Em alusão ao Dia Internacional da Pessoa Idosa, comemorado em 1º de outubro, a UFMS promove atividades dedicadas a este público ao longo da semana. Como parte da programação da campanha Eu Respeito de Outubro, o programa Sou Idoso UFMS realiza ações esportivas e oficina de musicoterapia na Cidade Universitária.
A coordenadora do programa Sou Idoso UFMS, Suzi Miziara Barbosa, ressalta que a diversidade de gerações no ambiente universitário promove benefícios para todos os envolvidos. “O acolhimento da pessoa idosa na UFMS traz um novo olhar da comunidade universitária para esse público, contribuindo para a redução dos estereótipos etários, de forma a garantir o direito de igualdade de oportunidades e de aprendizagem ao longo da vida. Além disso, a comunidade também se beneficia desse acolhimento tanto na formação profissional quanto nas questões que envolvem o relacionamento interpessoal”, reforça.
Para incentivar a prática de exercícios físicos, a programação inclui uma oficina de elásticos, que foi realizada nesta terça-feira, 3, com participantes da Universidade Aberta à Pessoa Idosa (UnAPI). Já na quinta-feira, 5, está prevista a atividade de esporte coletivo adaptado, a partir das 7h30, na Quadra Poliesportiva da Cidade Universitária.
Para fechar a semana dedicada às pessoas idosas, será ofertada a oficina de memória na sexta-feira, 6. A atividade também é dedicada aos participantes da UnAPI, por meio do projeto de extensão MemorIDADE, com musicoterapia e vivência musical. A ação será a partir das 13h30, na Faculdade de Medicina.
Segundo a coordenadora do projeto e professora da Faculdade de Medicina, Rosimeire Seixas, a atividade deve utilizar a música por se tratar de um importante estímulo para a memória. “A música é uma das últimas memórias que a gente perde na vida, por isso a importância dessa ferramenta enquanto recurso terapêutico de cuidado para a estimulação cognitiva e psicossocial”, explica.
A integração das pessoas idosas na Universidade
A UFMS valoriza as pessoas idosas a partir da UnAPI, o programa institucional que desenvolve ações integradas de ensino, pesquisa, extensão, empreendedorismo e inovação. Em 2023, a Universidade Aberta à Pessoa Idosa disponibilizou mais de 2 mil vagas em 64 ações de extensão e 28 disciplinas da graduação, com mais de 700 pessoas idosas inscritas em pelo menos uma atividade. As ações são desenvolvidas na Cidade Universitária e nos câmpus de Três Lagoas, Coxim e Aquidauana. Entre as atividades, estão Informática Básica, horta comunitária, atividades físicas, teatro, dança de salão, idiomas e o Coral da UnAPI. Além das ações ofertadas diretamente para as pessoas idosas, cursos e eventos também são regularmente oferecidos pela UnAPI para profissionais da área.
A coordenadora da UnAPI, Camila Polisel, reforça que a presença da pessoa idosa na Universidade gera um ambiente rico em trocas de experiências e vivências. “Nosso programa promove espaços de relações intergeracionais, onde idosos podem trocar experiências de vida tanto com os professores, como com os estudantes dos mais diversos cursos de graduação da UFMS. Isso possibilita a integração de todos os envolvidos: estudantes, professores, técnicos-administrativos e, claro, os próprios idosos. E a gente não fala só de uma integração física, mas fala de um bem-estar relacionado à saúde mental”, ressalta a professora.
Maria de Jesus, de 68 anos, participa há mais de um ano das atividades de teatro e informática oferecidas pela UnAPI na Cidade Universitária. A aposentada relata sobre o aprendizado constante e estabelecimento de novos vínculos. “Quando você tem uma certa idade, você tem que procurar alguma atividade para se manter ativo e não ficar só em casa. Começar a vir aqui trouxe muita coisa boa para mim, gosto de participar das aulas, gosto dos professores. Eu posso conversar, ver gente, estudar e aprender sempre alguma coisa nova”, explica.
Zenaide Arguelho, de 78 anos, participa das oficinas de culinária, horta e informática na UnAPI do Câmpus de Aquidauana. Para a idosa, é fundamental continuar o processo de aprendizado independentemente da idade. “Eu falo que tenho uma cabeça jovem e muita coisa para aprender. Gosto muito de todas as aulas e acho que vou continuar aprendendo muito enquanto estiver viva. Apesar da idade, acho muito importante também o convívio com as pessoas. Agarro com unhas e dentes essas oportunidades”, finaliza.
Texto: Alíria Aristides
Fotos: Rúbia Pedra
