Até dia 27 de setembro, médicos-veterinários podem se inscrever no processo seletivo de preenchimento de vagas do Programa de Residência Profissional em Saúde em Medicina Veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (Famez). “Os primeiros programas de residência veterinária da UFMS remontam ao início dos anos 2000. Em 2013, aderimos ao sistema de residências em saúde do Ministério da Educação. Desde então, já qualificamos 84 profissionais”, explica a coordenadora do programa, professora Juliana Galhardo.
De acordo com a coordenadora, neste processo seletivo estão sendo ofertadas 16 vagas nas seguintes áreas de concentração: Anatomia Patológica Veterinária, Anestesiologia e Medicina de Emergência Veterinária, Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais, Clínica Médica de Pequenos Animais, Clínica Médica e Cirúrgica de Grandes Animais, Diagnóstico por Imagem em Medicina Veterinária, Ginecologia e Obstetrícia Veterinária, Medicina Veterinária Preventiva, Patologia Clínica Veterinária e Zoonoses e Saúde Pública. Os aprovados devem se dedicar exclusivamente às atividades da residência, durante dois anos.
“O candidato já deve escolher a área pretendida no ato da inscrição. Todos os residentes têm atividades em comum ao longo do curso, incluindo disciplinas teóricas como epidemiologia, bioestatística e políticas públicas de saúde e também atividades práticas no Sistema Único de Saúde, cujo cenário de prática é principalmente o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Campo Grande, por meio de convênio com a Secretaria Municipal de Saúde Pública”, explica Juliana. Segundo a professora, os residentes, além do núcleo comum, atuam em suas áreas específicas, utilizando como cenário de práticas o Hospital Veterinário e os laboratórios vinculados. “Para os residentes da área de Zoonoses e Saúde Pública, as atividades práticas também ocorrem no Laboratório de Diagnóstico de Doenças Animais da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Laddan/Iagro) e em plantões no CCZ/Sesau”, ressalta.
Alexandre Gazzone, natural do interior de São Paulo, formou-se na UFMS e está no segundo ano da residência. “As experiências têm acrescentado muito à minha formação. Consigo agregar valor e sair mais preparado”, conta Alexandre. Ele optou pela residência em Diagnóstico por Imagem e pretende ingressar no mestrado após conclusão do programa. Bianca Larissa de Bortoli é graduada pela Universidade Católica Dom Bosco e está no segundo ano de residência em Clínica Médica de Pequenos Animais. “Sempre quis me especializar em oftalmologia. Mas optei, primeiro, pelo programa de residência em Clínica Médica. Contamos com total apoio dos professores. A experiência tem sido muito boa, principalmente, pela quantidade e diversidade de casos. Vou sair daqui mais confiante”, conta.
No primeiro ano de residência, Miriã Bakargy, também formada pela UFMS, escolheu a área de Anestesiologia e Medicina de Emergência Veterinária. “Como atendemos vários casos que envolvem risco, desenvolvemos habilidades como resolução rápida e isso nos auxilia a sermos incisivos na conduta”, fala. Miriã pretende continuar nesta área após a concluir a residência. “Além da especialização na área de escolha, os residentes também desenvolvem habilidades na relacionadas ao ensino, já que acabam também orientando os estagiários, além, claro, do aprimoramento da comunicação, pois precisam aprender a repassar as informações aos proprietários em uma linguagem mais simples”, comenta o professor Felipe Geller que integra o quadro de docentes da residência.
Como cada área tem suas especificidades teóricas e práticas, há um número variável de preceptores (de um a oito), além dos 20 docentes, que são responsáveis por disciplinas teóricas e teórico-práticas e mais 16 tutores. “No início da oferta da residência, havia menos vagas e menos áreas de qualificação disponíveis. Devido ao aumento de demanda e com o crescimento dos atendimentos do Hospital Veterinário, aliados às melhorias da infraestrutura e ampliação do corpo docente, foi possível ampliar a quantidade de vagas e áreas de especialização”, ressalta a coordenadora. De acordo com Juliana, atualmente, há 30 médicos-veterinários matriculados no programa de residência, sendo metade no primeiro ano e a outra no segundo.
Processo seletivo – O processo seletivo será realizado em três fases, sendo elas uma prova objetiva, uma prova oral e a análise curricular. A prova objetiva será composta por 30 questões de conhecimento geral em epidemiologia e políticas públicas de saúde e conhecimentos específicos. A prova oral terá caráter eliminatório e contará com cinco perguntas relacionadas à bibliografia sugerida no edital. O investimento para concorrer na seleção é de R$ 150. As inscrições podem ser feitas aqui.
Confira mais informações no Edital abaixo.
Texto e fotos: Vanessa Amin
