Pesquisadores das UFMS conquistam 27 Bolsas de Produtividade do CNPq

Com o maior número de propostas aprovadas em relação aos anos anteriores, 27 pesquisadores da UFMS foram contemplados na chamada do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para receberem Bolsas de Produtividade em Pesquisa (PQ) e Desenvolvimento Tecnológico (DT). Destes, seis professores da Universidade irão receber a bolsa pela primeira vez.

Para o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação (Propp), Fabrício Frazilio, este resultado representa um reconhecimento expressivo da qualidade da produção científica e tecnológica da UFMS no cenário nacional. “A Bolsa de Produtividade é uma das mais importantes formas de reconhecimento concedidas pelo CNPq a pesquisadores que se destacam nacionalmente. O número de pesquisadores contemplados demonstra a consolidação da Universidade como instituição de destaque na pesquisa brasileira, além de refletir o crescimento, a qualificação e o impacto das atividades desenvolvidas por seus pesquisadores e grupos de pesquisa. Para a Instituição, o aumento no número de bolsistas contribui para consolidar sua imagem como centro de excelência e inovação, atraindo novos talentos, recursos e colaborações estratégicas”, declara.

O pró-reitor também ressalta que a Chamada 18/2024 contemplou pesquisadores em diferentes níveis e áreas do conhecimento, o que evidencia a diversidade e a amplitude das linhas de pesquisa desenvolvidas na UFMS. “A conquista de seis novas bolsas por pesquisadores que nunca haviam recebido o benefício também reforça a efetividade das políticas institucionais de apoio à pesquisa e de incentivo à produção científica qualificada. Além disso, o resultado contribui diretamente para a missão da UFMS de promover ciência comprometida com o desenvolvimento regional e nacional”, aponta.

Segundo o CNPq, foram aprovados, ao todo, 6.057 bolsistas: 5.623 em Produtividade em Pesquisa (PQ, correspondente a 40% da demanda); 85 em Produtividade em Pesquisa Senior (PQ-Sr, 55% da demanda); e 349 em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora (cerca de 30% da demanda). Mais de 1,5 mil bolsistas irão receber uma bolsa de produtividade pela primeira vez, sendo aproximadamente 40% de mulheres – dado que iguala ao percentual da demanda por gênero e supera o percentual global aprovado na chamada, que é de 35%, uma constante em relação às chamadas anteriores.

As bolsas de produtividade alcançam todas as regiões do país, com 52,5% destinadas ao Sudeste, 19,4% ao Sul, 17,1% ao Nordeste, 6,9% ao Centro-Oeste e 4,1% ao Norte. Entre os novos bolsistas, 45% são do Sudeste, 19% do Sul, 21% do Nordeste, 7% do Centro-Oeste e 6,5% do Norte – perfazendo 33% para N, NE e CO, acima da meta de 30% para essas regiões.

Os pesquisadores contemplados com a bolsa pela primeira vez são os professores da Faculdade de Artes, Letras e Comunicação (Faalc) William Teixeira; da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Alimentos e Nutrição (Facfan) Rita de Cássia Guimarães; da Faculdade de Ciências Humanas (Fach) Guilherme Passamani e Marta da Costa; do Instituto Integrado de Saúde (Inisa) Elen Teston; e do Instituto de Química (Inqui), o diretor Carlos Nazário.

Reconhecimento 

O diretor do Inqui, Carlos Nazário, realiza pesquisas na área de energias renováveis com foco em biocombustíveis. Para ele, o pesquisador bolsista produtividade se torna mais competitivo em editais de fomento, colaborações internacionais e convites para comitês científicos. “A Bolsa de Produtividade do CNPq é uma das mais prestigiadas no cenário acadêmico brasileiro. Ela representa muito mais do que um apoio financeiro, pois é um reconhecimento da pesquisa científica consistente, relevante e de impacto. […] O apoio financeiro ajudará a manter a linha de pesquisa sem depender exclusivamente de outras fontes de financiamento. Dessa forma, poderei me dedicar na formação de recursos humanos, em iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado, e contribuir com as métricas do Programa de Pós-Graduação em Química da Universidade na avaliação quadrienal da Capes”, informa.

Também contemplado, o professor da Faalc William Teixeira é pesquisador desde 2008, quando ingressou no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica ainda na graduação em Música. Sua preocupação sempre foi que a pesquisa acadêmica estivesse relacionada à prática do seu instrumento, o violoncelo, produzindo resultados para sua execução e para a interpretação musical. “Além do reconhecimento de uma trajetória de dedicação à pesquisa, a Bolsa de Produtividade do CNPq é também um voto de confiança que a comunidade acadêmica dá aos projetos que venho desenvolvendo, vislumbrando neles uma contribuição para a construção de um sistema nacional de pesquisa e inovação. Pessoalmente, também é uma realização ser incluído nesse rol de pesquisadores e pesquisadoras que trabalham incansavelmente pela produção de conhecimento e na formação de novos pesquisadores. […] Também proporciona um importante investimento para ampliar as ações que tenho coordenado, podendo oferecer mais oportunidades de desenvolvimento para a comunidade acadêmica da UFMS”, afirma.

Somente após concluir o segundo curso de doutorado, sendo o primeiro em Ciências Sociais, na Universidade Estadual de Campinas, e o segundo em Antropologia, no Instituto Universitário de Lisboa em associação com a Universidade Nova de Lisboa, o professor da Fach Guilherme Passamani acreditou ter reunido as condições para a candidatura. “[A Bolsa de Produtividade do CNPq] é o reconhecimento da nossa trajetória pelos nossos pares, que percebem que nossa carreira tem um foco, uma constância. Isso é fundamental dentro da área e também em Mato Grosso do Sul, que está em uma das regiões com menos bolsistas produtividade. É importante ainda para a nossa Universidade, para o Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social e dentro do âmbito das Ciências Humanas”, aponta. O docente explica ainda que o recurso irá auxiliar na circulação do conhecimento nos eventos, por meio de apresentações de trabalhos e da publicação em diversos veículos.

Para a professora da Facfan Rita de Cássia Guimarães, que atua como pesquisadora há mais de dez anos, a concessão da Bolsa de Produtividade representa uma responsabilidade significativa para o pesquisador, ao mesmo tempo em que viabiliza o desenvolvimento de pesquisas mais robustas e promissoras. “Trata-se de um edital com alta competitividade, cujos critérios de elegibilidade apresentam elevado grau de refinamento, visando à seleção dos pesquisadores de maior destaque no país. O bolsista de produtividade contribui diretamente para o fortalecimento dos indicadores de desempenho de um programa de pós-graduação, da UFMS e na ciência, ampliando sua competitividade em editais de fomento à pesquisa e oportunizando avanços científicos e tecnológicos em colaboração com os pares, agregando em produções com importante impacto”, enfatiza.

“A Bolsa de Produtividade em Pesquisa é, acima de tudo, o reconhecimento de muito trabalho, um trabalho constante, muitas vezes invisível, pois não se esgota nas publicações. Passa pelas centenas e milhares de horas de leitura, de grupos de estudo, orientação e preparação de aulas, comissões e coordenação de vários projetos. É uma forma de validação do trabalho de pesquisa individual que também contribui para o destaque da UFMS e para o reconhecimento do potencial da região Centro-Oeste na área de Filosofia”, ressalta a professora da Fach Marta da Costa, que há 20 anos realiza pesquisas na área de Ética e Filosofia Política, História das Ideias e Ensino de Filosofia.

Já para a professora do Inisa Elen Teston, a bolsa é uma conquista muito importante para sua carreira e atuação na Universidade. “É uma forma de valorização na carreira acadêmica e reconhecimento da liderança em pesquisa. O apoio financeiro potencializa a realização de pesquisas mais robustas e contribui para o fortalecimento do grupo de pesquisa e programa de pós-graduação. Para a Universidade, o pesquisador costuma ter papel central na formação de novos pesquisadores e maior inserção nacional e internacional. Ademais, aumenta a visibilidade para convites a comitês, conselhos editoriais e eventos científicos, o que favorece as parcerias interinstitucionais”, afirma a pesquisadora que desenvolve estudos na área da enfermagem em saúde coletiva, com foco no cuidado às pessoas com condições crônicas.

Confira a lista completa de professores contemplados com Bolsas de Produtividade em Pesquisa e de Desenvolvimento Tecnológico:

  1. Alexandre Menezes Dias (Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia)
  2. Ana Rita Coimbra Motta de Castro (Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Alimentos e Nutrição)
  3. Andréa Cardoso de Araujo (Instituto de Biociências)
  4. Aparecida Negri Isquerdo (Faculdade de Artes, Letras e Comunicação)
  5. Carlos Alexandre Carollo (Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Alimentos e Nutrição)
  6. Carlos Eduardo Domingues Nazario (Instituto de Química)
  7. Cauê Alves Martins (Instituto de Física)
  8. Elen Ferraz Teston (Instituto Integrado de Saúde)
  9. Fabiany de Cássia Tavares Silva (Faculdade de Educação)
  10. Fabio Henrique Rojo Baio (Câmpus da UFMS de Chapadão do Sul)
  11. Fernando de Almeida Borges (Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia)
  12. Franco Leandro de Souza (Instituto de Biociências)
  13. Gecele Matos Paggi (Instituto de Biociências)
  14. Glaucia Braz Alcantara (Instituto de Química)
  15. Guilherme Rodrigues Passamani (Faculdade de Ciências Humanas)
  16. Gumercindo Loriano Franco (Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia)
  17. James Venturini (Faculdade de Medicina)
  18. Jayme Aparecido Povh (Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia)
  19. Luiz Eduardo Roland Tavares (Instituto de Biociências)
  20. Márcia Maria dos Santos Bortolocci Espejo (Escola de Administração e Negócios)
  21. Maria Lígia Rodrigues Macedo (Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Alimentos e Nutrição)
  22. Marilena Bittar (Instituto de Matemática)
  23. Marta Rios Alves Nunes da Costa (Faculdade de Ciências Humanas)
  24. Rita de Cássia Avellaneda Guimarães (Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Alimentos e Nutrição)
  25. Rosana Cristina Zanelatto Santos (Faculdade de Artes, Letras e Comunicação)
  26. Tiago Duque (Faculdade de Ciências Humanas)
  27. William Teixeira da Silva (Faculdade de Artes, Letras e Comunicação)

Texto: Ariane Comineti, com informações do CNPq