Reitora Camila Ítavo participa de evento com a ministra Carmem Lúcia no Dia Internacional dos Direitos Humanos

No Dia Internacional dos Direitos Humanos, 10, a reitora Camila Ítavo participou do evento Direitos: Humanas – Voz (da mulher) pela Democracia, promovido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com a presença da ministra Carmen Lúcia. A programação realizada em Brasília teve como foco a contribuição das mulheres para a construção de um Brasil mais justo, fraterno e democrático, abordando temas como a luta pelos direitos humanos, a igualdade de gênero e a participação feminina na política e na sociedade.

Para ouvir vozes femininas pela democracia brasileira, o encontro promoveu um encontro com mulheres das mais diversas áreas da sociedade, como magistradas, empresárias, artistas, bordadeiras, pesquisadoras, professoras, economistas, jornalistas, advogadas, médicas, mães, escritoras, lideranças indígenas e acadêmicas, e de todo o Brasil para trocas de ideias, propostas e reflexões.

Na abertura do evento, a presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, afirmou que a data é um momento para pensar e celebrar a Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada pela Organização das Nações Unidas, em 1948. O documento completa 76 anos hoje.

A magistrada destacou que o dia é uma oportunidade para as mulheres, juntamente com os homens, pensarem o que é bom para todas as pessoas e o que pode ser feito para se chegar à igualação, uma ação permanente pela igualdade. “Que a declaração dos direitos não seja apenas um verbo, mas que seja uma ação permanente, para que a gente tenha um mundo com mais paz, um mundo mais justo e com liberdade para todas as pessoas serem o que quiserem ser. Eu tenho dito que a democracia é isso: o fazer todo dia com a vida. Todo dia a gente faz. Quando a gente faz junto, talvez possamos fazer mais, e, principalmente, mostramos que juntos, unidos, homens e mulheres, é muito melhor para todos”, declarou a ministra.

Ainda no período da manhã, as participantes se dividiram em três painéis que integraram a atividade Conversa de Mulher, intitulados de Força da Mulher, Fé na Mulher e Perfume de Mulher.

“Este é um dia em que nós não estamos aqui para falar, estamos aqui para ouvir aquelas que têm a força da mulher, a fé na mulher e o perfume de mulher. São conversas de mulher, ouvindo pessoas que têm essa força na sua vida, como exemplo para todas nós, a fé na vida e nas pessoas e, principalmente, o aroma de democracia para todos”, concluiu a ministra.

Exposições

O espaço Espaço Sepúlveda Pertence, em Brasília, ainda reuniu três exposições. Em A democracia em votos, o público teve a oportunidade de mergulhar na história do processo democrático brasileiro com destaque para o papel das mulheres, dos povos indígenas e da população negra na luta por direitos, com participação da professora e historiadora Heloísa Starling e da equipe do Projeto República, do Núcleo de Pesquisa, Documentação e Memória da Universidade Federal de Minas Gerais.

A segunda exposição A democracia bordada apresentou 60 obras, que misturam bordados, pinturas e aplicação de miçangas, desenvolvidas por Sávia Dumont e pelos coletivos Bordados Militantes, Coletivo Açafrão, Fio às 5 em pontos, Matizes Dumont, Linhas da Gamboa, Linhas da Resistência e Ñanduti. A obra Carta para a democracia reuniu 197 bordados com textos bordados sobre o tema, costurados para formar um painel de quatro metros de mensagens, enquanto a obra Qual é a sua Bandeira? representou cada estado do país, entendendo o bordado como um ato político para defesa do Estado Democrático de Direito.

A terceira exposição Palavra de Mulher: a vida que se conta foi composta pela obras literárias de diversas escritoras brasileiras. Entre os livros apresentados, estavam: Os direitos e as vidas – democracia, eleições e participação feminina: elas pensam o Brasil, organizado pela secretária-geral do Supremo Tribunal Federal, Aline Osorio, e pela promotora de justiça Letícia Giovanini Garcia; As histórias e a vida – Oração para Desaparecer, de Socorro Acioli; A vida não é justa, de Andréa Pachá; A história que dói – Abuso: a cultura de estupro no Brasil, de Ana Paula Araújo; Justiça para todas: o que toda mulher deve saber para garantir seus direitos, de Fayda Belo; Protocolo de julgamento com perspectiva e gênero, de Luciana da Veiga Cascaes; e Direito das Mulheres, de Ana Luiza Nery.

Texto: Thalia Zortéa, com informações da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior e do Tribunal Superior Eleitoral 

Fotos: Alejandro Zambrana/Secom/TSE e Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior