Desde o início da quinta edição do Festival Mais Cultura, as exposições fazem parte da programação e continuam até o dia 27 de outubro. Ao todo, são nove mostras que estão sendo desenvolvidas em diversos espaços da UFMS.
Dentre elas está a Feira Agroecológica, que funciona há 11 anos e está sendo realizada no Corredor Central, em frente ao Sicredi. Na programação do Festival, ela continuará até esta sexta-feira, dia 25. De acordo com a coordenadora da Incubadora Tecnológica de Cooperativas da UFMS, Mirian Aveiro, o projeto é uma proposta de formação dos expositores e produtores que trabalham em relação à agroecologia, economia solidária e economia criativa.
Além disso, Mirian Aveiro explica que o projeto busca trazer os agricultores familiares e artesãos para dentro da UFMS e ao mesmo tempo proporcionar à universidade a formação dos alunos e professores que atendem essa nova demanda de mercado, de produtos saudáveis. “Nós também trabalhamos com a participação acadêmica nessa formação, para que nossos alunos tenham essa vivência de mercado e as novas exigências, tão fortalecidas nas últimas décadas”, ressaltou.
O projeto é semanal e ocorre às terças-feiras das 7 às 15 horas. Mas em períodos especiais, como o Festival Mais Cultura, a Feira Agroecológica participa, com o objetivo de fortalecer o evento e promover visibilidade ao trabalho que tem sido desenvolvido pela Incubadora por meio do Projeto Semente.
Para a comerciante Sônia Saraiva, que é expositora na Feira, o projeto além de divulgar o trabalho, também oportuniza a inserção deles no ambiente universitário. “Eu vivia muito sozinha, estava prestes a pegar uma depressão, perdi meus pais. Eu me prendi dentro de casa, achando que o mundo tinha acabado. Meu filho passou aqui e viu a feirinha e falou para eu participar”. Sônia ainda comenta a experiência de fazer parte do projeto e os benefícios que trouxe para sua vida. “Já faz quatro anos que estou trabalhando na Feirinha e graças a Deus, estou conhecendo o mundo que eu não conhecia, que é trabalhar com o público. Cada ‘bom dia’ que recebemos nos dá mais vontade de viver, trabalhar e levar adiante o que eu faço”, explicou.
A Feira também tem a participação de expositores de outros locais do Estado, como é o caso da indígena, da etnia Guató, Dona Catarina, que vem de Corumbá para trazer plantas com a finalidade artesanal, como é a questão da planta aguapé, que é retirada do Rio Paraguai e trazido por ela para a Feira Agroecológica. Para Mirian Coveiro, isso demonstra um fortalecimento da cultura. “Não só a questão da etnia, do fortalecimento da cultura indígena, mas também da sustentabilidade financeira dessa família que vende esse produto natural”, comentou.
Outra exposição artesanal que está ocorrendo durante esses dias e envolve acadêmicos é a Feira Capivara. Onde são expostos os trabalhos dos estudantes do curso de Artes Visuais da UFMS. A ação é coordenada pelos professores Constança de Almeida Lucas e Sergio Bonilha Filho. A Feira tem como foco de criação, o bioma Cerrado, por meio de novas percepções visuais, reflexões e partilhas de sensibilidade. A iniciativa é dos Grupos de Pesquisa, Pensar o Desenho e GARE.
Para a acadêmica de Artes Visuais, Diana Cler, a Feira é uma oportunidade para a divulgação dos trabalhos desenvolvidos pelos estudantes. ”A gente aproveita essa oportunidade para divulgar o nosso trabalho, tanto que a gente apresenta nosso Instagram também, pessoal e profissional”, enfatizou.
Estão sendo expostos cadernos, desenhos, pinturas, gravuras, marca página, adesivos, cartão postal e outros materiais. A Feira Capivara fica em exposição até essa sexta-feira, das 8h até 17h, no Corredor Central.
As exposições fotográficas também se destacam pelo campus, como a “Retratos biográficos da Baía Negra”, na Galeria de Jornalismo, localizada na coordenação do curso. O tema é a vida de ribeirinhos da Área de Proteção Ambiental da Baía Negra, em Ladário. As fotografias representam o cotidiano da população local. Onze retratos de personagens compõem a exposição, acompanhados de textos desenvolvidos pelos jornalistas Edson Silva e Loraine França.
Além disso, estão em exposição duas matérias publicadas no formato de quadrinhos que são, “Conheça o Curioso Festival Brasileiro de Futebol” e “Como João Gilberto Revolucionou a Música”, da Revista Online Badaró. A amostra está na entrada da coordenação do curso de Jornalismo.
Texto: Mara Machado (bolsista Mais Cultura)
Fotos: José Câmara (estagiário de Jornalismo)






