Cuidados paliativos melhoram a qualidade de vida de pacientes internados no Hospital Universitário

Pesquisa apresenta fluxograma e dados científicos para que profissionais possam oferecer o melhor atendimento aos pacientes e familiares

Pesquisadoras do Núcleo de Ensino, Pesquisa, Assistência e Extensão em Cuidados Paliativos do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS/Ebserh) publicaram o artigo “Manejo em Cuidados Paliativos”, na revista científica internacional Research, Society and Development.

O estudo foi produzido pela residente em clínica médica Leifa Naiane Santos, pela médica Rosângela Silva Rigo e pela assistente social Julia Sezara Almeida, e traz uma revisão narrativa sobre o manejo em cuidados paliativos, abordando os passos para implementação desde sua identificação e elegibilidade, passando pela avaliação do paciente, executando uma comunicação eficiente e traçando um plano de cuidados com assistência familiar.

“Durante atendimentos no Humap notamos a dificuldade das equipes para dar encaminhamento correto do ponto de vista dos cuidados paliativos, então o objetivo foi fazer um fluxograma para facilitar que os profissionais que não têm conhecimentos em cuidados paliativos possam oferecer o melhor atendimento possível aos pacientes e familiares, baseados em dados científicos”, explica a pesquisadora Leifa Naiane Santos.

O manejo em cuidados paliativos contempla vários aspectos importantes, desde a sua identificação, implantação e acolhimento do paciente com a família, buscando esclarecer dúvidas, ampliando a atenção em cuidados, dentro dos princípios de atuação em cuidados paliativos com reforço da vida, sua qualidade, até o transcorrer da morte.

“Os cuidados paliativos são ferramentas fundamentais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, reduzir o sofrimento de familiares e também das equipes médicas e assistenciais, além de representarem economia de recursos financeiros às instituições de saúde e, consequentemente, aos cofres públicos”, esclarece a médica Rosângela Silva Rigo.

O que são os cuidados paliativos

Os cuidados paliativos são direcionados às pessoas com condições crônico-degenerativas que ameaçam a continuidade da vida, em todas as fases clínicas do adoecer, como também em casos progressivos de redução da funcionalidade. Deste modo, reconhecer os perfis de pacientes que podem ser incluídos nessa definição e a evolução natural das doenças crônico-degenerativas é de grande importância, pois possibilita o início precoce e planejado das intervenções necessárias, personalizando o atendimento, efetivando o alívio do sofrimento, manejo de crises e contribuindo para promoção da qualidade de vida.

O início do manejo em atenção paliativo consiste em identificar o caso, independentemente da modalidade de atendimento, em enfermaria/pronto socorro ou ambulatorial, realizando a avaliação do doente, e considerando alguns elementos fundamentais que possibilitam a compreensão da pessoa doente, da cronologia da evolução da doença, os tratamentos já realizados, as necessidades atuais para o caso, como medicações e tratamentos propostos.

O estudo traz diversas figuras, gráficos, fluxogramas e até QRCodes para que profissionais da área da saúde possam compreender e efetivamente aplicar os cuidados paliativos na rotina de atendimentos.

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Sobre a Rede Hospitalar Ebserh

O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap) faz parte da Rede Hospitalar Ebserh desde dezembro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.

Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas. Devido a essa natureza educacional, a os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde. Com isso, a Rede Hospitalar Ebserh atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde do país.

Texto e Foto: Assessoria de Comunicação do Humap/UFMS