Dois projetos da UFMS foram selecionados para receber apoio do Programa Nacional de Apoio à Permanência, Diversidade e Visibilidade para Discentes na Área da Saúde (AfirmaSUS), do Ministério da Saúde. As iniciativas são: Cuidado integral à saúde indígena: uma perspectiva multidisciplinar e comunitária, da Cidade Universitária, e Pontes para a equidade: educação, diversidade e acesso em saúde, do Câmpus da UFMS de Três Lagoas (CPTL).
As ações já iniciaram com processos seletivos para estudantes de graduação de diversas áreas atuarem como bolsistas e voluntários; e para professores da Universidade e profissionais da saúde atuarem, respectivamente, como tutores ou cotutores, e orientadores de serviço ou preceptores. As inscrições vão até quarta-feira, 12, no Sistema de Informação e Gestão de Projetos.
Para a pró-reitora de Cidadania e Sustentabilidade, Vivina Sol, ter dois projetos selecionados no AfirmaSUS representa o reconhecimento nacional do compromisso da Universidade com a promoção da equidade no ensino e na formação em saúde. “Esses projetos reforçam a responsabilidade institucional de apoiar políticas de inclusão, valorização da diversidade e enfrentamento das desigualdades no Sistema Único de Saúde (SUS). Também evidencia o trabalho coletivo entre unidades acadêmicas, serviços de saúde e comunidades, fortalecendo nossa presença como uma Universidade pública comprometida com direitos, cidadania e formação crítica”, informa.
Conforme a pró-reitora, os projetos irão ampliar as experiências formativas e a integração entre ensino, serviço e comunidade. “Para estudantes, significa aprender em contextos reais, reconhecendo e atuando diante das desigualdades e barreiras que grupos sociais enfrentam no acesso ao cuidado. Para professores e profissionais dos serviços, representa a oportunidade de construir práticas mais inclusivas, colaborativas e alinhadas à missão social do SUS. Ao mesmo tempo, os projetos estimulam a produção de conhecimento, o desenvolvimento de competências culturais e o fortalecimento de redes de cuidado e formação permanente”, explica.
Contemplados
O objetivo do AfirmaSUS é promover a integração ensino-serviço-comunidade e apoiar a permanência de estudantes que ingressaram em universid
O objetivo do projeto Cuidado integral à saúde indígena: uma perspectiva multidisciplinar e comunitária é promover uma abordagem holística e integrada da saúde indígena, considerando aspectos culturais, sociais e ambientais. “O intuito é utilizar uma perspectiva multidisciplinar e comunitária para aprimorar os cuidados, fortalecer a autonomia das comunidades indígenas e contribuir para a redução das desigualdades em saúde. Ter um projeto aprovado no AfirmaSUS é um reconhecimento do potencial de inovação e do compromisso com a inclusão social e a promoção de ações de saúde alinhadas às necessidades da sociedade. Para a Cidade Universitária, representa uma oportunidade de consolidar sua atuação no ensino, pesquisa, extensão, cultura e inovação, ampliando o impacto positivo na comunidade e fortalecendo sua missão institucional de promover o bem-estar social”, explica a presidente da Comissão Local de Acompanhamento e Avaliação do AfirmaSUS e responsável pela interlocução da UFMS com o Ministério da Saúde e pela submissão da proposta da Cidade Universitária, Luciana Contrera.
Já o projeto Pontes para a equidade: educação, diversidade e acesso em saúde objetiva promover a diversidade, a equidade e o acesso integral ao SUS, por meio de práticas educativas que sejam interprofissionais, interseccionais e interculturais. “A aprovação do projeto é uma conquista coletiva e de enorme relevância para o nosso câmpus”, afirma a diretora do CPTL, Larissa Barcelos. “Sermos contemplados no AfirmaSUS representa um marco estratégico, pois traz ao CPTL um protagonismo acadêmico e social, além de demonstrar para população, de forma concreta, nossa contribuição para o fortalecimento do SUS, especialmente nas realidades do interior, onde as desigualdades em saúde ainda são marcantes. Estamos orgulhosos desta conquista e confiantes de que ela irá potencializar, junto com projetos já existentes, a integração entre Universidade, serviços de saúde e comunidade, promovendo uma formação comprometida com a justiça social e com os princípios do Sistema Único de Saúde”, ressalta.
Texto: Ariane Comineti
