Vencedores do FUC UFMS 2025 são anunciados no Teatro Glauce Rocha

Com a valorização da música sul-mato-grossense e revelação de novos talentos, foi realizada a premiação do Festival Universitário da Canção (FUC) UFMS 2025, na noite desse domingo, 9, no Teatro Glauce Rocha, na Cidade Universitária. O evento foi transmitido ao vivo pelo canal da TV UFMS.

A reitora Camila Ítavo prestigiou a premiação e reforçou que UFMS estará sempre fortalecendo a cultura sul-mato-grossense. “Eu não queria estar na pele dos jurados e juradas, porque amei todas as apresentações. Cada uma com uma proposta, uma maneira de apresentar, mas todas de excelentíssima qualidade. Quero parabenizar todos os nossos artistas e dizer que a UFMS continuará sempre forte, sempre em frente no cenário cultural e musical do nosso Estado, apoiando todo esse movimento”.

Para o vice-reitor Albert Schiaveto, é um dos momentos em que a UFMS cumpre seu papel social. “Fortalecer a arte e a cultura é o nosso forte como Universidade. Temos o curso de Música, temos outros cursos relacionados à arte, à cultura. Temos a nossa Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Esporte (Proece), onde a gente tem buscado trazer várias atrações de arte, de cultura para a nossa comunidade interna e externa. E o FUC é mais um exemplo onde a gente traz muitos artistas participam e estamos muito felizes com o resultado final”.

“Temos que fazer esse resgate, valorizar os novos artistas, os novos compositores. O mais legal dessa edição é que a final foi ao vivo, no maior teatro do nosso Estado, que é o Glauce Rocha. Para nós, é de grande orgulho e queremos valorizar cada vez mais ações como essa”, destacou a pró-reitora de Extensão, Cultura e Esporte, Lia Brambilla.

A diretora de Cultura, Arte e Popularização da Ciência da Proece, Rozana Valentim, ressalta que o Festival tem o papel de apresentar novos artistas para a sociedade. “Sabemos que hoje, com esse resultado, temos novos cantores, novos compositores, novos talentos, precisamos muito disso. […] Fizemos um show com qualidade técnica, profissional. Todos os técnicos que estavam aqui entregaram o melhor possível. Os grupos, as bandas, das apresentações individuais também se dedicaram muito nesse processo todo do FUC”.

A partir das apresentações ao vivo das músicas finalistas, uma comissão julgadora avaliou as categorias Melhor Intérprete, Melhor Compositor e Melhor Letra de Canção Popular. Uma das juradas, a cantora Erica Espíndola destacou o que foi observado na avaliação. “Algumas coisas são levadas em consideração como originalidade, presença de palco, impacto da letra, afinação e, paralelamente a isso, cada jurado tem os próprios critérios. Para mim, por exemplo, observo a questão da verdade, a autenticidade, a interpretação do artista é algo que pesa muito”, explicou.

A escolhida pela votação popular na categoria Canção Popular Regional foi Ipê Amarelo, com composição de Ana Maria Schneider dos Santos, também premiada como a Melhor Intérprete. “É um sentimento de êxtase, porque entregamos o que a gente pôde de melhor. Eu me esforço muito com tudo que eu vou fazer no meu projeto musical, com a minha composição. Ipê Amarelo, eu fiz com muita visceralidade, com um propósito. […] Estou muito feliz com o reconhecimento, tanto da galera que votou na Canção Popular, quanto como Melhor Intérprete. Um Festival como esse anima muitas pessoas da composição sul-mato-grossense”, contou.

“Foi um processo onde a gente revisitou o começo da história da banda, revisitou as composições que fizeram lá atrás, de 10 anos atrás e o processo foi muito em conjunto. Sempre trabalhamos juntos com a composição, fazendo as partes para ter no final essa coisa que remeta a nós cinco, nós como banda e é um trabalho estamos bem orgulhosos”, disse uma das compositoras da música Cérebro, Paula Fregatto.

Foram distribuídos R$30 mil em prêmios aos vencedores da votação popular e os melhores avaliados ao vivo pela comissão julgadora.

30 anos de carreira 

A noite ainda reservou o momento de celebração dos 30 anos de carreira do O Bando do Velho Jack, com sucessos que marcaram a trajetória dos artistas, como Trem do Pantanal, Comitiva Esperança, Palavras Erradas e Sangue Latino. A formação atual é composta por Rodrigo Tozzette no vocal e guitarra, Marcos Yallouz no baixo e voz, Fábio Terra na guitarra e voz e Alex Cavalheri nos teclados e voz.

“Em 2010, gravamos um DVD aqui no Glauce Rocha e, ao longo desses 30 anos, nós tocamos várias vezes aqui, em outras edições do FUC e sempre tocar aqui é muito legal. Toda vez que voltamos aqui no Glauce Rocha tem um astral legal, tem uma vibe boa, singular. Vir pra cá de novo, agora nos 30 anos, fazer um encerramento em um Festival tão legal, pra nós é fantástico, é só gratidão por isso”, disse o vocalista Rodrigo Tozzette. 

 

Vencedores da votação popular: 

Canção Popular Urbana: Insana Corte
Composição: Wandeyr Jullian dos Santos e Anderson de Farias
Intérprete(s): A Insana Corte

Canção Popular Regional: Ipê Amarelo
Composição: Ana Maria Schneider dos Santos
Intérprete(s): Namaria

Canção de Câmara: Amor Cifrado
Composição: Vitor Alves de Mello Lopes
Poesia: Percival Lelo Gomes
Intérprete(s): Erick Vinicius Paulino Moraes (voz) e Ana Paula Soares Ferreira Teixeira (piano)

Vencedores pela comissão julgadora:

Melhor Intérprete: Ana Maria Schneider dos Santos com a música Ipê Amarelo
Melhor Compositor: Felipe Saldanha dos Santos (Sal dos Santos) com a música Cérebro
Melhor Letra de Canção Popular: Insana Corte

 

Texto: Bianka Macário
Fotos: Heloísa Garcia