Mulheres na Ciência 2022 abre inscrições para propostas de pesquisas vinculadas a ODS

Pesquisadoras da UFMS com trabalhos vinculados a pelo menos um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) poderão participar do Programa Mulheres na Ciência 2022, cujo período para submissão de propostas inicia hoje, 31, e segue, em fluxo contínuo, até 1º de setembro deste ano, devendo ser feita por meio do Sistema de Informação e Gestão de Projetos (SIGProj).

“A gente chama atenção que essa proposta está lançada e vinculada a qualquer um dos ODS e que, agora, a nossa expectativa é que mais pesquisadoras sejam contempladas em 2022”, diz a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Maria Lígia Macedo. Ela ressalta que o “edital visa ampliar a participação feminina na liderança de projetos de pesquisa e incrementar a participação das mulheres da UFMS nessas ações”.

Além de atender ao requisito de vincular o projeto a um dos ODS, as pesquisadoras precisam: ser servidoras da UFMS; coordenar o projeto de pesquisa em andamento, cadastrado no SIGProj e aprovado pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propp); possuir título de mestre ou doutora; ter currículo cadastrado na Plataforma Lattes do CNPq, além do Open Research and Contributors Identification (ODCiD); e não ter qualquer pendência com a Propp.

O valor total do edital poderá chegar a até R$ 300 mil, sendo que o máximo, por projeto, é de R$ 10 mil, e cada pesquisadora poderá submeter apenas uma. Os recursos serão liberados à medida que as propostas são analisadas e aprovadas.

Valorização

No ano passado 43 pesquisadoras foram contempladas. Carla Santos de Oliveira, da área de Bioquímica, foi uma delas. Ela acredita que a iniciativa da Universidade é um importante reconhecimento do trabalho desenvolvido pelas cientistas. “É bastante relevante. Primeiro, porque valoriza o trabalho da mulher como pesquisadora. Então, esse é o primeiro aspecto: valorizar o papel da mulher na ciência. Segundo, porque, em tempos de tantas dificuldades, poucos editais estão sendo lançados pelo país afora. Ter um apoio financeiro da nossa própria instituição para o desenvolvimento dos nossos projetos é essencial, fundamental para continuidade das nossas pesquisas”.

A pesquisadora desenvolve estudos de localização e inativação fotodinâmica, utilizando foto-sensibilizadores simples e modificados. O intuito do trabalho é combater fungos que causam doenças.

“Essa iniciativa auxiliou bastante, contribui muito no meu trabalho, no meu projeto de pesquisa porque nós pudemos comprar vários reagentes químicos e solventes, os quais foram essenciais para determinados experimentos, e, assim, pudemos elucidar dúvidas, questões do nosso projeto e avançar nas nossas pesquisas”, diz a pesquisadora.

Todas as informações para submissão de propostas podem ser conferidas no edital.

Texto: Christiane Reis