CNPq celebra 70 anos em cerimônia on-line

Na tarde de sexta-feira, 16, foi realizada a cerimônia on-line em comemoração aos 70 anos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), agência de promoção e capacitação à pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). No evento, foi lançado o Selo Comemorativo personalizado em parceria com os Correios que possui a marca de aniversário do CNPq que será usada durante todo o ano de 2021. A transmissão foi ao vivo pelo YouTube.

O reitor Marcelo Turine acompanhou a live junto aos demais pró-reitores da UFMS e parabenizou toda a equipe do Conselho. “Parabéns ao CNPq, ao presidente e toda equipe de dirigentes e servidores. Parabéns ao nosso ministro Marcos Pontes”, disse.

Na comemoração, o CNPq apresentou um vídeo institucional com a trajetória e os marcos desde sua fundação, no ano de 1951, pelo almirante Álvaro Alberto, que chamou a lei que instituiu o CNPq de “Lei Áurea da Pesquisa no Brasil”. Desde então, o Conselho trabalha pela consolidação e promoção da ciência junto às demais instituições que nasceram dentro de sua estrutura, como o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT).

O presidente do CNPq, Evaldo Vilela, abriu o evento e em seu discurso disse que há muito a se comemorar diante da trajetória da instituição, mas destacou que também é um momento difícil para se comemorar diante do número de vítimas da pandemia do coronavírus, e cita, inclusive, que algumas destas foram servidores da instituição. “É uma comemoração que traz para nós a certeza de que a ciência que nós financiamos, que o CNPq promove, vai nos ajudar muito. Ela é a esperança de vencer este triste período da nossa história. Com a ajuda dos cientistas brasileiros, muitos dos quais cientistas do CNPq e parceiros das ações do MCTI, trazendo conhecimento científico, [que estão] construindo a nação neste momento de tanta dificuldade e com certeza, sendo primordial para a qualidade de vida do nosso povo”, afirmou.

Atualmente, o CNPq é responsável pelo financiamento de 80 mil bolsas de pesquisas de diversas áreas do conhecimento, além de garantir a internacionalização, assegurando a presença de cientistas brasileiros em importantes instituições estrangeiras. Também detém o maior banco de currículos da América Latina, a Plataforma Lattes, criada em 1999.

Há 70 anos que o CNPq vem financiando a pesquisa científica e tecnológica, tendo contribuído decididamente para criar e consolidar uma comunidade científica e tecnológica de inovação com os institutos vinculados que aqui nasceram e que muito nos orgulham. (…) Quero realçar também o papel do CNPq na promoção dos jovens talentos, isso sempre foi a nossa meta, qualificar jovens talentos para desenvolver  a pesquisa ou para serem bons cidadãos, porque todo aquele que se aproxima dos preceitos da ciência se torna um cidadão mais completo e que mais contribui para o desenvolvimento da nação”, acrescentou o presidente.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, participou da cerimônia de maneira remota. Ele ressaltou os desafios a serem enfrentados na ciência do país e a importância de chegar a lugares mais distantes com resultados e soluções de problemas reais. “São 70 anos, 70 anos não é brincadeira, é muito tempo de organização, de uma instituição funcionando e com grandes realizações, mas tenho certeza que muitos problemas também foram enfrentados pelo CNPq. (…) Nós não vivemos numa bolha dentro da ciência, a gente vive dentro de um país, dentro de um contexto mundial onde existem problemas reais que temos que trabalhar juntos para resolver. Temos muito conhecimento dentro da ciência e tecnologia no país. Nós temos soluções, e são essas soluções que nos dão esperança”, disse.

A cerimônia de comemoração contou também com homenagens de servidores, depoimentos de bolsistas CNPq e parabenizações de presidentes e diretores de instituições que fazem parte do sistema nacional de incentivo à pesquisa, tecnologia e desenvolvimento no país.

Texto: Gabriela Vilela (estagiária da Agecom)