Projeto promove avaliação corporal gratuita para servidores e familiares

Estão abertas as inscrições para professores e técnicos-administrativos da Cidade Universitária participarem do projeto de extensão Avaliação da composição corporal, aptidão e atividade física da comunidade da UFMS (BIA Brasil). São oferecidas, de forma gratuita, aos servidores e seus familiares a partir de seis anos de idade, avaliações completas que possuem alto custo se realizadas em outros locais, e informações sobre seus indicadores de saúde, que poderão ser utilizados posteriormente em consultas com outros profissionais da área.

Entre os objetivos do projeto estão mapear o perfil de composição corporal e saúde metabólica dos servidores, permitindo conhecer a realidade específica da Instituição; subsidiar ações de educação em saúde e programas de intervenção direcionados à melhoria do bem-estar físico e mental desta população; e fortalecer a responsabilidade social e institucional da UFMS no cuidado com seus colaboradores, promovendo um ambiente laboral mais saudável e sustentável. 

Entre as avaliações ofertadas estão as de desempenho físico, por meio de teste ergométrico com eletrocardiograma e testes de flexibilidade e potência muscular; avaliação do nível de atividade física; Composição Corporal por Bioimpedância Elétrica (BIA), que é um método rápido, não invasivo e indolor para avaliação do percentual de gordura, massa muscular e estado de hidratação; medidas da glicemia, triglicerídeos no sangue e pressão arterial; e estado cognitivo e condições de trabalho.

As avaliações são realizadas na Cidade Universitária às terças, quintas e sábados, no período matutino. As ações são promovidas pelo curso de Educação Física da Faculdade de Educação (Faed) no Laboratório de Medidas Clínicas, da Composição Corporal e Atividade Física, localizado nas salas 4 e 5 no subsolo no bloco 8. Os interessados devem agendar um horário nesta página. As avaliações iniciaram em setembro deste ano e vão até 18 de dezembro, com encerramento do projeto em 2026.

Conforme a professora da Faed e coordenadora do projeto, Christianne Ravagnani, fornecer informações sobre o estado de saúde traz inúmeros os benefícios aos participantes. “De posse destes parâmetros, os servidores e servidoras, bem como os seus familiares podem buscar orientação com profissionais especializados como médicos, fisioterapeutas, profissionais de educação física e nutricionistas. Muitas pessoas são hipertensas, têm diabetes tipo 2, apresentam riscos metabólicos e cardiovasculares, mas não sabem disso e por isso não procuram auxílio profissional. Assim, esse projeto oferece avaliações importantes e necessárias à prevenção e ao tratamento de diversas condições clínicas que eles possam apresentar. Por meio desses resultados, a UFMS também poderá criar ou ampliar projetos que visam melhorar a saúde e o bem-estar dos nossos servidores”, comenta. 

Além da coordenadora, participam da iniciativa o professor do Instituto Integrado de Saúde Gustavo Christofoletti; os estudantes do Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Beatriz Oshiro e Alini Nunes; e os estudantes do curso de Educação Física da Faed Geovanne Mariano e Amanda Wolf. 

Para Beatriz, participar do projeto BIA Brasil tem um impacto extremamente significativo em sua formação enquanto pesquisadora, pois a vivência tem ampliado não só o conhecimento técnico, mas também proporcionado amadurecimento profissional e científico. “A atuação prática tem me permitido aprofundar o domínio sobre a técnica de bioimpedância elétrica. Essa experiência tem sido fundamental para o entendimento da interpretação clínica e funcional dos dados obtidos, também tem favorecido a formação metodológica em pesquisa científica, como elaboração e aplicação de protocolos padronizados; planejamento e execução de coletas de dados; acompanhamento de submissões a comitês de ética em pesquisa; organização e análise estatística dos dados; integração com a comunidade acadêmica e prática interdisciplinar”, explica.

A estudante complementa que a pesquisa gera benefícios que podem subsidiar programas específicos de intervenção. “A acessibilidade de conhecer sua composição corporal, interação com os funcionários da Universidade e seus familiares, público-alvo das avaliações, tem reforçado a importância do cuidado humanizado, da escuta ativa e da educação em saúde, fortalecendo uma formação ética e social”, afirma.

Texto: Ariane Comineti

Foto: Arquivo do projeto de extensão