achei mais interessante dessa visita foi poder conhecer um pouco da história de Corumbá, que eu não conhecia completamente, e também que acaba sendo um pouco da história do Pantanal, de Mato Grosso do Sul e do Brasil”, contou.
“Essa experiência colaborou para minha formação no quesito que eu pude observar que o Patrimônio Histórico vai além do edifício construído, ele leva em consideração a relação que esse edifício tem com a comunidade, a história que esse edifício carrega e toda a cultura que está relacionada a esse edifício. O Forte Coimbra não é apenas o edifício histórico do Forte, mas sim toda a história da comunidade que vive ali em volta, toda a história de devoção à Nossa Senhora do Carmo e toda essa questão da fé”, complementou o estudante.
Texto: Alíria Aristides e Giulia Fonseca, bolsista da Agência de Comunicação Social e Científica
Fotos: Arquivo dos participantes