Descontaminação de máscaras de proteção não é segura ou eficaz

O Núcleo de Evidência de Mato Grosso do Sul (NEv) concluiu que não é possível indicar métodos seguros e eficazes de descontaminação para máscaras de proteção respiratória modelo N95/PFF2 contra vírus respiratórios.

O novo coronavírus (covid-19) é transmitido por vias respiratórias ou contato direto com pessoas ou superfícies contaminadas. Em uma pandemia como a atual, pode ocorrer escassez de equipamentos de proteção individual para os profissionais da saúde, entre eles, a máscara N95.

Segundo o relatório, alguns profissionais tentam descontaminar o equipamento visando à reutilização, porém há preocupação quanto ao risco de contaminação destes profissionais e não há ainda orientações que comprovem a eficácia desta ação.

Foram analisados nove métodos de descontaminação e apesar de alguns resultados aparentemente promissores, ainda há muitas ressalvas para que se recomende qualquer método de descontaminação com segurança.

O resultado surgiu a partir de uma revisão rápida realizada pelo NEv, que analisou 14 estudos primários e um guideline. O objetivo das revisões rápidas é contribuir para a disseminação do conhecimento sobre um determinado assunto que exige respostas rápidas por parte dos órgãos tomadores de decisão.

“Nós somos uma plataforma de tradução do conhecimento para tomadas de decisão”, explica a coordenadora do NEv, Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira. “As respostas rápidas não têm a intencionalidade de interferir ou influenciar quem toma decisões, elas apenas têm o objetivo de sintetizar e traduzir as evidências para quem for tomar a decisão no menor tempo possível”.

Confira abaixo a revisão completa:

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Texto: Leticia Bueno