Estudantes serão beneficiados com bolsas de iniciação científica e tecnológica

Até 11 de agosto, coordenadores de projetos de pesquisa e inovação podem submeter propostas, no Sistema de Informação e Gestão de Projetos (Sigproj), para concessão de bolsas a estudantes de cursos de graduação, por meio dos programas institucionais de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), de Iniciação Científica nas Ações Afirmativas (Pibic-AF) e de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti). Serão concedidas bolsas no valor de R$ 700 mensais, somando mais de R$ 7,2 milhões em investimentos.

“Em 2025, ampliamos o alcance dos programas. Serão até 860 bolsas, crescimento sobre as 782 de 2024, com reforço das cotas financiadas pela Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Também adotamos uma tabela de pontuação integrada ao formulário on-line do Sistema de Informação e Gestão de Projetos, trazendo maior governança ao processo de seleção. E, ainda, garantimos que cada unidade da Administração Setorial ou Central que tiver proposta aprovada receberá, no mínimo, uma bolsa, promovendo uma distribuição mais equilibrada entre as unidades da UFMS”, explica o diretor de Pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propp), Marco Antônio Mattos.

Ao todo, serão destinadas 701 bolsas para o Pibic, 131 para o Pibic-AF e 28 para o Pibiti. “As bolsas de iniciação colocam o estudante dentro da pesquisa real: ele aprende método científico, desenvolve criatividade e entra em contato com grupos de pesquisa e com a pós graduação, isso ajuda a formar novos pesquisadores e até a reduzir o tempo de titulação no futuro. Ainda, o apoio financeiro contribui para permanência, especialmente em ações afirmativas, e o edital permite acumular com bolsas assistenciais de manutenção”, reforça o diretor.

As bolsas de agências externas entram no mesmo processo seletivo institucional. Após a aprovação, o pagamento é feito pelo financiador, CNPq ou Fundect, e aplicam-se também as regras específicas de cada agência. “Por exemplo, a Fundect historicamente não autoriza substituição de bolsista: se o estudante sair, a cota pode ser perdida. Por isso, pedimos muita atenção na escolha do bolsista e na comunicação imediata de qualquer necessidade de alteração”, comenta Mattos.

Em relação à submissão, o diretor orienta os coordenadores a lerem atentamente o edital antes de submeterem a proposta. “Os proponentes devem verificar cuidadosamente os requisitos de elegibilidade (do coordenador e do estudante) antes de submeter. É essencial respeitar o prazo de submissão e acompanhar todas as etapas do cronograma, especialmente o prazo para indicar o bolsista após a contemplação, que está mais enxuto. Para quem é doutor com Bolsa de Produtividade em Pesquisa ou de Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora, a submissão de três propostas exige que, pelo menos, uma seja na modalidade Pibic-AF ou Pibiti. Caso contrário, a terceira proposta não será enquadrada. Outro ponto de atenção é o preenchimento da Tabela de Pontuação, devendo o proponente conferir o período de avaliação aplicável (e eventuais extensões, como licença maternidade/adotante) e registrar informações consistentes com o currículo Lattes, pois elas impactam diretamente na avaliação”, explica.

“No edital 2025, a indicação formal do estudante será feita após a aprovação da proposta, diretamente no Sigproj, dentro do prazo estabelecido no cronograma (até três dias após a divulgação do resultado final). Assim, recomendamos que o coordenador já tenha um estudante mapeado”, complementa.

Experiência

A estudante do curso de Medicina da Faculdade de Medicina Bruna Carvalho se interessou pela iniciação científica desde o início da graduação e atualmente é bolsista do Pibic-AF do CNPq. “Tive interesse em participar do Pibic por reconhecer a importância da pesquisa no tripé universitário — ensino, pesquisa e extensão — e pelo impacto que essa vivência pode ter na formação acadêmica. Já conhecia o programa por ter participado do Pibic Jr. no ensino médio, o que reforçou minha motivação em me inscrever para o processo seletivo”, conta.

“Minha trajetória no programa tem sido muito positiva. Atualmente, estou no meu terceiro projeto consecutivo pela UFMS. O primeiro envolveu o rastreamento de casos de tuberculose drogarresistente no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS/Ebserh). Em seguida, atuei em dois projetos relacionados ao hipotireoidismo congênito: o primeiro voltado à triagem da doença no estado por meio do Teste do Pezinho, e o segundo, ao acompanhamento das crianças diagnosticadas, com base nos dados do Instituto de Pesquisa, Ensino e Diagnóstico da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Campo Grande”, lembra.

Bruna afirma que a experiência é essencial na formação profissional. “[O Pibic] possibilita o desenvolvimento de habilidades como análise crítica, padronização na coleta e tratamento de dados, escrita científica e conhecimento das etapas éticas envolvidas na pesquisa. Além disso, a participação em congressos e eventos científicos tem ampliado meu contato com a comunidade acadêmica e atualizado minha compreensão sobre os temas estudados”, reforça a estudante.

Mais informações devem ser conferidas no edital disponível abaixo:

EDITAL (PROPP_RTR) n 215, de 18-07-2025.

 

Texto: Vanessa Amin