Representantes dos setores público e privado, da comunidade científica e da sociedade civil de Mato Grosso do Sul se reuniram no Laboratório de Criatividade e Inovação para a Educação Básica (Labcrie), da Cidade Universitária, na manhã desta quinta-feira, 21, para colaborar com o futuro da pós-graduação no país. A oficina promovida pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) é realizada em todos os estados, e em Mato Grosso do Sul, teve a organização e parceria da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado (Fundect).
O objetivo é a construção da Agenda Nacional de Formação de Recursos Humanos de Alto Nível e de prospecção sobre Inovações na pós-graduação, para compor o novo Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG), referente aos anos de 2024 a 2028. Considerando as potencialidades e os desafios locais, os estados apresentam temas estratégicos para investimento na formação de mestres e doutores e também para a atração de pós-doutores.
A vice-reitora Camila Ítavo citou a importância de pensar o Plano de forma coletiva. “Mato Grosso do Sul tem muito a apresentar como boas práticas. Começa com o Conselho de Reitores, em que as instituições conversam; temos a nossa fundação de apoio, a Fapec; a Fundect, que é exemplo nacional; e temos todas as instituições que estão aqui e são muito fortes. Precisamos pensar a pós-graduação para o desenvolvimento do país. Para além dos números, precisamos pensar em colocar o Brasil na competitividade e no desenvolvimento social. Ficamos muito felizes em recebê-los na nossa Universidade, que tenhamos um ótimo trabalho”, ressaltou.
“Está sendo um momento único e muito relevante para o nosso Sistema Nacional de Pós-Graduação. A Capes já realizou a etapa tradicional de convidar pesquisadores de alto nível de todas as regiões para a confecção de diagnósticos amplos e contribuições para o próximo PNPG, agora passa a esse movimento inédito de, juntamente com as fundações de apoio dos estados, identificar as potencialidades e também capturar as sugestões para inovações no processo formativo, inovações que possam ser incorporadas na pós-graduação”, explicou a servidora da Diretoria de Programas e Bolsas no País (DPB/Capes), Andréa Vieira.
“Estamos gratos em receber uma sala tão cheia, com pessoas tão importantes. Estamos em contato com todos os estados da federação e tem sido muito gratificante fazer com que sejam ouvidos. Ninguém melhor do que vocês para responder o que é caro, o que é importante para Mato Grosso do Sul”, apontou Igor Secundo, também da DPB/Capes.
O diretor presidente da Fundect, Márcio de Araújo Pereira, reforçou que todos fazem parte da construção da pós-graduação. “Daqui sairão os direcionamentos que serão colocados na agenda nacional. A oficina vai ajudar a Capes a ter o melhor caminho para a condução da pós-graduação, agora voltada também à inovação. É um momento histórico, agradecemos à Capes e à Universidade por oferecer também o espaço de colaboração, o Labcrie. Estaremos aqui em imersão para construirmos o melhor, para que MS dê seu exemplo, porque somos fortes na pós-graduação”, falou.
O Plano Nacional de Pós-Graduação é um instrumento de planejamento de políticas públicas para o desenvolvimento do Sistema Nacional de Pós-Graduação. O processo de construção do novo PNPG iniciou-se com a Comissão Especial, que vem se dedicando a um amplo diagnóstico e à proposição de recomendações.
Na segunda etapa, que está em curso, a Capes avalia os subsídios dessa Comissão para construir o plano com seus componentes estratégicos, e dialoga com os estados a fim de construir a Agenda Nacional de Formação de Recursos Humanos de Alto Nível, além de prospectar inovações na pós-graduação. Conforme o cronograma, em outubro será feita uma consulta pública e, em dezembro, o documento final do Plano Nacional de Pós-Graduação 2024-2028 será encaminhado para aprovação pelo Conselho Superior da Capes.
Texto: Ariane Comineti, com informações da Capes
