Linha do Cuidado de AVC do Humap-UFMS já atendeu mais de 120 pacientes com suspeita de Acidente Vascular Cerebral desde maio
O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Humap-UFMS), participa pela primeira vez das comemorações do Dia Mundial de Combate ao AVC (Acidente Vascular Cerebral), realizado pela Organização Mundial de AVC e comemorado nesta terça-feira (29/10) com o objetivo de realizar ações de conscientização da população e incentivo ao combate a essa doença.

Em maio deste ano o Humap-UFMS implantou a primeira Linha de Cuidado de AVC do estado de Mato Grosso do Sul. Trata-se de uma sistematização dos atendimentos de pacientes com AVC que dá mais agilidade no diagnóstico e tratamento, diminuindo sequelas e até os índices de mortalidade relacionados à doença.
“Essa é uma data para conscientizar a população sobre a importância do reconhecimento rápido do AVC e do encaminhamento ágil para uma unidade de saúde especializada. Também aproveitamos para comemorar os ótimos índices que temos alcançado no Humap com a implantação da Linha de Cuidado de AVC”, afirma o neurologista Gabriel Pereira Braga, responável técnico e coordenador da Unidade de AVC do Humap-UFMS.
A equipe da Linha de Cuidado de AVC do Humap-UFMS já atendeu, desde maio, mais de 120 pacientes com suspeita da doença. A taxa de trombolises de pacientes com AVC isquêmico é de 40% (a média nacional varia entre 18% e 20%).
“Essa alta taxa de sucesso tem sido possível graças ao envolvimento dos profissionais do Humap e à parceria com o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que faz o reconhecimento rápido e o encaminhamento referenciado do paciente para o Humap”, ressalta o Dr Gabriel.
O tempo médio desde o momento que o paciente entra no Humap-UFMS até realizar a tomografia foi de 10,4 minutos nos quatro primeiros meses de atendimento da Linha de Cuidado de AVC. O tempo médio para o paciente receber a medicação, contado do momento que ele entra no Humap-UFMS é de 15,6 minutos.
Esse rápido atendimento tem resultado em baixos índices de complicações e redução do tempo de internação desses pacientes.
Tratamento precoce
Diversos estudos científicos comprovam que o AVC deve ser diagnosticado e tratado nas primeiras 4 horas e meia para reduzir sequelas ou reverter o quadro da doença.
Pesquisa australiana realizada com mais de 2 mil pacientes e publicada no ano passado na revista Stroke, da American Heart Association, mostra que para cada minuto ganho no atendimento de um paciente com AVC, 1,8 dias de vida saudável é somada à sua expectativa de vida. E para 15 minutos de atraso no atendimento, um mês de vida saudável é perdido.
Etapas do tratamento
Para que o tratamento ocorra é necessário que uma cadeia de eventos aconteça, de forma precisa e no menor tempo possível. Essa cadeia de eventos começa ainda em casa, com o reconhecimento dos sinais e sintomas do AVC, acionamento do serviço pré-hospitalar (Samu), estabilização do paciente em uma unidade de saúde, realização de tomografia, avaliação neurológica, decisão terapêutica e, por fim, cuidados pós-tratamento, preferencialmente dentro de uma unidade de saúde especializada em AVC.
Jornada Multiprofissional
Também em comemoração ao Dia Mundial de Combate ao AVC foi realizado neste final de semana (25 e 26/10) a 1ª Jornada Multiprofissional de Combate ao AVC de Mato Grosso do Sul. O evento reuniu médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e outros profissionais envolvidos no processo de tratamento de AVC de diversas instituições médicas do estado.
Sobre a Rede Hospitalar Ebserh
O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap) faz parte da Rede Hospitalar Ebserh desde dezembro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.
Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas. Devido a essa natureza educacional, a os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde. Com isso, a Rede Hospitalar Ebserh atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde do país.
Texto e fotos: Unidade de Comunicação Social do Humap-UFMS
