A busca pela inovação no Poder Judiciário motivou a assinatura de convênio entre a UFMS e o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), oficializado na tarde desta quinta-feira, 7. O acordo permite o desenvolvimento e aplicação de Inteligência Artificial para maior agilidade e eficiência nas tarefas diárias, como a identificação de ações repetitivas, a triagem temática, a geração de sínteses processuais e a emissão de textos jurídicos.
Durante a cerimônia realizada na sede do TJMS, a reitora Camila Ítavo agradeceu a confiança dos magistrados na UFMS. “Como cidadã, eu quero aqui me manifestar que eu sinto muito orgulho de Mato Grosso do Sul, do nosso Tribunal de Justiça por estar na inovação, na fronteira da inovação. […] Enquanto professora, eu quero dizer do orgulho que tenho de ser colega desses professores, professoras, pesquisadores maravilhosos. […] É importante a gente descrever a qualidade desse time, liderados pela primeira diretora, professora, uma mulher na Faculdade de Computação (Fac0m), que é a professora Liana [Duenha]”, enfatizou.
“É uma grande alegria, enquanto representante da Universidade, colocar a UFMS à disposição da sociedade, principalmente para os instrumentos, as instituições como o TJ, que eu sei que todos aqui atuam para combater as desigualdades, trabalhar com a justiça e para o bem de todas as pessoas”, ressaltou Camila.
O presidente do TJMS, desembargador Dorival Pavan, celebrou com alegria a assinatura do convênio, destacando a importância de inserir o Poder Judiciário no contexto das revoluções tecnológicas. “Vários tribunais tem vários robôs lançados em diversas áreas do Poder Judiciário, no auxílio ao trabalho não só do magistrado, mas dos operadores do Direito no geral e também dos colaboradores, servidores que trabalham diuturnamente com os processos tanto administrativos, de pessoal e também judiciais. A inserção que a Inteligência Artificial hoje é algo que não tem mais volta, não tem como. A Inteligência Artificial está aí e nós temos que buscar essas soluções, essas alternativas para que o Judiciário possa continuar fazendo frente ao grande volume de trabalho que diuturnamente aumenta em um país que tem 80 milhões em andamento aproximadamente”, pontuou.
“A obrigação nossa é conseguir ter esses mecanismos, esses instrumentos da informática que propiciam os nossos desenvolvimentos e uma prestação judicial mais célebre e, quiçá, também mais eficiente, efetiva. É o que nós esperamos do conhecimento humano, da inteligência artificial”, acrescentou o desembargador Marco André Hanson.
Para o professor da Facom Edson Matsubara,
com 24 anos de experiência em aprendizado de máquina, a iniciativa colocará o Mato Grosso do Sul na vanguarda do conhecimento. “A gente veio aqui para somar, a gente veio aqui para entender as coisas que já estão sendo feitas. As coisas que a gente vai fazer são muito ligadas a esses produtos de linguagem que produzem as peças, que ajudem vocês a atuar principalmente na parte de jurisprudência e na parte de precedência. Eu sei que vários de vocês já têm iniciativas locais de Inteligência Artificial, então a gente está aqui, eu digo novamente, para somar as coisas que estão sendo feitas e também para trazer o que existe de estado da arte no mundo no que tange a esse tipo de tecnologia”, assegurou.
Integram também a proposta os professores Bruno Nogueira, Jonathan de Andrade, Mariana Cavalcanti, Anderson Bessa e Wesley Gonçalves, com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura.
Texto: Thalia Zortéa e Alíria Aristides
Fotos: Assessoria de Comunicação do TJMS
