A pesquisa Proposta de uma lista de substituição de alimentos com valorização da cultura alimentar regional e sinalização visual do grau de processamento foi premiada com menção honrosa de segundo lugar no 2° Congresso de Nutrição de Mato Grosso do Sul, realizado no fim de outubro. Desenvolvido na Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Alimentos e Nutrição (Facfan), por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), o trabalho tem autoria do estudante de Nutrição Lucas Castilho, sob a orientação da professora Teresa Cristina Abranches. Houve ainda a colaboração de Thaís Ortiz Cristaldo, Bruna Paola Murino Rafacho, Fabiane La Flor Ziegler Sanches e Priscila Milene Angelo Sanches.
Conforme explica a professora Teresa, a ideia da pesquisa surgiu durante os atendimentos nutricionais feito pelos estudantes na Clínica Escola Integrada da UFMS de Campo Grande. “Durante os atendimentos, percebemos que a lista que usávamos continha inconsistências em relação ao Guia Alimentar para a População Brasileira, não contemplava o hábito daquelas pessoas e não valorizava a cultura e diversidade local”, relata.
A pesquisa analisou a lista de substituição de alimentos, utilizada frequentemente como ferramenta para dar autonomia às pessoas para aplicar o plano alimentar na prática, e os pesquisadores elencaram pontos que deveriam ser melhorados. Como resultado, propuseram uma nova lista, com a inclusão de mais alimentos in natura e menos processados e ultraprocessados. “Incluímos alimentos referidos pelas pessoas atendidas de modo a contemplar seu hábito alimentar e incluímos alimentos regionais, como sopa paraguaia, arroz carreteiro e frutos do Cerrado”, explica a coordenadora.
Segundo Teresa, por meio do trabalho, os estudantes puderam compreender melhor sobre as ferramentas utilizadas por nutricionistas, analisar seu uso e como elas ajudam as pessoas atendidas, além de terem iniciado na pesquisa e inovação. Um dos destaques elencados pela professora foi o interesse do estudante Lucas Castilho em cursar mestrado na UFMS e, assim, validar a lista proposta.
A professora conta que essa pesquisa faz parte do primeiro projeto de Pibic que coordenou e a menção honrosa significa uma valorização e incentivo por seu trabalho. “Temos servidores muito competentes na UFMS, pessoas que se envolvem e valorizam a nossa Universidade, que é uma Universidade que oferece excelência. Oportunidades como essa colocam luz sobre o nosso trabalho”, completa a professora.
Texto: Brunna Brondani, bolsista da Agência de Comunicação Social e Científica, sob supervisão de Heloísa Garcia
Fotos: arquivo dos pesquisadores
