Estudantes do Curso de Jornalismo da Faculdade de Artes, Letras e Comunicação, Giulia Mariê Fonseca e Rafaella Moura Teixeira foram destaque durante o 47º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom). Com o projeto Rede de Mulheres Cientistas, orientado pelas professoras Katarini Miguel e Rafaella Peres, elas levaram o primeiro lugar do Prêmio da Exposição de Pesquisa e Produção Experimental em Comunicação (Expocom), na categoria Gestão na web/Mídias sociais.
Umas das orientadoras e coordenadoras do projeto, Katarini Miguel, diz que a iniciativa é uma movimentação mais ampla da Rede Brasileira de Mulheres Cientistas. “O movimento começou em 2021 para dar visibilidade às mulheres de todo o país que se interessam pela pesquisa, na tentativa de colocá-las em evidência, mostrando as dificuldades, os percalços, os obstáculos de serem cientistas, muitas vezes mães ou mães solos, mulheres que tem muito mais dificuldade de se dedicar à pesquisa, ciência e docência”, afirma.
Ainda de acordo com a docente, as estudantes e voluntárias da UFMS têm atuado com expressividade na Rede Brasileira de Mulheres Cientistas. “Também temos outras extensionistas, como a Rafaella Moura. Temos a bolsa concedida à Giulia, que representou a UFMS, em especial o Curso de Jornalismo, na premiação do Expocom. É muito gratificante ver o estudante envolvido em um projeto tão nobre e com causas muito maiores do que apenas o Curso de Jornalismo”, pontua.
Segundo Giulia, que cursa o 8º semestre em Jornalismo, o prêmio representa o reconhecimento de um trabalho socialmente relevante e que visa a reflexão e a promoção da ciência feita por mulheres no Brasil. “Esse trabalho é fruto de um esforço coletivo de mulheres. Tudo na Rede é feito coletivamente e sou muito grata de poder participar do projeto, de fazer parte da equipe de comunicação da Rede Brasileira de Mulheres Cientistas e também por ter a oportunidade de representar a equipe na premiação do Expocom. Foi uma experiência muito diferente na minha graduação, que despertou muitas reflexões e também tive vários aprendizados em relação à comunicação na prática”, detalha.
A estudante auxiliou no gerenciamento das mídias sociais da Rede Brasileira de Mulheres Cientistas em 2023. O perfil no Instagram @redemulherescientistas possui atualmente 9,8 mil seguidores e mais de 230 publicações. Pela análise de Rafaella Moura, que atuou como coautora do projeto, a experiência abrange o jornalismo por completo, não só nas vias mais tradicionais. “Acho que é muito novo ainda esse advento da internet e como a gente consegue se comunicar dentro dessas novas plataformas, desses novos meios de comunicação. Essa experiência é importante para também entender que mesmo enquanto acadêmicas, a gente consegue se ver num mercado de trabalho, por exemplo”, explica.
Além de Giulia Mariê Fonseca e Rafaella Moura Teixeira, outros nove estudantes da UFMS concorreram na etapa nacional da premiação (confira aqui). De acordo com a organização do Intercom, a edição deste ano teve mais de 3 mil inscritos nas mais diversas modalidades. O evento é realizado desde 1977 e reúne professores e estudantes de graduação e pós-graduação, além de pesquisadores e profissionais da área. Neste ano, a etapa regional do Centro-Oeste foi realizada na Universidade Federal de Goiás, em Goiânia.
Texto: Thais Cintra
Foto: Arquivo das estudantes
