Desenvolver as habilidades do aluno para o mercado é a proposta da disciplina “Projeto e Desenvolvimento de Produtos”, do curso da Engenharia de Produção, que hoje promoveu uma mostra dos protótipos pensados e elaborados por acadêmicos do 7º semestre.
“Tudo o que aprendem em outras disciplinas, os acadêmicos testam e viabilizam isso em um produto para o mercado. Isso inclui toda a parte de planejamento de produção, planejamento dos componentes do produto, inclusive a parte de lançamento, manuais, cartilhas e tudo o mais necessário para lança-lo no mercado”, explica o professor Raphael Ricardo de Jesus Portela, responsável pela disciplina.
A proposta é que os alunos apresentassem algo inovador, empreendedor, ou até mesmo adaptado ou melhorado. Os produtos foram desenvolvidos por grupos de quatro a cinco alunos.
“Essa pratica é fundamental e mostra bem como vai ser o mercado de trabalho. A maioria dos alunos teve muitos problemas no desenvolvimento do protótipo, porque quando se está projetando, imaginando o desenvolvimento do produto, sempre há alguma dificuldade”, afirma Raphael.
Essa situação fez com que muitos alunos mudassem o projeto inicial. Após a exposição, eles terão agora de entregar todo o projeto detalhado, acrescido da receptividade do mercado externo.
Coordenador do curso de Engenharia de Produção, o professor Saulo Gomes Moreira afirma que a disciplina é importante porque demostra o quão difícil é partir do conceitual para o momento da apresentação do produto pronto ao mercado.
“O trabalho entre esses dois extremos contribui para que os alunos vençam as dificuldades que irão encontrar no mercado de trabalho. Uma das grandes dificuldades é exatamente entender as necessidades desse mercado”, aponta o coordenador.
Uma ideia conceitual pode parecer muito boa, segundo o professor Saulo, mas o pró
prio processo da materialização da ideia não é simples. “O profissional pode precisar de uma tecnologia que não exista ainda, pode ser que isso leve ao desenvolvimento de uma nova tecnologia para melhorar os processos, pode ser que o produto não seja bem aceito pelo mercado, apesar da ideia inicialmente ter parecido boa, são muitas situações”, completa.
Protótipos
Pela facilidade de concretização, muitos alunos escolheram trabalhar produtos culinários, mas outras ideias também estiveram presentes, como a refrigeração de líquido, em que por meio de uma bobina de cobre inserida em uma mangueira imersa em gelo no isopor, os acadêmicos Victor Yamashita, João Magi, Raul Mishima, Leonardo Correa e Osvaldo Trelha conseguiram refrigerar em poucos segundo o líquido que ingressa por um funil e é dispensado do outro lado extremamente gelado.
Já os acadêmicos Matheus Souza, João Mário Pimentel, Alberto Tomaoka, José Vicente Manzione e Douglas Dutra apostaram no porta isqueiro retrátil, que pode ser anexado à calça ou bermuda do cliente, reduzindo as ch
ances de perda, ou ainda poderá ser disponibilizado em locais públicos para atender a demanda local.
A partir da ideia de um trabalho de prática ligado à sustentabilidade, os acadêmicos Elise Chaparro, José Augusto Fahed, Eder Nantes e Giovanna Casamassa criaram um sistema de captação de frutas (+ Frutas), pensando em capturar as frutas que caem das árvores.
“Quando caem, as frutas geralmente estouram no chão, o que acumula moscas ou outros mosquitos, possibilitando a propagação de doenças. O sistema também trabalha a questão ergonômica ao facilitar a coleta das frutas, que são depositadas
em um recipiente”, explica o acadêmico José Augusto.
Para facilitar esse processo, eles amarraram uma rede, feita de vidro, em volta do diâmetro da árvore, cobrindo a área onde as frutas podem cair. “A fruta madura cai, passa por um dispositivo central, em espiral, inclinado, e rola na rampa, descendo direto no recipiente coletor, que pode ser uma cesta, carrinho, caixa ou outro objeto”, diz José Augusto.
Para a acadêmica Elise Chaparro, a disciplina mostra que é preciso ter o espírito empreendedor, pensar em novas ideias. “O mundo esta sempre mudando e precisamos renovar”, afirma.
