Durante a quinta edição do Festival Mais Cultura, realizada este mês na Cidade Universitária, a Casa da Ciência e Cultura e o Clube de Astronomia Carl Sagan participaram ativamente da programação oferecendo uma série de atividades voltadas à popularização da ciência no estado, como observações noturnas do céu, exposição artística e a exibição de longa metragem no CineCosmos.
As observações do céu foram realizadas com um telescópio específico durante as noites dos dias 17 a 23, e posicionadas em diversos pontos do campus, como nas proximidades do paliteiro, da piscina, no estacionamento da Unidade 6, em frente ao Complexo Multiuso, do Teatro Glauce Rocha e no Instituto de Química.
A acadêmica de Engenharia de Produção, Melina Graça, participa do projeto da Casa da Ciência e ressalta a importância dessas ações para a população. “A realização dessas atividades é de extrema importância, tendo em vista que somos um dos únicos projetos em Mato Grosso do Sul que oferece esse trabalho, então precisamos difundir nossa potencialidade. Falando por vivência própria, é um momento mágico para muitas pessoas, visualizar astros que estão a milhões de quilômetros daqui”.
A coordenadora da Casa da Ciência, professora Isabela Porto Cavalcante, explica que a observação é a alternativa mais eficaz para o cumprimento do objetivo do projeto, no qual consiste em aproximar a ciência da população, fomentando a cidadania e o conhecimento. “Olhar o céu é quase como uma contemplação artística. Quase todo mundo se encanta na observação das estrelas e dos planetas. No lado científico, a astronomia é o caminho mais fácil para aproximar as pessoas da ciência, justamente por conta desse encantamento. Todo mundo tem curiosidade sobre o céu. Então é isso que a gente busca trazer todo ano para o Festival Mais Cultura”.
Além das observações noturnas, a Casa da Ciência e o Clube de Astronomia Carl Sagan trouxeram ao público a exposição lúdica e inclusiva “Tocando os astros”, composta por réplicas dos planetas com todas as suas particularidades. Foi desenvolvida em 2018, com o intuito de promover a associação entre divulgação científica, que é por sua natureza inclusiva e redutora de desigualdades, com a educação científica, por meio da formação de professores e a inclusão de pessoas com deficiência. A exposição é permanente na Casa da Ciência e aberta ao público.
Com o tema “Ficção científica também é cultura”, o CineCosmos promoveu a exibição do filme “Wall-E”, uma produção da Pixar em parceria com a Walt Disney, em que retrata a vida solitária de um robô no planeta Terra, após o mesmo ser entulhado de lixo pela humanidade e ter a atmosfera poluída com gases tóxicos. Segundo o acadêmico de licenciatura em Física, Henrique Arcuri, o Festival Mais Cultura é uma oportunidade para demonstrar que cultura tem múltiplas formas. “Nós tivemos a intenção de demonstrar que ciência também é cultura, e divulgá-la para pessoas que, por vários motivos, não tem acesso. Essas iniciativas são extremamente necessárias pois aproximam a comunidade da universidade”.
Texto: Geovanna Yokoyama (estagiária de Jornalismo)
