Na noite de hoje, 26, foi realizado o lançamento oficial da plataforma do Acervo Armênio Arakelian, reunindo em um único espaço digital documentos, imagens e registros históricos que preservam a memória do arquiteto. O evento contou com a presença de estudantes e servidores da Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia (Faeng), gestores e familiares do homenageado.
O arquiteto e urbanista campo-grandense foi responsável pelas principais construções da UFMS de Campo Grande, como o Teatro Glauce Rocha, o Restaurante Universitário e o Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS/Ebserh). Formado pela Universidade de São Paulo, destacou-se na arquitetura moderna, com obras marcadas pelo uso do concreto. Em 2002, ganhou o Prêmio Arquiteto do Ano do Sindicato dos Arquitetos de Mato Grosso do Sul e foi reconhecido como um dos grandes arquitetos do país.
A reitora Camila Ítavo ressaltou a necessidade de preservar a memória da Universidade e reconhecer o legado de quem contribuiu para construir a UFMS que conhecemos hoje. “É uma honra estar aqui participando hoje desse momento histórico. A gente precisa resgatar a história, dar autoria a quem é de direito e agradecer por podermos ter esse privilégio de estar na UFMS, de fazer parte da Universidade e de sermos brindados, porque a gente só está aqui graças a essas pessoas que trabalharam para construir toda essa gigante que é a nossa Universidade. […] A gente quer transformar a Universidade em um local de memória, de história, de ciência, de cultura, de arte, de esporte e lazer”, discursou.
O vice-reitor Albert Schiaveto destacou que preservar a memória de Armênio é essencial para fortalecer uma nação, pois a nova plataforma vai
proporcionar aos estudantes e à comunidade a chance de conhecer de perto a história do arquiteto. “Estou muito feliz de estar aqui para o lançamento dessa página, porque a gente trabalha com o resgate da memória, é o que faz uma nação forte, quando a gente reconhece o que foi feito antes de nós. O reconhecimento é muito grande, parabéns. Que essa plataforma possa ajudar muitas outras pessoas a resgatar essa memória tão importante desse arquiteto do nosso Estado”, desejou.
A professora da Faeng e coordenadora da iniciativa, Eliane Guaraldo, enfatizou o legado que o arquiteto deixou. “Nós temos essa herança, esse patrimônio e memória e queremos transformar em cultura disseminada para a comunidade universitária. O acervo é variadíssimo, riquíssimo. Temos plantas de arquitetura, plantas, cortes, fachada em papel, esculturas e maquetes. […] Todo esse material nós digitalizamos e disponibilizamos na plataforma para informar e fazer as pessoas valorizarem esse lindo câmpus que nós temos”, explicou.
A professora ainda destacou que o acervo vai inspirar a nova geração de arquitetos. “O Armênio vai inspirar outras profissões também, que enxergam nos edifícios espaços que vão receber atividades acadêmicas. Isso não pode ser mais importante para a Universidade. Muitas pessoas não conheciam, mas hoje vão ficar conhecendo e vão ter acesso à plataforma, o legado do seu Armênio. Isso é essencial para compreender a história dele, para quem não conhece e hoje estará conhecendo, e também a identidade da nossa UFMS hoje”, esclareceu.
O sobrinho Claudio Chinzarian descreveu o tio que sempre amou projetar. “Desde pequeno, ele era muito criativo e amava a arquitetura. Se ele estivesse presente aqui hoje, com certeza iria ficar muito feliz em ver todo seu trabalho sendo reconhecido. Mesmo ele não estando mais neste plano, com certeza está vendo seu trabalho sendo reconhecido. Só tenho a agradecer o reconhecimento da Universidade”, contou.
O estudante da Faeng, Thiago Cardoso, salientou o aprendizado e o conhecimento ao participar da criação da plataforma digital. “Para mim, foi muito interessante, porque eu nunca tinha tido nenhuma experiência com pesquisa ou com laboratórios aqui da UFMS e, quando a professora me convidou, foi meu primeiro contato. Ao conhecer os trabalhos do arquiteto Armênio, que construiu os edifícios mais importantes aqui da nossa UFMS, aprendi coisas novas. Esse projeto marcou minha estadia aqui na UFMS, marcou minha trajetória como estudante”, relatou.
“A plataforma em si veio para contribuir para minha formação, eu diria, no acesso a esses projetos, que antes eu só conseguia ter porque estava participando do laboratório, mas agora ele é de acesso público e todo mundo consegue ir lá e pesquisar os projetos, saber como foram feitos, quanto custaram. A gente tem projetos, tem trabalhos aqui na arquitetura que são só sobre desenhar esses projetos, marcos da UFMS”, contou a estudante Pietra Gregol.
O projeto foi desenvolvido em colaboração pelo Laboratório de Pesquisa e Documentação em Arquitetura e Urbanismo, da Faeng, e do grupo do Programa de Educação Tutorial (PET) Sistemas, da Facom. Acesse aqui.
Texto: Lúcia Santos
Fotos: Raul Delvizio e Alíria Aristides








