Cerca de 70% das Bolsas de Produtividade em Pesquisa e em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora estaduais distribuídas em 2025 são destinadas para pesquisadores da UFMS. Dos 23 selecionados, 16 são professores da Universidade em diversas áreas de conhecimento. O incentivo é realizado pela Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Além do apoio financeiro, as Bolsas de Produtividade reconhecem os pesquisadores de instituições sul-mato-grossenses pela realização de trabalhos de alta qualidade. Ao receberem esse incentivo, os professores são encorajados a se dedicarem mais à pesquisa, o que contribui para a produção de conhecimento de ponta, sobretudo, em áreas prioritárias, o que é fundamental para estimular o desenvolvimento e a competitividade de Mato Grosso do Sul. A ação conta com um investimento total de R$ 1,8 milhões, com duração de até 24 meses para bolsas de Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora e 36 meses para bolsas em Pesquisa.
O diretor de Pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Marco Mattos, enfatiza que o desempenho alcançado é reflexo do investimento contínuo da Universidade em pesquisa, inovação e formação de recursos humanos, da consolidação de seus programas de pós-graduação e da competência de seus pesquisadores em propor soluções criativas e inovadoras para os desafios da sociedade. “A presença de contemplados em diferentes unidades acadêmicas e áreas do conhecimento evidencia a amplitude e a vitalidade da pesquisa científica e inovadora realizada na UFMS. Essa diversidade permite a formação de redes colaborativas, fortalece a interdisciplinaridade e amplia a capacidade da instituição de responder a demandas locais, regionais e nacionais de forma integrada”, destaca.
Mattos também explica que a variedade de áreas contempladas contribui para a internacionalização da pesquisa, a formação de recursos humanos altamente qualificados em múltiplos campos e a consolidação da UFMS como uma Universidade de excelência, com atuação abrangente no desenvolvimento científico, tecnológico e social. “Esse avanço está diretamente relacionado a um marco importante ocorrido em 2024, quando a Fundect, em parceria com o CNPq, passou a conceder bolsas estaduais de produtividade. A criação desse mecanismo abriu novas possibilidades de reconhecimento para pesquisadores da UFMS que já haviam sido recomendados em chamadas nacionais, mas não contemplados por restrições orçamentárias. Assim, o expressivo resultado de 2025 traduz não apenas a excelência de nossos pesquisadores, mas também a efetividade dessa política pública em ampliar oportunidades e valorizar o trabalho científico no Estado”, afirma o diretor.
Os pesquisadores contemplados com a bolsa estão vinculados às faculdades de Computação, de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia, de Ciências Farmacêuticas, Alimentos e Nutrição, de Ciências Humanas e de Direito; dos institutos de Física, de Matemática, de Química e de Biociências; e dos Câmpus da UFMS de Chapadão do Sul e de Três Lagoas.
Para o professor da Fach Weiny Pinto, a aprovação é um motivo de honra e orgulho por ver seu trabalho sendo reconhecido e destaca a responsabilidade de devolver seus resultados de pesquisa para a sociedade. “O fato de ser contemplado com uma Bolsa de Produtividade em Pesquisa também representa a qualidade do trabalho do pesquisador, que é reconhecido por seus pares, pela comunidade científica da sua área. Então, isso é um efeito de estímulo, de responsabilidade muito grande, evidente, mas também de estímulo, de ânimo para realizar a pesquisa. A gente sabe que bolsistas produtividade são uma espécie de posição privilegiada daqueles que realizam pesquisa no Brasil, quer dizer, e tratam de pesquisas de alto impacto, de alta relevância, de alta qualidade científica. Tudo isso se transforma também em um efeito de reconhecimento por parte da comunidade científica da área, que fortalece e anima o pesquisador”, comenta.
O docente também celebra a valorização das Humanidades em Mato Grosso do Sul. “Quando a Fundect utiliza como critério para selecionar os bolsistas estaduais, todas as áreas de conhecimento, é importante reconhecer isso. Eu, por exemplo, venho da área de Ciências Humanas, especialmente da área de Filosofia, duas área e sub-área que são, em geral, subvalorizadas institucionalmente, do ponto de vista de políticas públicas de financiamento. Acho que a Fundect mostra uma concepção aprofundada de ciência e de fomento de ciência quando considera como critério de seleção todas as áreas”, acrescenta.
O resultado final está disponível aqui. Confira a lista de pesquisadores da UFMS contemplados abaixo:
- Arthur Santos Silva (Faculdade de Engenharia, Arquitetura e Urbanismo e Geografia)
- Débora Maria Barroso Paiva (Faculdade de Computação)
- Diogo Duarte dos Reis (Instituto de Física)
- Edis Belini Junior (Câmpus da UFMS de Três Lagoas)
- Eduardo Benedetti Parisotto (Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Alimentos e Nutrição)
- Elen Viviani Pereira Spreafico (Instituto de Matemática)
- Elisaide Trevisam (Faculdade de Direito)
- Elisvânia Freitas dos Santos (Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Alimentos e Nutrição)
- Éverton do Nascimento Alencar (Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Alimentos e Nutrição)
- Fernando Paiva (Instituto de Biociências)
- Johannes Gérson Janzen (Faculdade de Engenharia, Arquitetura e Urbanismo e Geografia)
- Leandro Moreira de Campos Pinto (Instituto de Química)
- Nádia Cristina Guimarães Errobidart (Instituto de Física)
- Rita de Cássia Félix Alvarez (Câmpus da UFMS de Chapadão do Sul)
- Rosani do Carmo de Oliveira Arruda (Instituto de Biociências)
- Weiny César Freitas Pinto (Faculdade de Ciências Humanas)
Texto: Thalia Zortéa
