Melhores ideias do Programa Mover são apresentadas em evento nesta segunda

Chegou a hora de colher os frutos da parceria firmada entre a UFMS e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), para realização do Programa Mover – Movimento Empreendedor Revolucionário, que consolida a nossa Universidade na rota do empreendedorismo no país. As cinco melhores ideias do Programa serão apresentadas hoje (25/11), às 19h, no Demoday, no Auditório da Sead.

O Mover é um projeto piloto inédito executado pelo MCTIC, neste ano, em cinco universidades públicas que se destacaram no cenário do empreendedorismo do Brasil. A UFMS representa o Centro-Oeste. No nordeste, a Universidade de Pernambuco está engajada. No sudeste é a Universidade de São Paulo. O sul está representado pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná e a Universidade do Pará colocou o norte no grupo.

“A proposta do Ministério é que o programa seja replicado para as demais instituições de ensino público superior. Nos encontramos numa fase de avaliação das estratégias executadas em cada uma das unidades piloto. O Demoday é um evento inédito que busca o desenvolvimento da cultura empreendedora no meio acadêmico e não deve ficar somente no âmbito da Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia (Faeng) ou da Faculdade de Computação (Facom), mas deve envolver as demais Faculdades e Institutos da Universidade”, explica o coordenador do Projeto na UFMS, professor Jéferson Meneguin Ortega, da Faeng.

O Programa Mover foi lançado na Universidade, em maio, como um Projeto de Extensão, para incentivar alunos de graduação e pós-graduação a desenvolverem ideias e/ou pesquisas já iniciadas que tenham potencial de negócio ou inovação. As atividades do Projeto foram desenvolvidas em seis Fases, no Laboratório de Modelagem e Simulação de Sistemas Elétricos (Lamosse), da Faeng, que “possui uma proposta de inovação em sua concepção, pois é um espaço aberto ao fomento de novas ideias e ao desenvolvimento da cultura empreendedora”, ressalta o Coordenador Jeferson Ortega.

Fases – Na Fase 1, foi feita a sensibilização e apresentação do Programa Mover e do Projeto HackaTruck MakerSpace, programa de qualificação profissional, de forma presencial e remota, com as mais modernas técnicas de mercado e acesso a laboratórios sofisticados na área de softwares e da internet das coisas, desenvolvido pela Facom. Na Fase 2, os alunos foram selecionados baseados no conhecimento tecnológico de que dispunham e treinados com base na metodologia específica do Projeto HackaTruck MakerSpace. Na Fase 3, os alunos foram capacitados em inovações tecnológicas com aplicação em Internet das Coisas – IoT. Importante frisar que a abordagem dos projetos desenvolvidos focou a resolução de problemas reais da sociedade e isto foi considerado no processo de avaliação. Este processo exigiu que o aluno / pesquisador entrasse em contato com a sociedade (público alvo) e identificasse potencias demandas passíveis de desenvolvimento. O processo durou cinco semanas e ao final da capacitação, a equipe do Projeto HackaTruck MakerSpace listou os nomes dos projetos que concluíram a capacitação tecnológica e que passaram para a etapa seguinte. Na Fase 4, um novo contato com a sociedade ocorreu. O aluno/pesquisador depois de desenvolvido o protótipo, validou sua proposição ao potencial público alvo. As equipes que chegaram à Fase 5 tiveram que complementar seu time até o limite de cinco membros. Além disso, escolheram um professor que foi o tutor e os acompanhou até o final do processo. Definidos os membros de cada equipe, assim como o seu respectivo tutor, foi iniciada a capacitação em gestão. Nesta fase, os alunos receberam capacitação tecnológica num total de 160h, nos seguintes temas: Design Thinking; Hipótese de Solução; V0 do protótipo; Canvas; Marketing; Treinamento de Pitch; Teste do Pitch.

A sexta e última Fase contempla o Demoday, que será realizado hoje, e consiste no dia em que os alunos concluintes apresentam suas propostas para uma banca avaliadora (formada por pesquisadores, empresários, gestores de ambientes de inovação, investidores). Serão anunciadas as três melhores ideias. A primeira colocada receberá como premiação uma vaga em um ambiente de inovação identificado pelo NIT (incubadora, aceleradora ou laboratório aberto) com uma duração de seis meses, sem ônus para o projeto vencedor.

O Projeto – Este Projeto de Extensão desenvolvido na UFMS atende aos eixos que fundamentam a essência da Universidade: o Ensino, na disseminação do conhecimento e fomento ao empreendedorismo; a Pesquisa, por criar a possibilidade de pesquisadores serem treinados, adaptarem suas potenciais ideias/protótipos e testarem-nas baseadas em metodologia estruturada; e Extensão, por meio da conexão de alunos e pesquisadores com as necessidade identificadas junto à sociedade, além de colocar universitários e pesquisadores em contato direto com a comunidade do entorno onde estão inseridos e com o ecossistema empreendedor.

“Um aspecto importante a ser destacado é a aproximação dos acadêmicos e pesquisadores envolvidos junto à comunidade local para identificação de demandas que possam fomentar futuras startups de impacto social”, ressalta professor Jefererson Ortega.

A partir de treinamentos específicos na área de Tecnologia da Informação e inovações tecnológicas com aplicação em Internet das Coisas – IoT, os alunos da graduação e da pós que participaram do Programa, receberam conhecimento para que pudessem transformar ideias em soluções reais para a sociedade.

Conheça as cinco melhores ideias que participam do Demoday:

  1. Blind Assist – Aplicativo social que ajuda deficientes visuais a se locomoverem;
  2. Help Your Health – Aplicativo na área médica que melhora a assertividade do atendimento médico;
  3. ProSolo – Aplicativo na área da agricultura familiar;
  4. Energy Trader – Empresa que busca reduzir sua conta de energia elétrica de forma simples;
  5. GATE – Aplicativo de engajamento de equipes pro meio da gamificação.

Texto: Ana Carolina Monteiro