Entre as palestras que foram realizadas hoje, dia 25, no Festival Mais Cultura, uma abordou sobre a Cultura Haitiana. A discussão ocorreu no anfiteatro do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFMS. O responsável pela apresentação foi o acadêmico de Letras, Wadner Absalon, que mora em Campo Grande há cinco anos e é haitiano.
Alguns assuntos abordados durante o evento foram a história do Haiti, características dos governos, idiomas que são falados no país, a arte, literatura, gastronomia, locais históricos, religião, danças, músicas e os costumes, como a tradição de comer sopa no dia de Ano Novo, por exemplo.
O país está localizado no Caribe e compartilha a Ilha de São Domingos com a República Dominicana. Haiti significa terra alta e tem como capital a cidade de Porto Príncipe. Além disso, Absalon também explicou que a língua que predomina no Haiti é a francesa, da mesma maneira que ocorre também em relação à literatura.
Wadner Absalon comentou sobre as dificuldades que teve ao chegar ao Brasil e não conhecer muito a cultura e as pessoas do país. “Todos nós sabemos que a maior dificuldade para um estrangeiro ao chegar em um país é a língua. Esta é uma barreira muito grande, que a gente até hoje está lutando para derrubar. Além disso, tem a adaptação com a sociedade, adequação e tudo mais. Depois de um ano e pouco, eu estava tranquilo”, disse.
A acadêmica de Arquitetura e Urbanismo, Marília Silva, comentou que palestras essa colaboram para os conhecimentos relacionados a outros temas e de outras áreas. “Eu me inscrevi justamente para isso, foi uma excelente forma de sair da minha zona de conforto, porque normalmente quando a gente vai se inscrever para essas palestras, nesses eventos, a gente sempre procura o que interessa, uma coisa que a gente tenha afinidade. Dessa forma foi um jeito de conhecer coisas novas e diferentes”, comentou.
Também ressalta sobre a compreensão de como funcionam outras culturas. “É interessante entender como é que aquele país se relaciona, até com a cultura brasileira. Por exemplo, aqui ele comentou sobre a situação política de lá e eu não tinha muita noção de como é que era. A gente fica com um panorama maior, às vezes até estereótipos dentro de uma cultura e quando você conhece mesmo, vê que é muito mais do que aquilo e isso é bem legal”, enfatizou.
Para Absalon é importante falar sobre a cultura haitiana, porque a imigração dos haitianos vem crescendo no Brasil e por meio da discussão consegue romper com alguns estereótipos. “Nesses últimos cinco anos, está tendo uma imigração muito forte do Haiti para o Brasil, portanto é necessário compartilhar essas vivências, discutir sobre as características e costumes Haiti, sobretudo com a ideia que eles têm sobre o Haiti”, explicou.
Texto e foto: Mara Machado (bolsista Mais Cultura)
