Estudante da UFMS do Pantanal é eleita delegada da juventude e representará o bioma na COP 30

Nesta sexta-feira, 8, a estudante do curso de Ciências Biológicas do Câmpus da UFMS do Pantanal (CPan) Eloize Duarte foi uma das duas jovens da região pantaneira eleitas para representar o bioma na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que terá início em 10 de novembro, em Belém (PA). A escolha ocorreu durante o encerramento da Plenária das Juventudes no Bioma Pantanal.

A iniciativa, organizada pela Secretaria de Estado da Cidadania, em parceria com a Secretaria Nacional de Juventude da Secretaria-Geral da Presidência da República, foi realizada na Cidade Universitária e no Bioparque Pantanal. Além de Eloize, também serão selecionados representantes dos outros cinco biomas brasileiros para compor a delegação da juventude brasileira na COP 30.

Segundo a pró-reitora de Cidadania e Sustentabilidade, Vivina Sol, esse destaque reforça o protagonismo da UFMS na formação de lideranças com consciência socioambiental, capazes de levar o conhecimento científico e a realidade social e ambiental do Pantanal para o debate global. “A eleição da nossa estudante do CPan demonstra que a Universidade propicia uma formação inovadora, sustentável, humana e inclusiva e que contribui para que seus alunos e suas alunas se tornarem vozes ativas e qualificadas na defesa do nosso bioma, transformando-os em agentes de mudança que traduzem a riqueza e a complexidade do Pantanal para o mundo”, enfatizou.

Para Vivina, a presença pantaneira na COP 30 mostra que a preservação de biomas únicos é uma estratégia fundamental para a mitigação das mudanças climáticas. “Ao inserir nosso bioma na pauta global, destacamos que o Pantanal é uma solução baseada na natureza, vital para a regulação do clima e a manutenção da biodiversidade. Essa ação reforça a importância de integrar o conhecimento local e as vozes das comunidades tradicionais nos debates internacionais, garantindo que as políticas climáticas sejam mais justas, eficazes e culturalmente sensíveis”, afirmou a pró-reitora.

Já a diretora do CPan, Andreliza Souza, considera a escolha do nome de Eloize como um motivo de orgulho para todos da comunidade universitária e que vem a contribuir com o desenvolvimento já realizado por meio do ensino, da pesquisa e da extensão no CPan. “A nossa estudante Eloize aqui de Corumbá mostra o protagonismo da nossa Universidade, do Câmpus da UFMS do Pantanal na formação dos nossos jovens, sempre comprometidos com o futuro do nosso bioma. Mas há também uma grande responsabilidade, e nós encaramos isso com muita alegria e dedicação, de forma que a voz do Pantanal seja ouvida no mundo todo”, destaca.

“O CPan leva para pauta das mudanças climáticas a vivência, o conhecimento de quem está aqui no coração do Pantanal, de quem estuda e trabalha no próprio bioma. As pesquisas, os projetos e as ações que nós desenvolvemos junto à comunidade mostram muitas soluções que são construídas aqui e que podem ser utilizadas tanto regionalmente quanto em outros locais. E isso mostra que nós conhecemos esse bioma de perto e que nós temos esse objetivo de preservar e proteger essa riqueza que é não só nossa, mas também de todo o planeta”, complementa.

A mais nova delegada da juventude brasileira disse que ainda está em êxtase com a indicação de seu nome. “Estou muito feliz por ter sido escolhida e por poder representar o bioma e esse câmpus que tanto me dá felicidade, todos os meus professores, meus orientadores, a minha pesquisa, o laboratório e os meus colegas. Vendo a felicidade deles eu também vejo a minha felicidade. É um prazer imenso ser parte de um câmpus tão bonito quanto o nosso, mas também de poder ouvir, sentir e compreender as nuances das problemáticas que ocorrem em outros lugares”, contou Eloize.

Para a estudante, discutir o futuro do planeta na COP 30 e levar à conferência as vivências enfrentadas no Pantanal tratam-se de uma oportunidade única. “[O Pantanal] é a sétima maravilha do mundo, né?! A gente está falando de uma casa que é da gente, é o nosso quintal. Acima de tudo, a gente olha para o povo que rodeia esse bioma tão importante, algo que é ativo e que vive em cada pessoa. Temos várias lutas, pessoas com diversas necessidades, e vamos entendendo as causas sociais e o quanto que a gente tem poder de mudança”, concluiu.

 

Texto: Raul Delvizio

Fotos: Arquivo dos participantes