O Complexo Multiuso 1 da UFMS de Campo Grande sedia neste sábado, 29, das 8h às 13h, a Capacitação para monitoria em oficinas de lógica de programação para crianças. Podem participar estudantes dos cursos de graduação da Faculdade de Computação (Facom) e dos cursos de tecnologia oferecidos pela Agência de Educação Digital e a Distância (Agead) da Universidade. As inscrições são gratuitas neste link, com vagas limitadas.
Durante a capacitação, serão abordadas estratégias didáticas e práticas para o ensino de lógica de programação de forma lúdica e divertida para o público infantil. O objetivo é formar os estudantes para que possam atuar como ministrantes em oficinas.
A iniciativa é da ProgrAmar, ação do projeto de extensão Conhecendo a Computação na UFMS, coordenado pela professora Luciana Montera. “A partir dessa formação, vamos ampliar nosso banco de talentos e quando surgir uma ação, como por exemplo o Sábado no Parque, Vem para a UFMS e UFMS vai à escola, nas quais levamos oficina de lógica de programação para as escolas ou nas quais recebemos esses alunos aqui na Universidade, então teremos esses monitores preparados”, explica a docente.
As estudantes Jhullya Martins, do curso de Engenharia da Computação da Facom, e Emily Vialogo, do curso de Tecnologia da Informação da Agead, serão as ministrantes da capacitação. Jhullya informa que ambas dividem a condução das formações e atuam ativamente tanto no planejamento quanto na execução. “Minhas principais atribuições envolvem a organização e o planejamento da capacitação, a elaboração dos materiais e atividades do encontro, a condução de parte do conteúdo durante a oficina e o apoio aos participantes, auxiliando com dúvidas e acompanhando as atividades práticas”, aponta.
“Costumamos conduzir as formações em formato de aula, compartilhando nossas experiências e apresentando as ferramentas utilizadas no projeto. Nesta capacitação em específico será um pouco diferente, porque eu desenvolvi uma versão on-line do nosso brinquedo mais utilizado, o que vai facilitar muito a compreensão de como ele funciona”, complementa Emily.
A coordenadora Luciana Montera lembra que haverá emissão de certificado de 10 horas de extensão. “Esta capacitação é voltada à comunidade universitária, mas devido a algumas demandas já recebidas, a equipe já estuda realizar, no próximo ano, capacitações para o público externo”, revela.
Projeto e ações
Conforme a professora, desde 2018, diversas ações já foram realizadas com o objetivo principal de levar a lógica de programação às crianças ainda na primeira infância. “Levamos os conceitos iniciais de algoritmos, programas, instruções, enfim, os conceitos iniciais de programação. Usamos dispositivos programáveis como o Cubetto e a Codipeia, que não precisam necessariamente da interação com o computador, são dispositivos físicos, onde a criança pode encaixar, montar e ver o resultado da programação”, destaca.
A estudante Emily conta que participa do projeto desde 2023 e que a proposta inicial do projeto de oferecer uma oficina de lógica de programação na brinquedoteca da própria Universidade foi transformada para a capacitação, para que mais pessoas pudessem participar. “Já apresentamos este trabalho no Integra UFMS há três anos e também já aplicamos a oficina em escolas com alunos do fundamental e do ensino médio. No âmbito pessoal, participar da oficina me ajudou muito a perder a timidez e a me sentir mais à vontade para falar em público. Profissionalmente, acompanhar o projeto acontecer na prática, elaborar atividades e exercitar a experiência de dar aula tem sido enriquecedor”, pontua. Ela salienta ainda que, com o projeto, teve oportunidade de elaborar um artigo sobre o ensino de lógica de programação na primeira infância e apresentá-lo no 2° Congresso de Mulheres em STEAM (Ciências, Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática). “Foi uma experiência maravilhosa e muito importante para minha trajetória acadêmica”, ressalta.
A estudante Jhullya, que também integra a equipe desde 2023, indica que, no aspecto pessoal, trabalhar diretamente com crianças ampliou sua paciência, empatia e capacidade de adaptar conteúdos a diferentes ritmos de aprendizagem, além de fortalecer suas habilidades de comunicação e liderança. Já profissionalmente, complementou o conhecimento adquirido durante a graduação ao proporcionar experiência prática no ensino de programação, elaboração de planos de aula, organização de equipes e coordenação de oficinas. “Essa vivência me tornou mais preparada para atuar em ambientes colaborativos, lidar com resolução de problemas em tempo real e estruturar atividades de forma eficiente. Além disso, participar de capacitações e interagir com a comunidade acadêmica tem enriquecido meu portfólio e ampliado minha visão sobre a aplicação da computação em contextos educacionais”, finaliza.
Texto: Ariane Comineti
