Cuidados com a Saúde mental, física e nutricional foi tema de mesa-redonda que aconteceu dia 20, às 14h, no anfiteatro da Faculdade de Artes, Letras e Comunicação Sociais da Universidade Federal Mato Grosso do Sul. O evento integra a programação de atividades da campanha institucional “Eu respeito”, que em abril se volta para o tema Saúde.
Os profissionais debateram o surgimento e os principais problemas que podem causar sofrimento ou adoecimento da população e falaram sobre como é possível conciliar os cuidados nas três áreas.
A Nutróloga Camila Silva abordou a questão da alimentação, destacando os principais problemas gerados pela falta de cuidado nessa área. “A má alimentação associada a falta de exercícios físicos ocasiona obesidade em qualquer idade. O maior problema da obesidade são os efeitos colaterais como pressão alta, colesterol alto e diabetes descontrolada”, apontou Camila.
Já os psicólogos Marilene Kowalski e Tiago Ravanello, ambos integrantes da Comissão de Saúde do Conselho Regional de Psicologia (CRP14/MS), e a psiquiatra Danusa Ayache da Faculdade de Medicina (Famed), apresentaram os problemas que afetam a saúde mental como depressão, ansiedade, angústia, entre outros.
Tiago Ravanello, que também é professor do curso de Psicologia da UFMS, correlaciona a formação da Universidade, enquanto instituição, e o sofrimento psíquico dos estudantes. “A universidade da maneira que ela é pensada, na maneira que é projetada inicialmente no Brasil, ela vem a ser um agente de transformação social. No entanto, a universidade como sendo um ator social importante, ela não está desvinculada das formas de produção de discursos sociais. Portanto ela é permeada por tais discursos. Nesse sentido a universidade absorveu ao longo de sua história as narrativas neoliberais, modificando o discurso da ‘transformação social’ para ‘formação de gestores’. Isso acarretou na incorporação do sofrimento psíquico do mercado para dentro da universidade”, explicou.
É quase que exclusiva a prerrogativa das universidades em formar para o mercado de trabalho, ou seja, formar subjetividades que serão englobadas ao mercado. Esse objetivo não é implantado sem um preço a ser pago. “Se o ideal da universidade seria se ater as exigências do mercado, nós fazemos com que os sofrimentos do mercado também se tornem formativos. Assim, vemos na clínica problemas relacionados ao ambiente competitivo e hostil cultivado na universidade”, completou Tiago.
Para os especialistas o melhor caminho para que a Saúde seja respeitada é caminho do cuidado de si. Cuidado com a alimentação, cuidado com saúde mental, cuidado com o corpo. Esse cuidado deve traduzido em uma espécie de atenção sobre as escolhas que fazemos. Pensar nas refeições, pensar no tempo dedicado a atividade física, pensar no cultivo das emoções.
A campanha Eu Respeito está sendo realizada em todos os câmpus da Universidade. Cada unidade terá uma programação específica. A campanha também vai abordar um tema diferente a cada mês. Acompanhe as novidades pelo portal da UFMS.

