A reitora Camila Ítavo participou nesta quinta-feira, 28, de cerimônia realizada em Brasília para celebração dos 115 anos do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Na ocasião, o ministro Carlos Fávaro anunciou o novo Planejamento Estratégico para o período 2025-2031. O documento foi elaborado com apoio técnico da Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia (Faeng) e do Instituto de Física (Infi), por meio de articulação institucional realizada pela Agência de Internacionalização e de Inovação (Aginova) da UFMS.
O Inmet foi criado pelo Decreto Nº 7.672 em 18 de novembro de 1909, com o nome de Diretoria de Meteorologia e Astronomia, vinculado ao Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio com o objetivo de agregar valor à produção no Brasil por meio de informações meteorológicas. O órgão desempenha um papel essencial para o Brasil, especialmente diante dos desafios das mudanças climáticas.
Em destaque aos 115 anos do Instituto, o ministro Carlos Fávaro destacou a importância da modernização do órgão. “Sem dúvida, o primeiro passo para implementarmos políticas públicas eficazes no enfrentamento das mudanças climáticas é contar com uma previsão climática eficiente, moderna e ágil. Quando apresentei a proposta de modernização do Inmet, contamos com o apoio incondicional do presidente Lula. Agora, essa instituição recebe um upgrade, reforçando sua relevância para o Brasil e para todos os brasileiros,” afirmou o ministro.
Para o diretor do Inmet, Naur Teodoro, a modernização do instituto era uma necessidade. “Temos uma grande missão, atribuída pelo ministro Fávaro, de transformar o Inmet em, se não a melhor, uma das melhores instituições de meteorologia da América Latina”, disse.
Em junho deste ano, o Mapa publicou a Portaria Nº 692 para dar início ao processo de fortalecimento estratégico institucional do Inmet. O novo planejamento para 2025 a 2031 tem por objetivo três pontos principais, sendo eles: a ampliação da utilização de dados meteorológicos na agropecuária e no suporte à tomada de decisão no campo; reformulação da comunicação dos produtos e serviços prestados pelo Inmet; e fortalecimento da pesquisa aplicada e a inovação dos processos e serviços.
De acordo com o professor da Faeng e coordenador da iniciativa, João Batista Sarmento dos Santos Neto, a UFMS apoiou tecnicamente o órgão na criação do planejamento, mapeamento e gerenciamento de processos e desenvolvimento dos planos de manutenção. “A UFMS tem uma forte e robusta gestão de processos e riscos e isso é reconhecido por Brasília. […] Devido a eles [Ministério da Agricultura e Pecuária] terem essa demanda, a necessidade de desenvolver um planejamento estratégico, desenvolver o mapeamento dos processos, um plano de manutenção, eles nos convidaram para contribuir nessa iniciativa. Tudo isso foi possível por meio da articulação institucional e nacional que os nossos líderes sempre vêm desenvolvendo”, explicou.
Entre as atividades realizadas, o professor destaca reuniões de brainstorming, análise documental, visitas técnicas, coleta de dados e desenvolvimento da estrutura do planejamento estratégico. “É uma parceria em que a Universidade, com a sua expertise formada por nós, pesquisadores que compõem a equipe multidisciplinar do projeto, atuamos coletando dados, gerando documentos, auxiliando o Inmet na proposição dessas melhorias”, complementou o professor.
“Esse projeto é uma oportunidade única para que sejam desenvolvidos e incentivados estudos relacionados a tempo, clima, meteorologia, mudanças climáticas, mapeamento de processos, gestão da manutenção, que é o que está sendo desenvolvido por meio da equipe multidisciplinar, formada por sete pesquisadores, alunos de mestrado, doutorado. Alunos de graduação são envolvidos também”, apontou o docente. “É a disseminação do conhecimento. Nós temos o desenvolvimento de ações que beneficiam a sociedade por meio do Inmet e permitem o compartilhamento de conhecimento, a capacitação de todos os envolvidos na execução desse objeto”, acrescentou.
Texto: Thalia Zortéa, com informações da Assessoria de Comunicação do Ministério da Agricultura e Pecuária
Fotos: Carlos Silva do Ministério da Agricultura e Pecuária
