A cerimônia de lançamento do Festival Universitário da Canção (FUC) UFMS 2025 foi realizada na manhã desta terça-feira, 22, no Teatro Glauce Rocha. Além dos parceiros da Universidade nesta realização, a solenidade teve a participação de representantes da cena cultural de Mato Grosso do Sul e de pró-reitores, diretores, coordenadores de curso e servidores.
A reitora Camila Ítavo agradeceu aos parceiros e a todos que organizam o festival, reforçando a importância do resgate histórico como um grande tesouro da Universidade. “O FUC é nossa história e a UFMS faz parte desse fomento ao cenário cultural sul-mato-grossense. Quando ainda era vice-reitora, instituímos uma secretaria de Documentação e Memória, estamos trabalhando a curadoria de todo o material que temos e recebemos contribuições para o resgate desse grande tesouro da Universidade. Agradeço de coração o ‘sim’ de cada um de vocês: à Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Esporte (Proece), por fazerem o inimaginável com todos os desafios que temos vivido; aos nossos parceiros, sem parceria não fazemos nada e, neste ano, o festival é abraçado pelo Conselho de Reitores de Instituições de Ensino Superior de Mato Grosso do Sul (Crie-MS), estamos vendo a integração entre as instituições de ensino e a possibilidade de tantos novos talentos que estão aí para serem descobertos, serem iluminados nesse palco maravilhoso; aos artistas, pois sem vocês, sem a poesia, sem a música, sem a interpretação, nós não somos transportados para outras realidades; e aos nossos maestros e maestras dos nossos cursos, do dia a dia na Universidade, por vocês amarem e se dedicarem à nossa UFMS. Estamos muito animados e felizes”, disse.
A reitora também revelou os planejamentos para as próximas realizações. “Gostaria aqui de registrar que estou reitora até 2028, então teremos FUC em todos esses próximos anos, e neste ano, no dia 9 de novembro, vamos lançar o edital de 2026. A ideia é que façamos um movimento muito grande em todo o Estado, parcerias com instituições para que façamos eventos regionais e movimentarmos a cultura do Estado”, declarou.
A pró-reitora de Extensão, Cultura e Esporte, Lia Brambilla, enfatizou o papel do FUC UFMS como descobridor de talentos.
“A última edição do FUC foi em 2023, então nossa reitora pediu esta realização para darmos visibilidade aos novos talentos, para mostrarmos para o nosso Estado, para a nossa gente. Com o apoio da TV Morena, divulgamos e valorizamos esse artista que está com a sua canção guardada no coração. E entre as novidades deste ano está a divisão da categoria Canção Popular em duas subcategorias, Regional e Urbana, com o intuito de trazer mais pessoas a participarem. Espero que nos apoiem nesta realização, agradeço toda a nossa equipe que vem trabalhando para os eventos culturais e artísticos, porque sabemos que a arte salva e ela é que nos mantém com o coração mais quentinho”, apontou.
A diretora de Cultura, Arte e Popularização da Ciência da Proece, Rozana Valentim, falou sobre o motivo do convite a todos os participantes da cerimônia a estarem no palco do teatro. “Por que estamos no palco? Por que não estamos na plateia? Porque aqui é o lugar da arte. E nós também somos arte. Então, às vezes é importante vivenciar esse lugar. O lugar do outro. A arte tem essa função de colocar o outro nas diversidades todas. O Festival da Canção tem essa função de mostrar os outros a partir das músicas”, destacou. “Fazer um festival desde 1987 é acreditar na capacidade humana de dizer as coisas que a gente precisa dizer por meio da música. Sou das artes visuais, mas nada me toca mais do que a música. Sinto o privilégio imenso de estar neste lugar, ter esses conhecimentos todos e poder fomentar tudo isso junto à nossa reitora que acredita, é corajosa e sabe o papel da arte na vida de todo mundo, agradeço a todos aqui presentes e a cada um que apoia esta iniciativa”, falou.
O diretor administrativo e financeiro da TV Morena, Vanderley Mazini, representou o diretor-executivo da Rede Mato Grossense de Comunicação, Nicomedes Silva Filho. “Temos buscado na TV, talentos regionais para a divulgação, então quando vemos iniciativas como esta ficamos muito felizes porque, além de fomentarmos a cultura juntos nesta parceria, também fomentamos a programação. Agradecemos a oportunidade e nos mantemos à disposição para novos projetos”, afirmou.
“Venho de uma instituição, o Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), que é mais conhecido pela formação técnica e profissional. Quando iniciei como pró-reitor, a reitora Elaine Cassiano apontou a necessidade de trabalharmos mais este aspecto da arte e da cultura, porque vemos a importância na formação dos nossos estudantes. Então começamos este trabalho e hoje também temos nossos festivais nos câmpus. Sou muito fã da arte e da cultura, acredito na valorização de todos os conhecimentos e também na importância das parcerias para essas diversas realizações”, ressaltou o pró-reitor de Extensão do IFMS, Anderson Martins Correa, representando a reitora Elaine Cassiano.
A diretora do PEN Clube do Brasil – Centro Oeste e presidente da Academia Feminina de Letras e Artes de Mato Grosso do Sul, Delasnieve Daspet, revelou que além de presenciar o momento como poeta, também o faz como possível participante do FUC, pois já teve várias letras musicadas e apresentadas por grandes intérpretes. “Vamos tentar trazer nossos poetas e escritores para que participem com suas letras e nossos músicos para que participem com sua arte. O festival está aqui há 38 anos, para nós isso é o centro da cultura, aqui é a academia que entrega a cultura. Estar aqui como membro de duas instituições, uma centenária e internacional, a quem represento no Centro-Oeste, e a Academia Feminina, que traz a força da mulher, escritora, artista, abrangendo nosso Estado e país, é muito gratificante. Estar aqui nos enche de orgulho porque estamos ajudando a escrever aquela história que vem sendo escrita há quase meio século”, frisou.
O cantor, compositor e produtor cultural Jerry Espíndola relembrou a primeira experiência no Teatro Glauce Rocha, quando ainda criança, com cinco anos de idade, acompanhava ensaios de uma peça de teatro. “Este é o palco em que mais cantei na vida, comecei aqui em 1982, no Prata da Casa, o maior evento da música sul-mato-grossense que aconteceu por causa da UFMS e da TV Morena que filmou e apareceu na TV. E o FUC é um patrimônio cultural nosso, muitos artistas importantes passaram por este festival, eu também participei quando estudei durante a pandemia na Universidade, e fico feliz por essa realização, desejo um grande sucesso”, discursou.
Acompanhada de Pedro Ortale, a cantora Maria Alice apresentou a canção Modesta, com a qual conquistou o segundo lugar na categoria canção e primeiro lugar como intérprete no 3º FUC, em 1993. “O festival foi muito importante para mim, na época não tinha muitos canais para divulgação dos artistas então ele deu mais visibilidade para a minha carreira. Acho que ele é muito importante também dentro da história do Brasil, pois os festivais são palcos abertos para as pessoas que estão começando ou que querem começar o trabalho artístico. E é muito legal que a UFMS mantém o FUC vivo há tantos anos, ele é importantíssimo para o cenário cultural da cidade, do Estado e do país”, concluiu. Durante a apresentação, a cantora convidou Jerry Espíndola para entoarem juntos a canção Trem do Pantanal.
O Festival Universitário da Canção UFMS 2025 está com inscrições abertas até 24 de agosto. Mais informações podem ser obtidas nesta matéria.
Texto: Ariane Comineti
Fotos: Ariane Comineti, Alíria Aristides e Thalia Zortea











