Nesta terça-feira, 29, representantes das empresas incubadas na Pantanal Incubadora Mista de Empresas (Pime) participaram de bate-papo para troca de experiências, compartilhamento de desafios e apresentação dos resultados alcançados. O evento, realizado na Cidade Universitária, buscou ampliar a visibilidade das iniciativas e fortalecer a conexão das startups com a comunidade universitária.
“A Pime integra o ecossistema de inovação da UFMS, junto a outras iniciativas como empresas juniores, disciplinas de empreendedorismo e times de impacto social. É um conjunto de ações que incentiva a criação e o amadurecimento de negócios inovadores. O programa de incubação acolhe startups e spin-offs que avançam na trilha da inovação e recebem apoio institucional da UFMS para escalar e conquistar o mercado”, explicou o diretor da Agência de Inovação (Aginova), Saulo Moreira.
Para ele, o evento cumpriu o objetivo de fortalecer o ecossistema de inovação da Universidade. “Quando falamos de empreendedorismo e inovação, sabemos que desafios, dores e experiências podem ser compartilhados independentemente da área de atuação. Por isso, a proposta é justamente essa: promover a integração, o compartilhamento de boas práticas e fortalecer a cultura empreendedora em um ambiente de inovação”, afirmou.
O professor da Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia (Faeng) Edson Batista é cofundador da Damine e compartilhou o impacto do processo de incubação durante o bate-papo. “Estar incubado na UFMS foi fundamental para conquistarmos parceiros como a Suzano e a JBS, que nos procuraram dentro do Programa de Pós-Graduação [em Engenharia Elétrica]. A partir das demandas dessas empresas, desenvolvemos produtos que deram origem à Damine. O apoio da Pime foi essencial”, ressaltou.
Batista ainda contou as perspectivas da empresa para o futuro. “Estamos nos preparando para participar de editais, como o da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), e já fomos aprovados no Tecnova. Nossa expectativa agora é fechar contratos com as empresas parceiras e obter a aprovação no edital da Finep”.
O estudante do curso de Engenharia de Produção da Faeng e presidente da SHD Graphene, Murilo Magalhães, destacou os avanços da empresa com o apoio da incubadora. “Fundamos a SHD Graphene com foco na produção e comercialização de óxido de grafeno, que também utilizamos no desenvolvimento de derivados. Produzimos o material na própria UFMS e, para isso, contamos com a estrutura dos laboratórios, acessível por meio da incubação na Pime”, explicou.
Segundo ele, a participação no programa ultrapassou a expectativa inicial. “No início, buscávamos apenas o uso dos laboratórios, mas logo percebemos que a Pime oferecia muito mais. Recebemos mentorias, consultorias e apoio técnico que foram fundamentais para o desenvolvimento da empresa. Gravamos nosso primeiro pitch para editais, recebemos suporte na área de marketing e conseguimos colocar nosso site no ar”, frisou.
Pime
Criada em 2007, a Pime atua como unidade facilitadora do processo de geração e consolidação de empreendimentos inovadores de Mato Grosso do Sul. A unidade, vinculada a Aginova, é responsável por apoiar o desenvolvimento de novos empreendimentos e capacitação de potenciais empreendedores. Desde 2024, todos os câmpus da UFMS possuem unidades da Pime, ampliando o atendimento para os municípios da região.
O programa de incubação oferece serviços como cursos, consultorias, orientação e acompanhamento dos empreendimentos participantes, além do acesso a oportunidades de negócios, ao ecossistema de inovação do Estado e à rede de relacionamentos da Pime. Atualmente, são oito empresas incubadas e 14 empresas graduadas, que são aquelas que já passaram por todas as etapas da incubação.
Mais informações estão disponíveis na página da Pime.
Texto: Kelen Bueno e Thalia Zortéa
Fotos: Kelen Bueno