Na tarde desta quarta-feira, 12, foi realizada a 3ª edição do Circuito de Inovação e Tecnologia em Engenharia (Cinoteng), reunindo estudantes, professores, técnicos-administrativos, profissionais da área e representantes da gestão municipal, do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso do Sul e de diversas entidades. O evento teve ainda a participação da reitora Camila Ítavo, do vice-reitor Albert Schiaveto e do vice-governador do Estado, José Carlos Barbosa.
A reitora Camila Ítavo destacou que o evento é um espaço de troca de conhecimento e integração entre ensino, pesquisa, extensão e inovação. “Ele [o Cinoteng] coloca essa conexão, que é o conhecimento aliado ao networking, e promove esse movimento para os alunos. O evento é organizado pelos próprios estudantes, reunindo um conjunto de palestras e presenças que fortalecem essa integração que chamamos de Quintupla Hélice, envolvendo Universidade, governo, sociedade, políticas públicas e meio ambiente. Isso é muito bacana. Vemos as engenharias da UFMS se destacando, assim como nossos estudantes. É por isso que trabalhamos para que, cada vez mais, tenhamos cursos de engenharia com melhor qualidade, conectados ao mundo do trabalho e com grandes oportunidades”, ressaltou.
O vice-reitor Albert Schiaveto ressaltou que o Cinoteng aproxima estudantes do mercado e de empresas. “Aqui nós temos o poder público, a indústria, o comércio, além de temas relacionados à sustentabilidade e ao meio ambiente. Tudo isso está envolvido neste simpósio de inovação das engenharias”, afirmou. “É uma oportunidade única de aprendizado, de relacionamento, de formação de networking e de contato com diferentes setores. Os estudantes podem se aproximar não só do conhecimento acadêmico, mas também dos conselhos regionais, da indústria e do comércio, contribuindo para formar profissionais qualificados e preparados para o nosso mercado de trabalho”, completou.
Durante o evento, o vice-governador ministrou a palestra Rota Bioceânica – Avanços do Estado e Oportunidades. “A Rota vem consolidar todo esse processo de desenvolvimento de Mato Grosso do Sul, a integração de dois oceanos, o Atlântico e o Pacífico, e ela dá viabilidade à produção não apenas de Mato Grosso do Sul, mas de todo o Centro-Oeste brasileiro. É uma rota de integração econômica e turística, […] lembrando que 47% das exportações de Mato Grosso do Sul são destinadas a China, além disso, a costa oeste americana. Diminui em 17, 18 dias essa viagem. Obviamente, esse é um processo em construção e temos ainda imensos desafios, além da infraestrutura física, pavimentação asfáltica, aduaneiras e fitossanitárias, mas já podemos dizer que a Rota Bioceânica é uma realidade”, explicou.
“A engenharia é aquilo que une a lógica ao pensamento e dá forma ao que não existe. E quando a gente pensa em um estado que cresce como o Mato Grosso do Sul, nós estamos aí, nos últimos anos, sempre entre os três que mais crescem na federação, as necessidades de infraestrutura, de obras físicas, em todas as áreas da Engenharia, […] são muito intensas”, acrescentou Barbosa.
O professor da Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia e coordenador do Cinoteng, Marcos de Oliveira, reforçou o papel da programação para aproximar a área e a comunidade. “O circuito abre espaço para que o público externo conheça a Universidade e destaca a importância da engenharia como pilar da inovação social e da sustentabilidade, mostrando como pesquisas acadêmicas, iniciativas empresariais e políticas públicas podem se conectar para gerar novos estudos, soluções e oportunidades para Mato Grosso do Sul e para o Centro-Oeste brasileiro”, pontuou.
A estudante da Faeng e organizadora do evento, Laurykeze Ferreira, comentou sobre a oportunidade de participar do Cinoteng. “Eu vejo uma importância muito grande em nossa vida acadêmica e profissional, especialmente no local onde iremos atuar, porque o nosso Estado tem crescido bastante, como temos percebido. Este evento é uma oportunidade de aprendermos mais sobre o desenvolvimento do nosso Estado e conhecer diversas áreas de atuação, não apenas na Engenharia de Produção, que é a minha área de estudo, mas também nas demais engenharias e cursos. O tópico central deste evento, que é a Quíntupla Hélice, nos mostra exatamente a integração entre esses cinco polos: a indústria, o governo, a universidade, que nos apresenta oportunidades para atuar e, futuramente, crescer profissionalmente”, revelou.
Texto: Lúcia Santos e Thalia Zortéa
Fotos: Heloísa Garcia
